WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Especial Inglês Espanhol    

Ano 10 - N° 460 - 10 de Abril de 2016

GIOVANA CAMPOS 
giovana@ccbeunet.br
Santos, SP 
(Brasil)

 
 

Dr. José Fernando de Souza

Autismo – uma visão médico-espírita

No final de 2015, um levantamento feito pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, constatou que a incidência de autismo entre as crianças aumentou: agora 1 criança em 45 está dentro do transtorno do espectro autista (o que representa cerca de 2,25% no país americano). Entre 2011 e 2013, essa taxa era apenas de 1 a cada 80 e, em 2008, 1 a cada 100.

Dessa forma, estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de autistas. São mais de 300 mil ocorrências só no Estado de São Paulo. 

Para saber um pouco mais sobre esta enfermidade, entrevistamos o Dr. José Fernando de Souza (foto), que é médico neuropediatra, diretor médico do núcleo Integrado de Neurologia Infantil em Juazeiro do Norte, Ceará, e presidente da AME – Cariri.

Eis a entrevista:  

O que caracteriza o autismo? 

O autismo é definido por desenvolvimento anormal e/ou regressão da interação social e comunicação associados a interesses e comportamentos repetitivos e estereotipados. 

Como os pais ou cuidadores identificam os primeiros sinais? A partir de quantos meses/anos? 

Um dos principais marcadores biológicos nos transtornos globais do desenvolvimento infantil no espectro autista tem sido as janelas do desenvolvimento. Esses marcadores hoje representam os principais parâmetros que temos e que decorrem do seguinte: a orientação social (capacidade de responder a um chamado) e a atenção compartilhada (capacidade de partilhar a atenção com alguma pessoa) são habilidades adquiridas no primeiro ano de vida; assim, atualmente têm sido procurados atrasos dessas áreas citadas, a chamada análise do fenótipo (observação do comportamento). Dos marcadores, isto é, dos indicadores que possam ser medidos, os endofenótipos, ou seja, as predisposições individuais a desenvolver os transtornos globais do desenvolvimento, são atualmente os mais acertados. Desse modo, a precocidade do diagnóstico poderá ser detectada em uma criança que não responda a um chamado com o seu olhar (orientação e atenção compartilhada) ou que não tenha desenvolvida a linguagem até os 30 meses de idade. 

Existem predisposições genéticas para o autismo? 

Existe um grupo de genes que têm sido considerados como envolvidos na gênese dos distúrbios sociais que compõem o transtorno do espectro autista, tais como as neuroliginas 3 e 4, as neurexias 1 e 3, o FMR1 e MECP2, no caso dos dois últimos, estudos envolvidos com a síndrome do cromossomo X frágil e a síndrome de Rett. 

Espiritualmente, há explicações ou possibilidades para essa enfermidade? 

A maior explicação para o transtorno do desenvolvimento infantil do espectro autista é a lei da causa e efeito. Como nos diz o Espírito Joanna de Ângelis em seu livro Plenitude: “os sofrimentos humanos de natureza cármica podem apresentar-se sob dois aspectos que se completam: provação e expiação. Ambos objetivam educar e reeducar”.

Espiritualmente, crianças são Espíritos em processo de educação e evolução, com demandas cármicas (lei de causa e efeito) a serem depuradas. Não são os pais que geram os Espíritos que voltam, apenas ajudam na composição genética da formação da matéria, na qual esse espírito habitará. O corpo procede do corpo, mas o espírito não procede do espírito, porque o espírito existia antes da formação do corpo que vai habitar.   

Hoje, vemos mais casos de autismo. Por quê? O diagnóstico vem se aprimorando? 

O fato de vermos mais casos sendo diagnosticados hoje em dia para transtornos do espectro autista se deve a uma maior notificação por aqueles que lidam com a enfermidade e à divulgação feita nas mídias pelas associações de mães e crianças autistas de todo o Brasil, que têm, de forma inequívoca, divulgado a história natural da enfermidade e como diagnosticá-la. Evidente que o conhecimento vem se aprimorando ao longo dos anos.  

A sociedade está mais preparada para apoiar não apenas a criança, mas também sua família? 

A sociedade está muito melhor preparada a aceitar e acolher essas crianças, em vista da compreensão da enfermidade e para aqueles que aceitam o paradigma espírito-matéria. 

Em sua opinião, qual a melhor lição a se aprender com o autismo? 

A melhor lição que aprendemos com o autismo infantil é estarmos diante de um ser que sofre porque feriu, e normalmente feriu muito, como nos informam os Espíritos superiores nas falas de Hermínio C. Miranda, Chico Xavier e Suely Caldas Schubert. “As expiações – dizem eles – visam restaurar o equilíbrio perdido, ao tempo em que reconduzem o infrator à posição espiritual em que se encontrava antes da queda desastrosa.”

Há que se considerar a proposta das casas espíritas para o atendimento das crianças autistas, focando dois pontos igualmente importantes:

1. Atendimento espiritual permanente às famílias e ao paciente na casa espírita e no seu lar de origem.

2. Não se afastar dos atendimentos médicos e reabilitadores proporcionados pelas diversas técnicas conhecidas.



 


 
Para expressar sua opinião a respeito desta matéria, preencha e envie o formulário abaixo.
Seu comentário poderá ser publicado na seção de cartas de uma de nossas futuras edições.
 
 

Nome:

E-mail:

Cidade e Estado:

Comentário:



 

 

Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita