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Estudo das Obras de Allan Kardec  Inglês  Espanhol

Ano 10 - N° 469 - 12 de Junho de 2016

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

 

Obras Póstumas

Allan Kardec 

(Parte 15)
 

Damos continuidade nesta edição ao estudo do livro Obras Póstumas, publicado depois da desencarnação de Allan Kardec, mas composto com textos de sua autoria. O presente estudo baseia-se na tradução feita pelo Dr. Guillon Ribeiro, publicada pela editora da Federação Espírita Brasileira.

Questões para debate

107. A música exerce real influência sobre a alma? 

108. E a alma, exerce ela também influência sobre a música? 

109. Em que sentido poderá o Espiritismo influenciar as composições musicais?

110. Qual é, para a alma, sua existência normal? 

111. Uma objeção que se faz à reencarnação é exatamente a ausência de lembrança do que ocorreu no passado. Que proveito para sua melhoria a pessoa pode tirar das existências anteriores, se não se lembra das faltas cometidas? 

Respostas às questões propostas 

107. A música exerce real influência sobre a alma? 

Sim. A influência da música sobre a alma, sobre o seu progresso moral, é reconhecida por todo o mundo; mas a razão dessa influência é geralmente ignorada. Sua razão está inteiramente neste fato: que a harmonia coloca a alma sob a força de um sentimento que a desmaterializa. Este sentimento existe em um certo grau, mas se desenvolve sob a ação de um sentimento similar mais elevado. Aquele que está privado desse sentimento a ele é levado gradativamente: acaba, ele também, por se deixar penetrar e se deixar arrastar no mundo ideal onde esquece, por um instante, os grosseiros prazeres que prefere à divina harmonia.  (Obras Póstumas – A música celeste e a música espírita.) 

108. E a alma, exerce ela também influência sobre a música? 

Obviamente. Se se considera que a harmonia sai do concerto do Espírito, disso se deduzirá que, se a música exerce uma feliz influência sobre a alma, a alma, que a concebe, exerce também uma influência sobre a música. A alma virtuosa, que tem a paixão do bem, do belo, do grande, e que adquiriu a harmonia, produzirá obras-primas capazes de penetrar as almas mais blindadas e comovê-las.

Se o compositor é terra-a-terra, como representará a virtude que ele desdenha, o belo que ignora e o grande que não compreende? Suas composições serão o reflexo de seus gostos sensuais, de sua leviandade, de sua indiferença. Elas serão ora licenciosas e ora obscenas, ora cômicas, ora burlescas; comunicarão aos ouvintes os sentimentos que exprimirão e pervertê-los-ão ao invés de melhorá-los. (Obras Póstumas – A música celeste e a música espírita.) 

109. Em que sentido poderá o Espiritismo influenciar as composições musicais? 

Moralizando os homens, o Espiritismo exercerá, sem dúvida, uma grande influência sobre a música. Produzirá mais compositores virtuosos, que comunicarão as suas virtudes fazendo ouvir as suas composições. Rir-se-á menos, chorar-se-á mais; a hilaridade dará lugar à emoção, a fealdade dará lugar à beleza e o cômico à grandiosidade. Por outro lado, os ouvintes que o Espiritismo terá disposto para receberem facilmente a harmonia apreciarão, na audição da música séria, um encanto verdadeiro; desdenharão a música frívola e licenciosa que se apodera das massas.

Quando o grotesco e o obsceno forem abandonados pelo belo e pelo bem, os compositores dessa ordem desaparecerão, uma vez que, sem ouvintes, nada ganharão, e é para ganhar que eles trabalham. (Obras Póstumas – A música celeste e a música espírita.) 

110. Qual é, para a alma, sua existência normal? 

A existência espiritual da alma, eis a sua existência normal. As existências corpóreas não são senão intervalos, curtas estações na vida do Espírito, e a soma de todas essas estações não é senão uma parte mínima da existência normal, absolutamente como se, numa viagem de vários anos, se parasse de tempos em tempos durante algumas horas.

Se, durante as existências corpóreas, parece nelas haver solução de continuidade pela ausência da lembrança, a ligação se estabelece durante a vida espiritual, que não tem interrupção. A solução de continuidade não existe, em realidade, senão para a vida corpórea exterior e de relação; e aqui a ausência da lembrança prova a sabedoria da Providência que não quis que o homem fosse muito desviado da vida real, onde tem deveres a cumprir. Contudo, no estado de repouso do corpo, no período do sono, a alma retoma em parte o seu voo, e aí se restabelece a cadeia interrompida durante a vigília. (Obras Póstumas – A estrada da vida.) 

111. Uma objeção que se faz à reencarnação é exatamente a ausência de lembrança do que ocorreu no passado. Que proveito para sua melhoria a pessoa pode tirar das existências anteriores, se não se lembra das faltas cometidas? 

Primeiro, é preciso entender que a lembrança de existências infelizes, juntando-se às misérias da vida presente, tornaria esta ainda mais penosa; é, pois, um acréscimo de sofrimentos que Deus quis evitar. Sem isso, frequentemente, quanto não seria nossa humilhação pensando no que fomos! Quanto ao nosso adiantamento, a lembrança do passado é absolutamente inútil. Durante cada existência, damos alguns passos adiante; adquirimos algumas qualidades e nos despojamos de algumas imperfeições; cada uma delas é, assim, um novo ponto de partida, em que somos o que nos houvermos feito, sem ter que nos inquietarmos com aquilo que fomos.

Se, numa existência anterior, fomos antropófagos, em que a lembrança disso nos ajuda se não o somos mais? Se tivemos um defeito qualquer do qual não restam mais os traços, é uma conta liquidada, com a qual não temos nada a nos preocupar.

Suponhamos, ao contrário, uma falta da qual não se corrigiu senão a metade, o saldo se reencontrará na vida seguinte e é em corrigi-lo que é preciso se fixar.

Tomemos um exemplo: um homem foi assassino e ladrão; disso foi punido, seja na vida corpórea, seja na vida espiritual. Ele se arrependeu e se corrigiu da primeira tendência, mas não da segunda. Na existência seguinte, ele não será senão ladrão; talvez grande ladrão, mas não mais assassino. Mais um passo adiante e ele não será senão pequeno ladrão; um pouco mais tarde, não roubará mais. Poderá, então, ter a veleidade de roubar, que sua consciência neutralizará; depois um último esforço, e, tendo desaparecido todo traço da doença moral, será um modelo de probidade.

Em que recordar o passado o ajudaria? A lembrança de ter morrido no patíbulo não seria uma tortura, uma humilhação perpétuas? Aplicai este raciocínio a todos os vícios, a todas as manias, e podereis ver como a alma se melhora ao longo das sucessivas existências. (Obras Póstumas – A estrada da vida.)

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita