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Ano 10 - N° 474 - 17 de Julho de 2016

CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 
 

Christina Nunes

Ufologia sob a ótica espiritualista

No programa televisivo Fantástico exibido semanas atrás tivemos a oportunidade de assistir a uma rara abordagem mais séria do assunto Ufos, tão proposital e veementemente rechaçado da divulgação rotineira das mídias de massa. O que é uma pena. Pois essa postura, diretamente relacionada às iniciativas mundiais do acobertamento, lança a população a um estado de ignorância obtusa de uma realidade cuja obviedade se evidencia por si, quanto mais evolui o estado de consciência humana global e os avanços da própria ciência.

Meu interesse sobre este assunto, desde muito cedo, veio atrelado aos conhecimentos e vivências espíritas, e não poderia acontecer de outro modo. Durante vários anos, desde o primeiro e mais impressionante avistamento de um Ufo na fase da infância, na presença de duas outras testemunhas, não cheguei a fazer a conexão do que acontecia com as convicções e informações que gradativamente ia adquirindo, sob as diretrizes da Espiritualidade assistente e dos estudos intensos neste contexto. Só com o ingresso na fase adulta, com domínio prático e teórico de algumas características das manifestações mediúnicas e de vida multidimensionais, espontaneamente fui estabelecendo correlações óbvias, entre as verdades da existência nas muitas esferas espirituais e o modo como a fenomenologia ufológica acontece.

É este assunto, portanto, que gostaria de compartilhar com os leitores nesta oportunidade, de vez que é chegado o tempo em que a nossa quarentena cósmica vislumbra o seu arremate. De fato, não é mais possível que, com o nível de compreensão das coisas a que chegamos, ainda concebamos que todo o portentoso universo acima de nós exista somente a pretexto de enfeite e deslumbramento para os nossos olhos, durante as noites estreladas. Como aliás já nos afiançava Carl Sagan: “Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço”. 

Festival de equívocos intencionais sobre o tema 

Mais – inadmissível que, sem o necessário estudo e investigação isenta do assunto, ainda se enverede pela negativa fácil, lançando-se mão do argumento falho de que, se a nossa instrumentação científica e conhecimento tecnológico atuais ainda não detectam, como se desejaria, as provas factuais dessa realidade, então é de se concluir, peremptoriamente, que não exista. Porque qualquer raciocínio simplório nos leva à compreensão de que, para níveis muitíssimo mais avançados de domínio tecnológico e científico, apenas os respectivos recursos compatíveis de detecção atenderiam, satisfatoriamente, a essa exigência.

Além do mais, em meio à balbúrdia virtual de nossos tempos, em meio ao festival de equívocos e fraudes intencionais que visam mesmo desacreditar o assunto, por interesses vários – dentre os principais, os religiosos e políticos, temerosos de que, de fato, essa humanidade perdida num pequeno mundo azulado na vastidão incalculável do cosmos não seja a última palavra da manifestação da Vida – de fato, existe material fidedigno de vulto, acessível a qualquer um que busque pesquisar com seriedade o tema, de boa vontade, e sem ideias preconcebidas.

Todavia, é preciso que se entenda que, à parte as iniciativas do acobertamento militar em muitos países, dentre eles o Brasil, por razões justificáveis – entre essas, o despreparo lamentável no qual se vê metida a população mundial, para lidar com as implicações estupendas da admissibilidade desta verdade –, o trabalho de parceria de ufólogos sérios de várias procedências mundiais com as autoridades já admite o acesso a documentos factuais até então resguardados, sobre casos emblemáticos como o de Roswell, Varginha, a Operação Prato, e a famosa aparição em massa de Ufos no espaço aéreo do Rio de Janeiro, nos idos da década de 1970/80, exibida na matéria do Fantástico mencionada. 

Por que razão os objetos avistados não voam? 

A experiência pessoal com este assunto fascinante, como dito, só contribuiu para enriquecer minha compreensão de como acontece, não apenas a continuidade da vida após nossa passagem rápida na face material terrena, por meio da reencarnação, como também a maneira como essas muitas civilizações, provenientes não somente de lugares dimensionais adjacentes ao orbe, como também de outros mundos – onde talvez já tenhamos, nós mesmos, estagiado noutros períodos evolutivos, antes de principiar nosso ciclo terreno –, operam com o aspecto multidimensional da existência. Pois muitas habitam em outro patamar vibratório da vida e, portanto, de acesso apenas esporádico aos limitados sentidos de que somos portadores, enquanto num corpo físico.

Perguntas inquietaram durante muitos anos minhas reflexões: – Por que razão os objetos avistados, reiteradamente, não propriamente voam – surgindo e desaparecendo, em assombrosa evidência de materialização e desmaterialização, diante do meu olhar espantado? Por que, em muitas ocasiões, os acessos mediante desprendimento do corpo físico – com as mesmas características descritas por muitos dos contatados de um ou de outro modo, ao redor do mundo? Vendo-se dentro de um desses transportes avançados, depois de serem atingidos por poderoso influxo luminoso de tonalidades variadas, alaranjada ou multicores; ou, ainda, simplesmente visualizando-os maciçamente, pairando, ou em voo tranquilo nos céus, mais em determinadas regiões dentre os nossos lugares de habitação conhecidos, do que em outros?

Três desses avistamentos, efetivamente, se deram para mim exatamente assim, ao longo dos anos. O primeiro, já citado, nos céus noturnos do bairro do Méier no Rio de Janeiro – autêntico viveiro de avistamentos ufológicos, por razões que ainda busco compreender – era o de um objeto imenso, lenticular, como que emitindo luz própria a distância, de seu aspecto espelhado. Diante do meu estarrecimento e de mais duas meninas que me faziam companhia – deveríamos contar cerca de nove ou dez anos de idade, não mais –, descreveu leve movimento lateral e desapareceu por detrás da cúpula da Igreja Coração de Maria. 

Os objetos surgem e somem da mesma maneira 

Dois outros avistamentos aconteceram em anos recentes, só para citar alguns dos mais impactantes – da varanda de minha atual residência, um apartamento de segundo andar com certa visão privilegiada dos céus ao norte, durante duas tardes ensolaradas, surgiu-me um objeto em forma de bumerangue, e a julgar pela altitude elevadíssima, também de tamanho considerável. Nas duas oportunidades, apareceu exatamente no mesmo quadrante dos céus, como se, estranhamente, quem o ocupava pretendesse ser observado. Tive tempo de correr, pegar um binóculo potente e enquadrá-lo, depois de certa dificuldade; para, depois de uns poucos segundos, os “bumerangues” de tonalidade acinzentada simplesmente “desaparecerem” nos céus límpidos, sem deslocamento visível para qualquer direção. Surgiram e sumiram, da mesma maneira vertiginosa.

As peculiaridades desses eventos, inevitavelmente, recordam as descrições de certas vivências mediúnicas, em que os Espíritos também nos surgem desse mesmo modo enigmático, embora, como acontece com os Ufos, também não se deem tão frequentemente. Parece-me que em razão de que esses fenômenos demandam condições especiais, não somente do ambiente fluídico, ou atmosférico-magnético, no caso dos Ufos, como também do íntimo de quem os vivencia, de suas condições espirituais / mediúnicas específicas. Recordo-me, assim, de ter avistado em três vezes Espíritos, nessas mesmas condições semelhantes: surgindo do nada, e desaparecendo como surgiram, sem destino concebível, embora, ao vê-los, me comparecessem à visão tão “de carne e osso” como qualquer das pessoas que nos rodeiam em situação de reencarnadas, e com as quais convivemos.

Há muito que se descobrir sobre as insuspeitadas condições de manifestação da vida no universo, e nos estágios passageiros em que atualmente nos situamos sobre este pequeno mundo, apenas levantamos a ponta de um imenso véu. Todavia, hoje, atinge-se um nível em que a própria Física aponta para a manifestação de realidades mediante meras probabilidades, baseadas em foco de consciência, abrindo-se entendimento para a compreensão do que sejam os universos paralelos.  

Procedente de outros mundos, há quem nos observe? 

Deste modo, em similitude com o que a própria pesquisa ufológica séria nos permite descortinar, não há como não se estabelecer paralelos que nos conduzem a conclusões óbvias, cujo conhecimento já nos pertencia desde antes mesmo do advento da Codificação Espírita.

Os seres – Espíritos em evolução neste mundo, quanto as várias civilizações que povoam o infinito, em degraus diversos de avanço tecnológico ou de consciência – manifestam-se numa multiplicidade incontável de habitações espalhadas no cosmos, próximas, paralelas, ou distantes de nós no momento presente, em regime de simultaneidade. De maneira que, dadas as condições adequadas, podemos ou não acessá-los – o que, vez por outra, envidam de caso pensado, em iniciativa de convivência entre seres de planos / mundos diferentes, autorizados pelos seres maiores em entendimento, que monitoram e amparam as humanidades em incontáveis lugares.

O que acontece em relação à fenomenologia ufológica, portanto, diz respeito a uma ordem de acontecimentos irmãos – não antagônicos – do que já podemos compreender sobre nossas circunstâncias de Espíritos em trajetória consciencial ascendente. Não por acaso – seja por estudo, ou monitoramento, ou tutela de seres reencarnados de quem guardam conhecimento, ou elos de estima pregressos – esses visitantes, procedentes de outros mundos, nos observam. Acompanham o aparente caos momentâneo em que se demoram as populações habitantes dos níveis terrenos materiais, astrais e etéricos. Contatam muitos, espalhados pelo globo, presencial ou telepaticamente; cuidam de alguns, chipam(1) e amparam outros tantos. E tudo isso representa a confirmação do alcance de um estágio desta humanidade, que há de preceder um tempo, talvez não tão distante, em que tenhamos condições evolutivas adequadas para fazer jus à retomada da cidadania cósmica. Em épocas em que, sabendo como lidar pacificamente com as diferenças entre os que nos circundam nas cidades e nações deste planeta, nos achemos em condições de conviver harmonicamente também com a riqueza portentosa da Criação, representada pelas civilizações que nos visitam e povoam a multiplicidade de mundos e dimensões espalhadas ao redor, e nas extensões infinitas dos céus. 

 

(1) Os contatados, em variados casos, são portadores de chips, pequenos dispositivos etéricos de cuja existência em seu organismo espiritual, muitas vezes, sequer suspeitam. São, assim, localizados com facilidade pelos nossos visitantes pacíficos, e com eles convivem, em regime de telepatia, ou de comunicação mental facilitada. Isto, provavelmente, refere-se à interação com seres em estado de manifestação semimaterial, que, lidando com uma humanidade reencarnada em níveis frequenciais mais grosseiros, necessita de um “plus”, que facilite este contato em condições peculiares satisfatórias. 


 


 
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