Gregory Robert
Smith é um
norte-americano
cuja genialidade
surpreende o
mundo, até mesmo
quando comparado
a outros
prodígios. Ele
poderia ter sido
um
pré-adolescente
comum, não fosse
o enorme
potencial de sua
inteligência,
sobrepondo, e
muito, a média
apresentada pelo
"quociente de
inteligência"
dos jovens de
sua idade. Com
apenas um ano e
dois meses de
idade, resolvia
problemas
simples de
álgebra e, aos
13 anos,
graduou-se em
Matemática, pela
Randolp-Marcon
College, em
Washington. É
presidente de
uma Fundação, a
Youth Advocates,
dedicada à
defesa de jovens
carentes; já
esteve com
grandes líderes
mundiais,
discutindo o
futuro da
Humanidade e, em
2002, chegou a
ser indicado ao
prêmio Nobel da
Paz.
Para a Dra.
Barbara Clark,
da universidade
da Califórnia,
EUA, dois
indivíduos com,
aproximadamente,
a mesma
capacidade
genética para
desenvolver
inteligência
podem ser
considerados,
potencialmente,
superdotados ou
retardados
educáveis,
dependendo do
ambiente em que
interagem. Para
compreender como
alguns
indivíduos se
tornam
superdotados e
outros não,
precisamos
familiarizar-nos
com a estrutura
básica e a
função do
cérebro humano.
Ao nascer,
segundo Barbara
Clark, o cérebro
humano tem cerca
de 100 a 200
bilhões de
células. Cada
célula tem seu
lugar e está
pronta para ser
desenvolvida e
para ser usada,
e realizar os
mais altos
níveis do
potencial
humano. "Apesar
de não
desenvolvermos
mais as células
neurais, isso
não se faz
necessário,
porque as temos;
se usadas,
permitiriam que
processássemos
vários trilhões
de informações
durante nossas
vidas. Usamos
estimadamente
menos de 5%
dessa
capacidade. A
maneira como
usamos esse
sistema complexo
é crucial para o
desenvolvimento
da inteligência
e personalidade,
e da própria
qualidade de
vida que
experimentamos
enquanto
crescemos."[1]
Para alguns
pesquisadores,
os genes são os
agentes
fisiológicos e
da conduta; o
fenótipo [2] é o
resultado da
interação do
meio com o
genótipo.
Destarte, os
genes determinam
os limites das
capacidades ou
potenciais do
organismo, de
qualquer
aprendizagem, e
deve ocorrer,
necessariamente,
dentro dos
limites dados
pelos genótipos,
que sofrerão
influência do
meio, que dará a
expressão final
das
características.
Muitas crianças
são criativas, e
criatividade é o
destaque na
atividade de
produzir aquilo
que é
simultaneamente
inusitado e
útil. Uma
implicação
direta da
própria
superdotação
intelectual é
que os
superdotados,
por definição,
interagem com o
mundo de um modo
significativamente
diferente do
modo como fazem
as demais
pessoas. A
propósito, a
Teoria das
Múltiplas
Inteligências de
Howard Gardner
propõe que a
mente humana é
multifacetada,
existindo várias
capacidades
distintas que
podem receber a
denominação de
"inteligência".
Os superdotados
Casos de
crianças
precoces sempre
despertam a
atenção. A
Academia de
Ciência não
possui uma
explicação
pujante sobre o
tema; atribui a
uma "miraculosa"
predisposição
biogenética
(!?),
potencializada
por estímulos de
ordem externa.
Outra enorme
dificuldade,
encontrada pelos
doutos da
Academia, é a
não concordância
na definição do
termo "superdotação".
“Alguns
pesquisadores
distinguem
superdotado[3]
de talentoso,
sendo o primeiro
considerado como
aquele indivíduo
de alta
capacidade
intelectual, ou
acadêmica, e o
segundo, como
possuindo
habilidades
superiores nas
áreas das artes,
música, teatro.”
[4]
O superdotado,
por exemplo,
consegue
perceber mais do
meio ambiente do
que a maioria
das pessoas.
Assim sendo,
este tipo de
pessoa tende a
ser visto como
exagerado ou
excessivamente
sensível.
Normalmente, ele
é mais receptivo
aos estados
emocionais, à
alegria e à dor,
tanto os seus
como os alheios,
e é mais afetado
por carências,
injustiças e
frustrações.
Suas dúvidas e
convicções são
mais
intensamente
vividas,
adquirindo, para
ele, valor de
metas
essenciais.
O gênio mirim
possui
inteligência,
imaginação,
audácia e uma
certa
autossuficiência
interior, traços
que entram em
oposição às
atitudes mais
usuais de
dependência ou
imitação.
Diversos
especialistas
concordam que os
superdotados
apresentam
peculiaridades
psicológicas e
comportamentais
substancialmente
diferentes
daquelas da
população em
geral. Trata-se
de um fato com
implicações
importantes,
tanto para a
identificação
quanto para a
interação com
esse tipo de
indivíduo.
Garotada que
importuna a
ciência
materialista
O brasileiro
Maiko Silva
Pinheiro leu aos
4 anos; aprendeu
a fazer contas
aos 5 e, aos 9,
era repreendido
pela professora
porque fazia as
divisões, usando
uma lógica
própria,
diferente do
método ensinado
na escola. Outro
brasileiro,
Ricardo Tadeu
Cabral de
Soares, começou
a ler aos 3 anos
de idade; aos 9
escreveu um
livro. Com 12
anos de idade,
enquanto cursava
a 8ª série do
primeiro grau,
foi o primeiro
colocado no
vestibular para
Direito, numa
faculdade
particular do
Rio de Janeiro.
Ricardo virou o
mais jovem
universitário
brasileiro.
Quatro anos
depois, entrou
para o livro
Guinness dos
recordes, como o
mais jovem
advogado do
mundo. Aos 18,
concluiu o
mestrado em
Direito na
renomadíssima
universidade
norte-americana
Harvard, uma das
maiores
concentrações de
superdotados no
planeta.
O célebre
matemático
francês Henri
Poincaré, que
desencarnou em
1912, acreditava
que os gênios
matemáticos
trazem um
talento
congênito, ou
seja: "já vêm
feitos", o que,
de maneira
sutil, consagra
a multiplicidade
das vidas. O
jovem sergipano
Carlos Matheus
Silva Santos,
hoje com 32 anos
de idade,
estudante pobre
de escola
pública,
conseguiu um
fato inédito em
um dos melhores
centros de
formação da
América Latina,
o Instituto de
Matemática Pura
e Aplicada, onde
obteve o
doutorado aos 19
anos de idade.
A história cede
espaço para
alguns gênios
mirins
Gabriel Delanne,
em seu livro
Reencarnação,
no capítulo VII,
trata das
"experiências de
renovação da
memória",
citando Allan
Kardec, e fala
do perispírito,
que "sobrevive à
morte” e arquiva
todas as
experiências
vividas em
outras
existências. [5]
Um Espírito que
se dedicou,
particularmente,
por séculos ao
estudo da
Matemática traz,
como frisou
Poincaré, esse
“talento
congênito”, o
impulso natural
para a prática
de atividades de
que mais gosta.
Encontramos
essas mesmas
tendências
excepcionais em
músicos, como
Wolfgang Amadeus
Mozart, que aos
2 anos de idade
já executava,
com facilidade,
diversas peças
para piano;
dominava três
idiomas (alemão,
francês e latim)
aos 3 anos;
tirava sons
maviosos do
violino aos 4
anos;
apresentou-se ao
público, pela
primeira vez, e
já compunha
minuetos, aos 5
anos; e escreveu
sua primeira
ópera, La
finta semplice,
em 1768, aos 12
anos. Paganini
dava concertos
aos 9 anos, em
Gênova, Itália.
Na literatura
universal, é
ímpar o fenômeno
Victor Hugo que,
precocemente,
aos 13 anos,
arrebatou
cobiçado prêmio
da cidade de
Tolosa. Goethe
sabia escrever
em diversas
línguas, antes
da idade de 10
anos.
Citamos ainda
Victor Hugo, o
gênio maior da
França, que
escreveu seu
primeiro livro
aos 15 anos de
idade. Pascal,
aos 12 anos, sem
livros e sem
mestres,
demonstrou
trinta e duas
proposições de
geometria, do I
Livro de
Euclides; aos 16
anos, escreveu
"Tratado sobre
as cônicas" e,
logo adiante,
escreveu obras
de Física e de
Matemática.
Miguel Ângelo,
com a idade de 8
anos, foi
dispensado das
aulas de
escultura pelo
seu professor,
que nada mais
havia a lhe
ensinar.
Allan Kardec,
examinando a
questão da
genialidade,
perguntou aos
Benfeitores: -
Como entender
esse fenômeno?
Eles, então,
responderam que
eram "lembranças
do passado;
progresso
anterior da alma
(...)”. [6]
Forçoso é nascer
de novo
O Doutor Richard
Wolman, de
Harvard,
incorporou o
conceito de
Inteligência
Espiritual às
demais teorias
em voga. Esse
conceito seria a
capacidade
humana de fazer
perguntas
fundamentais
sobre o
significado da
vida e de
experimentar,
simultaneamente,
a conexão
perfeita entre
cada um de nós e
o mundo em que
vivemos. Não é
exatamente o que
define a
Doutrina
Espírita, mas já
é um avanço no
entendimento
integral do
indivíduo.
Pesquisadores
como Ian
Stevenson, Brian
L. Weiss, H. N.
Banerjee,
Erlendur
Haraldsson,
Hellen Wanbach,
Edite Fiore e
outros trouxeram
resultados
notáveis sobre a
tese
reencarnacionista.
Só a pluralidade
das existências
pode explicar a
diversidade dos
caracteres, a
variedade das
aptidões, a
desproporção das
qualidades
morais, enfim,
todas as
desigualdades
que a nossa
vista alcança.
Fora dessa lei,
indagar-se-ia,
inutilmente, por
que certos
homens possuem
talento,
sentimentos
nobres,
aspirações
elevadas,
enquanto muitos
outros só
manifestam
paixões e
instintos
grosseiros. A
influência do
meio, a hereditariedade
e as diferenças
de educação não
são suficientes,
obviamente, para
explicar esses
fenômenos. Vemos
membros da mesma
família,
semelhantes pelo
sangue, pelo
histórico
genético,
educados nos
mesmos
princípios
morais,
diferençarem-se,
profundamente,
como pessoas.
“O que é nascido
da carne é
carne, e o que é
nascido do
espírito é
Espírito. Não te
maravilhes [Nicodemos]
de te ter dito:
Necessário vos é
nascer de novo.”
(Jesus) [7]
A doutrina da
reencarnação é a
única que
preenche o vazio
da alma humana à
procura de um
esclarecimento a
respeito de si
mesmo. No caso
em discussão,
indagamos: Quem
é o superdotado?
O que faz na
Terra? Qual é o
seu porvir?
Perguntas
somente
respondidas
(repetimos)
tendo a
pluralidade das
existências como
mecanismo
natural de
resposta. Sem a
palingenesia não
há como se
conceber
evolução nem
progresso
humano. Sobre
nossa vida
física no
planeta, que
representam
pouquíssimos
anos de vida
numa única
existência?
Conclusão
Aos Nicodemos de
agora avisamos
que “o vento
assopra onde
quer, e ouves a
sua voz, mas não
sabes de onde
vem, nem para
onde vai; assim
é todo aquele
que é nascido do
Espírito” [8] e
o
homem é viajor
do Universo e,
dentro da
eternidade,
aufere recursos
e aptidões,
desenvolve
potencialidades,
até chegar à
posição de um
arcanjo.[9]
Referências
bibliográficas:
[1]
Disponível em
http://www.oconsolador.com.br/ano9/426/jorge_hessen.html
acessado em
14/09/2016
[2]
Fenótipo=
Conjunto dos
caracteres que
se manifestam
visivelmente em
um indivíduo e
que exprimem as
reações do seu
genótipo (isto
é, de seu
patrimônio
hereditário),
diante das
circunstâncias
particulares de
seu
desenvolvimento
e em face de seu
meio.
[3] A
palavra
"superdotado" é
utilizada para
identificar uma
criança que se
destaque acima
da média das
demais, numa
habilidade geral
ou específica,
no âmbito de sua
atuação.
[4] Hessen,
Jorge. Tese
Reencarnacionista,
artigo publicado
em Reformador /FEB
/ janeiro 2005
[5] Delanne,
Gabriel.
Reencarnação,
Rio de Janeiro:
Ed FEB, 1987,
cap. VII
[6] Kardec,
Allan. O
Livro dos
Espíritos,
Rio de Janeiro:
Ed FEB, 2001,
perg. 219
[7] João
3:6,7
[8] João 3:8
[9] Kardec,
Allan. O
Livro dos
Espíritos,
Rio de Janeiro:
Ed FEB, 2002,
questão no. 540