Transtornos
Psiquiátricos e
Obsessivos
Parte 9
Damos continuidade ao estudo metódico e sequencial do
livro Transtornos Psiquiátricos e Obsessivos,
obra de autoria de Manoel Philomeno de Miranda,
psicografada por Divaldo Franco no ano de 2008.
Questões preliminares
A. Na clínica visitada pela equipe socorrista havia
também casos de zoantropia e vampirismo entre os
pacientes internados?
Sim. Conforme as explicações do irmão Bruno, não eram
poucos os casos de zoantropia e de vampirismo entre os
pacientes, em especial nos dependentes químicos de
drogas aditivas de efeitos terríveis. É por isso que
muitos pacientes, passado algum tempo, não resistem aos
apelos externos e principalmente internos do vício,
recidivando até se tornarem crônicos, visto que, além da
dependência natural, efeito do hábito danoso, seus
inimigos desencarnados e os beneficiários das suas
energias induzem-nos à queda, pela falta que sofrem das
emanações das substâncias que os nutrem. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 4: Programação de
atividades.)
B. A terapêutica desobsessiva, em casos assim, não
poderia ser aplicada numa Instituição espírita, em vez
de o ser na própria clínica?
Segundo o irmão Bruno, esse trabalho já vinha sendo
realizado numa Instituição espírita da cidade, na qual
os benfeitores contribuíam para o esclarecimento desses
irmãos infelizes. No entanto, se realizado na própria
clínica, acreditava ele que os efeitos salutares
poderiam ser bem maiores, pela sua irradiação nos
diversos espaços existentes, contribuindo para a
elevação do clima psíquico na da própria clínica. Dr.
Inácio Ferreira partilhava dessa ideia. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 4: Programação de
atividades.)
C. Trabalhos dessa natureza requerem cuidados especiais?
Sim. Segundo dona Maria Modesto, em semelhante mister é
imprescindível a consciente e responsável cooperação dos
médiuns de psicofonia e dos seus doutrinadores, porque
sabemos que esses irmãos agressivos são, em si mesmos,
enfermos morais e, na sua ignorância, quando se sentem
rechaçados nos seus planos de desforra, voltam-se contra
aqueles que se fazem intermediários dos benefícios que
se recusam, investindo contra todos e tentando
criar-lhes embaraços graves, para desanimá-los no
prosseguimento das tarefas. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 4: Programação de
atividades.)
Texto para leitura
78. Em suas reflexões, Manoel Philomeno recordou-se de
Jesus, o Servidor infatigável, que até hoje trabalha,
imitando o Pai que também trabalha incessantemente. No
Universo, galáxias são devoradas pelos buracos negros,
enquanto outras são formadas pela poeira cósmica em
infinito movimento da Criação, em uma atividade
incessante. Como se vê, o cérebro se lhe esfervilhava de
interrogações, mas ele não teve o atrevimento de
apresentá-las ao amigo José Petitinga, com o qual
mantinha mais intimidade em face da larga convivência na
Terra e após o túmulo. É que, diz ele, a paciência é
virtude que deve ser cultivada, a fim de ser conseguida
a edificação interior e a coragem para os enfrentamentos
naturais que favorecem a compreensão e a aquisição da
sabedoria. Desse modo, esperaria a oportunidade própria
para melhor penetrar nos delicados meandros do
conhecimento espiritual de que participara naquela manhã
deslumbrante. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 3: Encontro com o
mentor.)
79. À tarde, quando voltaram a reunir-se para uma oração
em conjunto, que foi proferida pela médium dona Maria
Modesto, todos ainda apresentavam os efeitos saudáveis
da visita ao venerável Mentor. A prece, repassada de
unção, envolveu-os em dúlcida harmonias que prolongavam
aquelas de que haviam sido beneficiado, facultando-lhes
inefável bem-estar. Após a prece, Dr. Juliano comentou a
visita inolvidável ao apóstolo da caridade, explicando
que, por primeira vez, estivera ao lado de um ser tão
especial, superior em tudo quanto encontrara em outras
nobres entidades. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 4: Programação de
atividades.)
80. Não podendo ocultar a emoção e o entusiasmo que o
invadiam, ele interrogou: “A trajetória de um espírito
de tal evolução certamente procede de tempos quase
imemoriais, não é verdade?” O irmão Bruno, que já tivera
oportunidade de manter esse contato reiteradas vezes,
esclareceu: “Certamente, que sim. Quando hoje
acompanhamos a trajetória do venerando Dr. Bezerra de
Menezes, comovendo-nos com a sua estatura espiritual,
não podemos esquecer que, já no segundo século do
Cristianismo, na Gália lugdunense (com capital na atual
Lyon, na França) ele se ofereceu ao martírio por
fidelidade ao Senhor Jesus. Desde ali, algumas vezes
mais optou pela abnegação na fé religiosa com total
entrega à mensagem de vida eterna, sendo credor da
intercessão da Mãe Santíssima em favor do seu ministério
nas terras brasileiras junto ao amado filho Jesus, a fim
de que prosseguisse servindo e amando”. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 4: Programação de
atividades.)
81. Em seguida, o irmão complementou: “De igual maneira,
o Benfeitor de nossa clínica também experimentou a
glória do martírio em Roma, quando foi arrancado do solo
da África do Norte, durante o período de governança do
imperador Diocleciano, um dos mais terríveis para os
cristãos primitivos... Sobranceiro e tranquilo, levado a
ferros até a capital do império, a sua palavra
sustentava os futuros mártires apavorados, recordando os
ensinamentos de Jesus, e quando chegou às masmorras do
circo máximo, manteve-se fiel ao apostolado,
tranquilizando aqueles que ali se amontoavam, aguardando
o momento do sacrifício. Era, então, o ano de 302,
quando Diocleciano se transformara num dos mais ferozes
inimigos de Jesus, porque acreditava ser a Sua doutrina
uma ameaça à sua autoridade. Atirado às feras, em
terrível espetáculo onde morreu mais de uma centena de
vítimas arrancadas dos lares de diversas terras, foi
sacrificado estoicamente”.(Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 4: Programação de
atividades.)
82. Segundo relato do irmão, tais espetáculos cruéis se
prolongaram no período de governança do imperador
Diocleciano até o momento em que se afastou do poder
três anos depois, embora interviesse mais tarde, quando
lhe pareceu oportuno, acreditando estar preservando o
império... “Consta que as feras rodearam o mártir
agressivamente sem o atacar, conforme sucedera com
Ignácio de Antioquia. Dominado por ímpar emoção,
ajoelhou-se e rogou ao Mestre que lhe concedesse a honra
do sacrifício, o que logo sucedeu, quando foi
despedaçado por patas e dentes poderosos.” A partir
daquele momento, porque houvesse acompanhado no cárcere
alguns anciãos que enlouqueceram de dor ante a ameaça da
morte iminente, passou a dedicar-se ao socorro dos
pacientes mentais, culminando, na sua última existência
terrena, com a aplicação de recursos fluidoterapêuticos,
quando pôde aliar os tesouros do Espiritismo – o
Cristianismo Redivivo – aos tratamentos da época em
favor dos enfermos. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 4: Programação de
atividades.)
83. Profundamente dedicado à Mãe de Jesus, a quem
entregava em preces os enfermos e os infelizes que o
buscavam, mereceu da Senhora, como os seus coetâneos Dr.
Bezerra de Menezes, Bittencourt Sampaio e outros
espíritas abnegados, proteção e carinho, continuando sob
os seus cuidados. Dito isso, o irmão acrescentou: “Desde
quando fundamos o hospital, há quase meio século, que
lhe temos recorrido à ajuda, especialmente quando são
necessárias mudanças de programação para atender aos
impositivos do progresso. Com amor excelente e dedicação
incomum, ele nos tem protegido e orientado. Temo-lo,
desse modo, como mensageiro de Jesus de alta estirpe”. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 4: Programação de
atividades.)
84. A seguir, o irmão Bruno esclareceu: “O nosso projeto
visa ao atendimento especial dos irmãos desencarnados
que aturdem nossos internados e, certamente, àqueles que
os céus nos permitam a oportunidade e a honra de poder
socorrer mediunicamente. Foram tentadas, mais de uma
vez, aqui mesmo, algumas experiências desse gênero, mas,
por imaturidade do grupo mediúnico, estabeleceu-se o
receio e as mesmas foram postergadas. Agora constatamos
que se torna urgente esta terapia dentro da clínica, por
poder proporcionar à psicosfera ambiente significativa
melhora de padrão vibratório. Como estamos informados de
que também nos encontramos vinculados ao Hospital
Esperança, onde o magnânimo Eurípedes Barsanulfo
supervisiona as atividades terapêuticas desenvolvidas
pelos espíritas em favor dos alienados, recorremos ao
Dr. Inácio Ferreira, para que nos ajude em um
treinamento breve, mas significativo”. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 4: Programação de
atividades.)
85. Conforme as explicações do irmão Bruno, não eram
poucos os casos de zoantropia e de vampirismo entre os
pacientes da instituição, em especial nos dependentes
químicos de drogas aditivas de efeitos terríveis. Muitos
desses pacientes, incluindo alcoólicos, após a
conveniente desintoxicação cuidadosa, ao volverem às
suas atividades, passado algum tempo, não resistem aos
apelos externos e principalmente internos do vício,
recidivando até se tornarem crônicos. Isso porque, além
da dependência natural, que é efeito do hábito danoso,
os seus inimigos desencarnados, assim como os
beneficiários das suas energias, induzem-nos, levam-nos
à queda, pela falta que sofrem das emanações das
substâncias que os nutrem através deles. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 4: Programação de
atividades.)
86. Após uma pausa natural, percebendo que a explicação
lhe fora especialmente dirigida, Dr. Inácio esclareceu:
"Este é um dos mais terríveis problemas na área dos
distúrbios de conduta, das alienações, das dependências
viciosas de qualquer natureza... Em nosso sanatório, na
Terra, observamos que se tratava de enfermos mais
difíceis de serem liberados, porque o álcool, naquela
época, mais se encontrava à disposição do cliente em
todo lugar, desde as residências luxuosas até as
quitandas mais miseráveis, aliás, que se dedicavam à
venda aberta de tal substância, conforme ainda
prosseguem fazendo-o... O retorno do paciente era sempre
mais grave do que na fase anterior, em razão dos
conflitos numerosos que se somavam ao insucesso, dando
origem à revolta e ao desinteresse por novo
internamento, ou mesmo recusando-se a fazê-lo por
considerá-lo inútil... Graças, porém, às nossas reuniões
de socorro, diversos adversários desencarnados foram
trazidos à comunicação, quando, então, podíamos
trabalhar-lhes os sentimentos, advertindo-os a respeito
do comportamento em que se compraziam e dos danos para
eles mesmos, disso resultantes. Sem dúvida, os
resultados terapêuticos eram excelentes, tanto para os
desencarnados como para os enfermos internados, que se
recuperavam, sem novas recidivas... Desse modo, acredito
que a providência é de relevante significado benéfico”. (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 4: Programação de
atividades.)
87. Em face da informação dada pelo Dr. Inácio, o irmão
Bruno argumentou: "Sem dúvida já vimos realizando esse
mister em uma Instituição de nossa cidade, na qual os
benfeitores contribuem para o esclarecimento desses
irmãos infelizes. No entanto, se realizadas na própria
clínica, acreditamos que os efeitos salutares serão
muito maiores, pela sua irradiação nos diversos espaços
existentes”. "Ademais - interferiu o devotado Jacques -
na condição de médiuns, embora transtornados, esses
obsidiados poderão, oportunamente, participar das
atividades socorristas, quando serão orientados para a
educação da mediunidade, a fim de contribuírem, no
futuro, em favor de si mesmos e de outros padecentes do
mesmo transtorno." “De pleno acordo” - anuiu o Dr.
Ignácio. "Em mister de tal natureza — considerou dona
Maria Modesto — é imprescindível a consciente e
responsável cooperação dos médiuns de psicofonia e dos
seus doutrinadores. Isto porque sabemos que esses irmãos
agressivos são, em si mesmos, enfermos morais e, na sua
ignorância, quando se sentem rechaçados nos seus planos
de desforra, voltam-se contra aqueles que se fazem
intermediários dos benefícios que se recusam, investindo
contra os mesmos e tentando criar-lhes embaraços graves,
para desanimá-los no prosseguimento das tarefas.” (Transtornos
Psiquiátricos e Obsessivos. Capítulo 4: Programação de
atividades.) (Continua
no próximo número.)