Suicídio? Não faz sentido!...
O objetivo de qualquer suicida é resolver um problema
irresolúvel (na sua ótica), muitas vezes embrenhado numa
monoideia, que não o deixa ver outras janelas, senão o
fundo falso da vida: o suicídio.
Dentro de uma visão materialista da vida, de fato, o
suicídio é aceitável, para quem julga não haver solução
para a problemática que está a viver. À falta de melhor
opção, a pessoa mata-se, e “acaba tudo”, fugindo do
problema aparentemente irresolúvel.
Se assim fosse, até poderia ser uma saída para a crise
existencial.
E se não for assim?
E se a vida continuar para além da morte do corpo de
carne?
Vejamos a ótica espiritualista.
Nesta visão holística, o ser humano não é apenas um
amontoado de células, mas, sim, um ser eterno, que está
temporariamente num corpo carnal, neste planeta, numa
determinada missão evolutiva, voltando à pátria
espiritual assim que se desorganize irremediavelmente o
seu corpo físico.
Se a visão espiritualista da vida estiver certa, então o
axioma materialista perde consistência, e o suicídio
terá sido em vão, continuando o ser humano no mundo
espiritual, com os mesmos problemas que tinha na Terra
(abordaremos esse assunto no artigo seguinte).
Questionamo-nos: por que as pessoas se suicidam?
A resposta parece óbvia: para “resolverem” problemas
graves existenciais, como um negócio ruinoso, uma doença
irreversível, um desgosto, uma atitude impensada, etc.,
etc....
A Doutrina Espírita (ou Espiritismo), que não é mais uma
seita nem mais uma religião, mas sim um conjunto de
ideias assentes em pesquisa científica, com uma
componente filosófica assentada na moral de Jesus de
Nazaré, veio matar a morte demonstrando,
experimentalmente, em meados do século XIX, que, afinal,
aquilo que as religiões tradicionais defendiam através
de uma fé cega – que somos seres imortais, que a vida
continua noutra dimensão espiritual – tinha razão de
ser.
Entramos no campo da fé raciocinada, da fé assente na
pesquisa, na experiência, na discussão, na observação,
na comparação de fatos, de onde surgem ideias de
espiritualidade, ideias salutares, lógicas, explicando
ao Homem de onde vem, para onde vai, e o que está a
realizar na Terra (leia-se a obra de Allan Kardec,
começando pela notável obra “O Livro dos Espíritos”).
Com o estudo do Espiritismo, aprendemos que os problemas
graves da vida têm sentido, têm uma causa, têm um
objetivo e são ultrapassáveis.
Aprendemos com a Doutrina Espírita que estamos na Terra
para evoluir em duas vertentes – intelectual e
espiritual – num processo de expiação de atos do nosso
passado mais ou menos longínquo (reencarnações
passadas), e num processo de provas, inerentes ao estado
atual do planeta Terra, onde o mal ainda se sobrepõe ao
bem.
Aprendemos com a Doutrina Espírita que os problemas que
temos na Terra não são irresolúveis, antes sim,
oportunidades de crescimento, de aprendizagem,
aprendendo os valores da tolerância, da compreensão, da
resignação ativa, da ajuda mútua desinteressada.
Independentemente do tipo de problema com que a Vida nos
bafeja, tenhamos a consciência de que a inteligência
suprema, causa primária de todas as coisas (a que se
convencionou chamar Deus), não permitiria que tivéssemos
na nossa vida provas superiores às nossas forças, pois,
se assim fosse, não seria um Deus infinitamente bom.
Somente com o estudo e entendimento da lei de causa e
efeito, da reencarnação, podemos encontrar a justiça
divina, nas múltiplas dessemelhanças existentes entre a
humanidade, e que provocam revoltas naqueles que
desconhecem as realidades espirituais.
Com o estudo do Espiritismo, aprendemos que os problemas
graves da vida têm sentido, têm uma causa, têm um
objetivo e são ultrapassáveis.
Assim pensando e assim agindo, podemos ver que o
suicídio não faz sentido...
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