Sem a reencarnação, o cristianismo
capenga
O cristianismo, até o Concílio Ecumênico de
Constantinopla, em 553, aceitava a reencarnação. E ele
condenou a preexistência da alma, que é bíblica
(Jeremias 1:5), sem a qual não há a reencarnação. O Papa
Virgílio foi contra esse concílio.
São Jerônimo e Santo Agostinho trocavam cartas sobre a
reencarnação, e concluíram que ela deveria ser aceita só
entre os teólogos, pois, se se tornasse crença comum
entre os leigos, eles teriam sua busca da salvação
relaxada, deixando-a para outra reencarnação futura (ver
mais em meu livro “A Reencarnação na Bíblia e na
Ciência”, Ed. Megalivros, São Paulo, lançado também em
Inglês nos Estados Unidos.) Eles tinham uma certa razão
pois, como se sabe, muito se deve dizer aos que sabem
muito, e pouco aos que sabem menos... Mas erraram pois a
misericórdia divina é infinita. E assim jamais poderiam
faltar todas as oportunidades possíveis para a salvação
de todos os seres humanos. Aliás, temos que conhecer
primeiro a verdade libertadora, o que quer dizer que,
por enquanto, somos como que prisioneiros ou escravos,
exatamente, por causa da nossa ignorância sobre a
verdade, a qual só adquiriremos no futuro. “Conhecereis
a verdade e ela vos libertará” (João 8:32). Isso quer
dizer que, por enquanto, somos prisioneiros ou escravos
da nossa ignorância... Mas é assim mesmo, cada um de nós
tem o nosso momento de encontrarmos a verdade. Deus não
faz pressão sobre ninguém para apressar a realização
dela, já que Ele é de perfeição infinita e respeita,
pois, plenamente o nosso livre-arbítrio.
Realmente, nossa salvação é tranquila, somente depende
de tempo, o que não é um problema, já que, por ser mesmo
infinita a misericórdia divina, ela não cessará jamais,
e nossos espíritos são imortais, reencarnando pelos
tempos a fora. Então, em qualquer momento das
eternidades em que conhecermos a verdade, está tudo bem.
Agora, é verdade que, enquanto esse momento não chega,
não teremos uma felicidade plena, verdadeira.
Bem-aventurados, pois, os que estão sempre se esforçando
para conhecer, o quanto antes, essa verdade libertadora.
Mas por que mesmo é tranquila a salvação de todos os
seres humanos? Porque, como disse o maior dos Mestres,
Deus quer que todos os seres humanos, sem exceção, se
salvem. (Mateus 18:1 a 14). Ora, o que ou quem poderá
colocar algum obstáculo que impeça que a vontade de Deus
se concretize, se realizando totalmente? Não adiantam,
pois, ameaças de teólogos e líderes religiosos de hoje e
de todos os tempos passados com seu ego inferior
aflorado e, às vezes, dominados totalmente por
interesses materiais e nada espirituais, como o ainda
absurdo da negação da reencarnação, que faz capengar o
cristianismo...
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