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por José Reis Chaves

 

Sem a reencarnação, o cristianismo capenga


O cristianismo, até o Concílio Ecumênico de Constantinopla, em 553, aceitava a reencarnação. E ele condenou a preexistência da alma, que é bíblica (Jeremias 1:5), sem a qual não há a reencarnação. O Papa Virgílio foi contra esse concílio.

São Jerônimo e Santo Agostinho trocavam cartas sobre a reencarnação, e concluíram que ela deveria ser aceita só entre os teólogos, pois, se se tornasse crença comum entre os leigos, eles teriam sua busca da salvação relaxada, deixando-a para outra reencarnação futura (ver mais em meu livro “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência”, Ed. Megalivros, São Paulo, lançado também em Inglês nos Estados Unidos.) Eles tinham uma certa razão pois, como se sabe, muito se deve dizer aos que sabem muito, e pouco aos que sabem menos... Mas erraram pois a misericórdia divina é infinita. E assim jamais poderiam faltar todas as oportunidades possíveis para a salvação de todos os seres humanos. Aliás, temos que conhecer primeiro a verdade libertadora, o que quer dizer que, por enquanto, somos como que prisioneiros ou escravos, exatamente, por causa da nossa ignorância sobre a verdade, a qual só adquiriremos no futuro. “Conhecereis a verdade e ela vos libertará” (João 8:32). Isso quer dizer que, por enquanto, somos prisioneiros ou escravos da nossa ignorância... Mas é assim mesmo, cada um de nós tem o nosso momento de encontrarmos a verdade. Deus não faz pressão sobre ninguém para apressar a realização dela, já que Ele é de perfeição infinita e respeita, pois, plenamente o nosso livre-arbítrio.

Realmente, nossa salvação é tranquila, somente depende de tempo, o que não é um problema, já que, por ser mesmo infinita a misericórdia divina, ela não cessará jamais, e nossos espíritos são imortais, reencarnando pelos tempos a fora. Então, em qualquer momento das eternidades em que conhecermos a verdade, está tudo bem. Agora, é verdade que, enquanto esse momento não chega, não teremos uma felicidade plena, verdadeira. Bem-aventurados, pois, os que estão sempre se esforçando para conhecer, o quanto antes, essa verdade libertadora.

Mas por que mesmo é tranquila a salvação de todos os seres humanos? Porque, como disse o maior dos Mestres, Deus quer que todos os seres humanos, sem exceção, se salvem. (Mateus 18:1 a 14). Ora, o que ou quem poderá colocar algum obstáculo que impeça que a vontade de Deus se concretize, se realizando totalmente? Não adiantam, pois, ameaças de teólogos e líderes religiosos de hoje e de todos os tempos passados com seu ego inferior aflorado e, às vezes, dominados totalmente por interesses materiais e nada espirituais, como o ainda absurdo da negação da reencarnação, que faz capengar o cristianismo...


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita