Felicidade e alegria
“Eu aprendi a me contentar com o que tenho.” -
Paulo
Allan Kardec aborda, em todas as obras da
codificação, a questão da alegria e felicidade
de forma profunda e muito esclarecedora.
Segundo a nossa querida doutrina espírita, a
felicidade não é um estado de plena satisfação
material, mas sim uma conquista interior que se
desenvolve através da evolução moral e
espiritual do ser, das suas lutas interiores,
das suas vivências, da troca de experiências, da
prática da caridade e da consciência superior da
vida.
A alegria, por sua vez, a doutrina espírita nos
apresenta sendo um estado de espírito que pode
ser alcançado independentemente das
circunstâncias externas, e depende apenas de
nós. Ela surge da conexão com a nossa essência
divina, da prática do bem e da gratidão pelas
bênçãos da vida. É um sentimento que transcende
a felicidade momentânea e traz paz e serenidade
ao coração.
Aprendemos no Espiritismo que a verdadeira
felicidade só pode ser alcançada quando nos
libertamos das amarras do egoísmo, da inveja e
do orgulho, e passamos a viver em harmonia com
as pessoas e todos os seres da natureza.
É preciso buscar o equilíbrio interior, cultivar
o amor e a compaixão pelos que nos rodeiam e
assumir a responsabilidade pelos nossos atos.
Essa conquista individual de felicidade e
alegria é o objetivo maior da vida, pois
buscamos sempre a felicidade como sendo a
solução dos problemas. Eliminar todos e tudo
aquilo que nos incomoda é ledo engano, visto
que, em verdade, precisamos aprender a viver
dentro de nós a felicidade e a alegria mesmo nos
momentos difíceis, o que, sem dúvida, é uma
tarefa árdua e muito difícil, mas não
impossível. Vivendo o Evangelho de forma real e
verdadeira, conseguiremos conquistar a
felicidade e a alegria interior.
Disse Paulo certa vez: “Eu aprendi a me
contentar com o que tenho”. Devemos refletir que
quando disse isso ele estava preso em Roma, num
calabouço úmido e sujo, e em sua volta havia
apenas dor, ódio, violência sem limites.
Por que ele disse isso então? Ele já tinha
consciência da verdadeira vida, ele já sabia que
tudo na vida é lição, passagem e, assim, manter
o bom ânimo é uma tarefa de todos nós.
Assim, devemos refletir e entender que a
felicidade é um processo contínuo de evolução
espiritual, que envolve aprendizado, superação e
transformação. Ela não é um destino final, mas
sim uma jornada que deve ser percorrida com
perseverança e determinação.
Podemos concluir, então, que a alegria e a
felicidade são estados de espírito que se
desenvolvem a partir da nossa conexão com nossa
essência divina, ou seja, com Deus nosso Pai,
vivendo os ensinos do Mestre Jesus e firmando o
nosso compromisso com o bem e a evolução moral.
Precisamos viver os ensinamentos do Espiritismo,
para podermos encontrar a verdadeira felicidade
e viver em paz e harmonia com nós mesmos e com o
mundo que nos rodeia.