Joias da poesia
contemporânea

Autoria: Leandro Gomes de Barros

 

Humorismo nos costumes modernos


A cachaça assim começa:

Por hoje é um trago gentil,

Amanhã, é o copo grande,

Depois, é balde e barril.

 

Para certos pais da Terra,

Quando a questão é de amor,

A filha é mercadoria,

À espera de comprador.

 

Se o beijo desse bacilos,

Na comunhão que o mantém,

Na superfície da Terra,

Não havia mais ninguém.

 

A dupla de namorados,

Quando está em cena muda,

É pólvora junto ao fogo,

E o resto é “Deus nos acuda”.

 

Discernimento constante

Deve alertar a pessoa,

A erva má cresce mais

Onde encontra a terra boa.

 

Lamentável agressão,

Rude golpe sem sentido:

Aborto sem precisão

Sempre que for permitido.

 

Não queiras facilidades,

Nem mesmo de contrabando…

Onde o pasto é pobre e curto,

A boiada vai andando…

 

Aviso nobre da vida

No caminho teu ou meu:

A festa melhor do mundo

É aquela que se perdeu.

 

Beber cachaça no engenho

É sempre de triste efeito

Mas a cachaça enfeitada

Perturba do mesmo jeito.

 

São dois quadros deprimentes

Que hoje encontro na rua:

Meninos vagando à solta

E fotos de gente nua.


Do livro Humorismo no Além, poema psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita