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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

Viver e esperançar


“Procurai com zelo os melhores dons e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente.”
 Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 12:31.)


Inicialmente vejamos o significado do verbo esperançar: “dar ou ter esperança; animar(-se), estimular(-se), esperancear-se). Podemos dizer então, que se trata de um sentimento, um estado de espírito em que se aguarda algo auspicioso. É alimentar pelo pensamento positivo que aconteça aquilo que desejamos. Como tudo começa pelo pensamento, obviamente esse otimismo deverá sempre nortear as nossas aspirações.

Mas é preciso que perseveremos na busca daquilo que queremos. Então, a fé imperiosamente deverá estar presente, pois é nela que se encontra a raiz da esperança. Contudo é necessário haver bom senso e discernimento nesse contexto, ou seja, esperançar aquilo que seja factível com a realidade que vivemos.

A vida é um ciclo interminável de ocorrências que buscamos ou nos chegam, não por acaso, mas por nossa necessidade de vivenciar novas experiências. Daí a importância do bom senso naquilo que nutrimos esperança, pois não raro, ficamos frustrados ao almejarmos algo que não pode ser alcançado. Tudo tem uma razão de ser que vai do merecimento à necessidade para nossa evolução, seguindo o tempo de Deus.

Viver sem esperança é caminhar sem rumo, sem objetivo. Todos nós temos o dever de buscar as alternativas da vida, sendo isso parte do nosso processo evolutivo. Os fatos acontecem, mas nós também os fazemos acontecer. O livre-arbítrio permite-nos as escolhas. Nossos talentos estão adormecidos e precisam ser despertados, aprimorados e buscarmos, ainda a aquisição de novos conhecimentos.

No livro Fonte Viva, Cap. 54, pg. 116, psicografia de Francisco Candido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, temos: (...) A vida é curso avançado de aprimoramento, através do esforço e da luta, e se a própria pedra deve sofrer o burilamento para refletir a luz, que dizer de nós mesmos, chamados, desde agora, a exteriorizar os recursos divinos? (...)

Nesse mister impõe-se o exercício da paciência que nos dará condições de manter viva e renovada a cada dia, a esperança. Em 2 Timóteo 4:7-8, encontramos:” Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé; agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda”.

O Apóstolo Paulo deu ênfase especial à fé. Contudo ressaltamos que a fé e a esperança são indissociáveis. A esperança poderemos considerar como a finalidade do sentimento de fé. Quando temos fé estamos projetando algo que queremos e esse futuro repousa na esperança.

Não esqueçamos, porém de que Deus nos reservou aquilo que precisamos para a nossa evolução. Isso não quer dizer que nos acomodemos. Devemos buscar de forma continua os caminhos do crescimento, sempre com objetivos edificantes para o nosso Espírito em estágio evolutivo. Viver com otimismo é viver com esperança! Quem assim procede cria um campo mental auspicioso, cujas vibrações nos serão favoráveis de forma grandiosa. Nós somos o que pensamos e praticamos aquilo que decidimos pelo pensamento.

Por oportuno, referimo-nos a Divaldo Pereira Franco, em artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, de 18 de março de 2021: “(...) O pensamento é força construtora, tanto para o bem-estar como para o oposto. Cada um vive em função do que pensa, cultiva mentalmente e faz. O pensamento tem poder” (...).

No Seminário “O Perispírito”, ocorrido em São José do Rio Preto (SP), em 19 de agosto de 2019, Cosme Massi disse: “(...) O pensamento só existe como propriedade interna à alma, enquanto a alma está pensando. Se a alma muda de pensamento, imediatamente o pensamento que estava acontecendo desaparece, e é substituído pelo outro” (...).

A ciência aponta que temos inúmero pensamentos no dia, milhares... Os números não são conclusivos, porém são elevados. Assim, precisamos filtrá-los para retermos aqueles que venham a nos trazer proveito no caminho da nossa reeducação espiritual. (A vida é uma caminhada de dificuldades. Contudo é preciso ter coragem e resignação, para chegarmos ao destino almejado.)


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita