Presença do
desânimo
O desânimo é um
verme destruidor
das melhores
realizações de
nossa vida.
“(...) Expulsa a
melancolia de
tua alma, essa
hóspede teimosa
que te envolve
no dossel de mil
amarguras
segredando
desânimo e
desassossego.”
- Joanna
de Ângelis
Ensina o nobre
Mentor Marco
Prisco que
“(...) há dias
em que o
desânimo
ameaça-nos de
maneira perversa
e, por mais
procuremos fugir
do seu
envolvimento,
tudo conspira
para que não o
consigamos.
Embora tenhamos
orado,
parece-nos que o
recurso
abençoado dessa
vez não
funcionou como
deveria. Que se
está passando
conosco?!
Raciocinamos,
intentamos
encontrar a
causa do
mal-estar, do
fenômeno
perturbador e
não logramos
identificá-lo:
em um momento
estamos com
excelente humor
e, nada
obstante, logo a
seguir sintomas
desagradáveis
passam a
inquietar-nos.
Tudo quanto
antes era
alegria,
repentinamente
perdeu o
encanto...
Programas em
elaboração que
produziam
adrenalina
estimulante, não
mais
proporcionam
qualquer emoção
de prazer e
falsa
necessidade de
repouso toma-nos
todo o corpo.
Provavelmente é
um sintoma
causado por
conflitos não
solucionados,
talvez de uma
depressão
mascarada nas
suas raízes, que
se tornou
crônica e não
soubemos
administrar.
É provável que
se trate, por
outro lado, de
alguma
perturbação
orgânica,
defluente de
problemas
digestivos
ocorridos
durante a noite.
Também não se
pode descartar a
possibilidade de
encontros
espirituais
negativos
durante o
natural
desdobramento
pelo sono,
intoxicando-nos
espiritualmente.
Mas, igualmente
pode provir de
pertinaz
assistência
negativa de
Espíritos
adversários que
encontraram
alguma brecha
emocional para
interferir no
nosso estado de
ânimo.
Quem sabe pode
ser resultado da
absorção de
energias
deletérias que
nos alcançaram,
provenientes de
amigos
inamistosos
reencarnados e
que pertencem ao
nosso círculo de
relações
pessoais? O
cérebro humano é
uma usina
possuidora de
inúmeras antenas
captadoras e
transmissoras de
ondas
procedentes de
outras que se
lhe equivalem,
portanto,
vivendo-se em
uma psicosfera
mórbida, é
inevitável que
se assimilem
vibrações de
baixa frequência
portadoras de vibriões
mentais.
O intercâmbio
entre psiquismos
diferentes, mas
que se encontram
na mesma faixa
vibratória, é
muito maior do
que se pode
imaginar. Sempre
quando há
sintonia por
afinidade, por
identificação
de propósitos,
por interação
emocional,
ocorrem
intercâmbios
mentais. Tudo é
resultado de
situações
idênticas.
Quando assim
você se
encontre, de
imediato reaja,
porque não é o
seu estado
natural,
portanto, algo
de errado está
acontecendo, e,
antes que se
agrave, procure
solucionar.
Inicialmente,
busque o
concurso da
oração que o
elevará a outro
nível de
sintonia
espiritual,
enquanto será
reabastecido de
energias
saudáveis
provenientes da
Fonte do Amor
Inefável; logo
depois, cuide de
banhar-se e
movimente-se,
realizando
qualquer
atividade de
natureza física,
a fim de
auxiliar a
libertação dos
miasmas
vibratórios que
se encaixaram no
cérebro.
Assim que se
sinta melhor,
leia uma página
edificante e
procure manter o
pensamento na
faixa do Bem.
Não se permita
continuar com a
mente turvada
pelas vibrações
perniciosas.
É natural que
lhe aconteça
esse fenômeno
vez que outra...
Estando na
Terra, que se
encontra sob
camadas
vibratórias
perturbadoras,
resultado das
mentes em
desalinho e das
paixões
desgovernadas, a
sua psicosfera
se encontra
tóxica. E inevitavelmente,
você, num ou
noutro momento,
se contaminará”.
Todos os
peregrinos da
Eternidade,
precisamos estar
atentos aos
variegados
fatores que
retardam a
marcha de nosso
progresso...
Muitos desses
fatores fogem ao
nosso controle
porque são
externos, mas a
maioria deles
são internos e
perfeitamente
controláveis...
Segundo Joanna
de Ângelis,
“(...) a
melancolia é
também
enfermidade ou
síndrome de
obsessão,
vitimando
magotes de
criaturas que
formam compacta
massa de
vivos-mortos que
pululam em
gabinetes de
psicanálises,
buscando
soluções que só
raramente se
resolvem aceitar
e seguir”.
Sensível a essa
questão, Allan
Kardec pergunta
aos Espíritos
Superiores: “donde
nasce o desgosto
da vida, que,
sem motivos
plausíveis, se
apodera de
certos
indivíduos?”
E obtém a
seguinte
resposta: “efeito
da ociosidade,
da falta de fé
e, também, da
saciedade. Para
aquele que usa
de suas
faculdades com
fim útil e de
acordo com as
suas aptidões
naturais, o
trabalho nada
tem de árido e a
vida se escoa
mais
rapidamente. Ele
lhe suporta as
vicissitudes com
tanto mais
paciência e
resignação,
quanto obra com
o fito da
felicidade mais
sólida e mais
durável que o
espera”.
Joanna de
Ângelis
identifica ainda
outro motivo que
pode gerar a
melancolia e o
desassossego, e
esse se
relaciona com as
experiências
pretéritas. Diz
a Mentora
Amiga: “(...)
os abusos do
pretérito
culposo se
manifestam como
tristeza
indefinida,
disfarçando o
remorso que a
carne abafa nos
centros da
memória
perispiritual”.
A nobre Mentora
aconselha: “se
te sentes com os
movimentos
interditos pelas
malhas perigosas
da melancolia,
expulsa com
esforço titânico
as trevas que te
envolvem e faze
luz íntima,
acendendo a
lâmpada do
Evangelho na
mente
turbilhonada”.
François de
Gèneve retoma o
tema em formosa
página
intitulada:
a melancolia,
na qual a nobre
Entidade fala:
“sabeis por que,
às vezes, uma
vaga tristeza se
apodera dos
vossos corações
e vos leva a
considerar
amarga a vida? É
que vosso
Espírito,
aspirando à
felicidade e à
liberdade, se
esgota jungido
ao corpo que lhe
serve de prisão,
em vãos esforços
para sair dele.
Reconhecendo
inúteis esses
esforços, cai no
desânimo e, como
o corpo lhe
sofre a
influência,
toma-vos a
lassidão, o
abatimento, uma
espécie de
apatia, e vos
julgais
infelizes.
Crede-me,
resisti com
energia a essas
impressões que
vos enfraquecem
a vontade. São
inatas no
Espírito de
todos os homens
as aspirações
por uma vida
melhor; mas, não
as busqueis
neste mundo e,
agora, quando
Deus vos envia
os Espíritos
para vos
instruírem
acerca da
felicidade que
Ele vos reserva,
aguardai
pacientemente o
anjo da
libertação, para
vos ajudar a
romper os liames
que vos mantêm
cativo o
Espírito.
Lembrai-vos de
que, durante o
vosso degredo na
Terra, tendes de
desempenhar uma
missão de que
não suspeitais,
quer
dedicando-vos à
vossa família,
quer cumprindo
as diversas
obrigações que
Deus vos
confiou.
Se, no curso
desse
degredo-provação,
exonerando-vos
dos vossos
encargos, sobre
vós desabarem os
cuidados, as
inquietações e
tribulações,
sede fortes e
corajosos para
suportá-los.
Afrontai-os
resolutos. Duram
pouco e vos
conduzirão à
companhia dos
amigos por quem
chorais e que,
jubilosos por
ver-vos de novo
entre eles, vos
estenderão os
braços, a fim de
guiar-vos a uma
região
inacessível às
aflições da
Terra”.
Portanto, não
sem motivos
Joanna de
Ângelis
aconselha:
“(...) resiste,
com todo o
vigor, às
surtidas desses
estados da alma.
Eles terminarão.
Recorda-te de
que, após a
noite, esplende,
luminoso, o dia,
como à
enfermidade
sucede a saúde
benfazeja.
É natural que
aneles por mais
largas
conquistas. Para
isso, aqui
estás, em luta
contínua, ao
lado de outros
Espíritos também
necessitados, a
fim de que
evoluam, qual
ocorre contigo
mesmo.
Quando
concluídas as
tuas provações,
que deves
enfrentar com
resolução,
librarás,
ditoso, nesses
lugares de
plenitude, que
nos aguardam
após as
necessárias
aflições
terrenas”.
Emmanuel –
amorosamente –
nos alerta:
“(...) cultiva a
paciência sem
esmorecer. Por
maiores que
sejam as
dificuldades
para a execução
das tarefas que
te cabem,
trabalha e
espera! Não te
rendas ao
desânimo e
insiste no
bem”.