Espiritismo
para crianças

por Marcela Prada

 

Tema: Julgamento; educação

As aparências podem enganar


O patinho Pipo estava muito animado, pois finalmente ia poder ir ao lago com seus amigos. Agora que já eram grandinhos, eles podiam se exercitar em águas mais fundas do que as poças onde aprenderam a nadar.

Chegando perto do lago, Pipo ficou decepcionado. "Achei que íamos mergulhar fundo de verdade! Esse lago é tão raso quanto o riacho onde moramos", disse ele. "Vou ter que nadar até o meio do lago para mergulhar, lá pelo menos deve ser mais interessante."

"Pipo, você está se deixando levar pelas aparências", disse seu amigo Tatá. "A água é tão cristalina que
podemos ver o fundo do lago, por isso ele parece raso! Você precisa ter cuidado, se for até o meio do lago pode se cansar demais... É importante perceber a verdadeira natureza das coisas antes de tomar uma decisão."

Pipo ainda duvidava, mas percebeu que Tatá tinha razão quando entrou na água. O lago era realmente bem profundo e os patinhos puderam brincar ali mesmo, na margem, por bastante tempo.

De repente, viram se aproximar do lago um enorme animal que os assustou: era um elefante!  

"Um monstro está chegando, vamos fugir!" Pipo gritava, batendo as asas na água. "Ele é feio, desengonçado e ainda por cima é enorme! Se ele entrar na água, o lago vai transbordar!"

O elefante chegou até a margem do lago devagar. Mergulhou as patas dianteiras na água para se refrescar e deitou-se. Depois de alguns instantes, reparou nos patinhos que o observavam, especialmente em um que parecia estar com muito medo.

"Ora, mas que agradável surpresa! Perdoem-me, caros patinhos, estava com tanto calor que esqueci de cumprimentar vocês... Sejam bem-vindos ao lago, espero que façam bom proveito."

O grupo de patinhos nadou para perto do elefante enquanto Pipo o encarava com os olhos arregalados. "Ele é assustador, mas até que é bem-educado", pensava.

"Muito boa tarde, senhor elefante", disse Tatá. "Desculpe por nos intrometermos... Finalmente podemos nadar em águas profundas, e o lago é tão lindo que não podíamos deixar de aproveitar."

"Fazem muito bem", respondeu o elefante. "Aliás, vocês gostariam de ver um truque de mágica?" Os patinhos grasnaram alegremente, menos Pipo, que ainda estava desconfiado.

O elefante mergulhou sua tromba na água e juntou o máximo de água que podia. Ergueu sua tromba para o alto e, como um chafariz, fez a água cair como uma chuva fina sobre os patinhos.

Assim como seus amigos, Pipo adorava a chuva. Todos abriram suas asinhas para aproveitar os pingos que o elefante jogava sobre eles. Com os raios de sol atravessando as gotas, um arco-íris surgiu sobre o lago.

Pipo ficou admirado. Havia pensado que o elefante era assustador, mas na verdade ele era muito gentil. Quando já estava na hora de voltar para casa, Pipo foi o último a sair do lago. Ele fez questão de agradecer ao elefante por ter brincado com eles e pediu desculpas por suas palavras. Naquele dia, Pipo percebeu que as aparências às vezes podem enganar, mas as boas ações e o coração verdadeiro sempre se revelam.

 

(Texto de Lívia Prada, de Londrina-PR.)

 


Material de apoio para evangelizadores:

Clique para baixar: Atividades

marcelapradacontato@gmail.com


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita