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Abril,
Kardec e o Espiritismo
18 de abril de 1857 -
Lançamento de O Livro
dos Espíritos por
Allan Kardec.
1º de abril de 1858 –
Fundação da SPEE
(Sociedade Parisiense de
Estudos Espíritas) por
Allan Kardec.
4 de abril de 1869 –
Sepultamento do corpo de
Allan Kardec no
Cemitério de Montmartre.
18 de abril de 2022 –
Lei nº 14.354 institui o
Dia Nacional do
Espiritismo.
O mês de abril traz à
lembrança aos
praticantes e
simpatizantes da
Doutrina Espírita,
algumas datas que
merecem ser comemoradas.
O lançamento de O
Livro dos Espíritos,
a parte filosófica, foi
e é, um marco no
Planeta, e porque não
dizer, no Universo. A
partir do seu lançamento
em 18 de abril de 1857
(há 168 anos), no Palais
Royal em Paris. Allan
Kardec, continuou se
dedicando aos estudos e
pesquisas, publicando em
janeiro de 1861, O
Livro dos Médiuns, a
parte experimental e
científica; em 15 de
abril de 1864, O
Evangelho Segundo o
Espiritismo, a parte
moral; em 1º de agosto
de 1865, O Céu e o
Inferno, ou A
Justiça Divina segundo o
Espiritismo; em 6 de
janeiro de 1868, A
Gênese, os Milagres e as
Predições segundo o
Espiritismo; estes
são os cinco livros
conhecidos como o
Pentateuco da Doutrina
Espírita. No seu
incansável trabalho de
divulgação doutrinária,
Allan Kardec lançou em
1º de janeiro de 1858 a
Revista Espírita, órgão
de estudos psicológicos,
que “Allan Kardec
dirigiu e redigiu
sozinho durante 12 anos,
por falta de
colaboradores (*). Uma
solidão obrigatória por
faltarem colaboradores
capazes de compreender a
importância da obra e
até mesmo seu
significado cultural e
histórico”; em 1859, O
que é o Espiritismo;
em 1862, O
Espiritismo na sua mais
simples expressão.
Em 1890, 22 anos após a
última publicação de
Kardec, A Gênese, Obras
Póstumas apresenta
vários trabalhos do
mestre que nunca haviam
aparecido em livro. A
maior parte do material
constante nessa obra
foram anotações e
resumos inéditos com
notas do Mestre de Léon.
Segundo o IBGE (2.000),
estima-se em 15 milhões
aproximadamente, o
número de Espíritas no
mundo, sendo que no
Brasil, 3,8 milhões,
representando (3,9%) se
declaram Espíritas. Na
França, berço do
Espiritismo, não temos
estatísticas atualizadas
para informar o número
de Espíritas e
simpatizantes na
atualidade. Posso
adiantar que
trabalhadores
incansáveis, verdadeiros
apóstolos das convicções
espíritas, mantêm acesa
a chama da Doutrina
Espírita acesa, sob a
égide de São Luís,
mentor espiritual da
França, em território
francês. Abro aqui uma
saudação especial para
Anita Becquerel, minha
querida amiga,
trabalhadora incansável,
fundadora e dirigente da
APES (Associação
Parisiense de Estudos
Espíritas), onde faço
presença sempre que
tenho a oportunidade de
ir a Paris. Na sua
recente estada no Rio de
Janeiro, tive a alegria
de recebê-la em minha
residência para
gravarmos um verdadeiro
documentário em Podcast,
que está postado no meu
canal do Youtube:
Psicologia e Longevidade
Saudável sob o título
“Roda de Conversa França
x Brasil”, com
participação especial do
generoso Professor Cesar
Soares dos Reis e sua
esposa Aurinha,
enriquecendo o nosso
encontro com revelações
inéditas sobre o
movimento espírita
mundial. O fato do
Brasil ser o país com
maior número de
espíritas no planeta,
nos remete a uma
reflexão sobre o
movimento viril da
divulgação da Doutrina,
sob a batuta do
incansável e intimorato
médium mineiro,
Francisco Cândido Xavier
que, a exemplo de Kardec
e dos grandes Espíritos
que passaram pela Terra,
manteve sempre hasteada
a bandeira do
Espiritismo, “Deus,
Cristo e Caridade”, com
mais de 500 obras
psicografadas e editadas
a disposição de todos os
interessados de boa
vontade até o seu
desencarne em 2002 aos
92 anos. Na Bahia,
saudamos Divaldo Pereira
Franco aos 97 anos de
idade, continua com seu
compromisso de
divulgação e aplicação
dos postulados
Doutrinários. Saudações
fraternais aos
dirigentes e médiuns
espíritas que se dedicam
ao trabalho de
desprendimento e
autossuperação, em favor
dos que necessitam de
ajuda e atenção, doando
o melhor das energias
para o refazimento e
equilíbrio aos
caminhantes, irmãos
nossos de viagem. Aos
divulgadores anônimos,
que prestam a maior
caridade para com a
Doutrina Espírita,
tornando acessível o seu
conteúdo em
reconhecimento e
agradecimento ao
Codificador, Allan
Kardec. Importante
ressaltar não se tratar
de uma religião, como
podem pensar os menos
informados. Um dos
princípios da Doutrina
Espírita é não fazer
proselitismo. O espírita
respeita todos os credos
religiosos e não procura
convencer a ninguém das
suas convicções. Sobre
isso, Carlos Torres
Pastorino no best-seller Minutos
de sabedoria na
mensagem de número 32,
assim se expressa:
“Acate com respeito
todas as religiões. Cada
homem tem o direito de
escolher o caminho que
prefere. Respeite a
liberdade de crença dos
outros, tanto quanto
aprecia que respeitem a
sua. Não discuta nem
procure tirar ninguém do
caminho em que se acha,
a não ser que seja
procurado para isso.
Respeite para ser
respeitado.”
Camille Flammarion, no
seu discurso diante do
túmulo de Allan Kardec,
em abril de 1869, assim
se expressou: “... Agora
já pertences a esse
outro mundo de onde
viemos, e colhes o fruto
dos teus estudos
terrestres. O teu
invólucro dorme a nossos
pés, o teu cérebro está
paralisado, os teus
olhos fechados para
nunca mais se abrirem, a
tua palavra está extinta
para não mais poder ser
ouvida... Bem sabemos
que todos cairemos neste
derradeiro som, nesta
inércia, neste pó. O
corpo cai, mas a alma
ergue-se e volta para o
espaço. Um dia estaremos
em melhor mundo, lá no
céu imenso, onde se
exercerão as nossas
poderosas faculdades;
continuaremos os estudos
que, aliás, tinham na
Terra um teatro muito
pequeno para que se
desenvolvessem
satisfatoriamente.
Preferimos crer nesta
verdade a julgar que
estás todo inteiro neste
cadáver, e que a tua
alma tenha sido
destruída pela cessação
do movimento de um
órgão. A imortalidade é
a luz da vida, como este
brilhante sol é a luz da
natureza. Até logo, meu
caro Allan Kardec, até
logo.”
(*)
Kardec, Allan – Obras
Póstumas, 14ª
edição, São Paulo, LAKE,
2007. Revisão de
Herculano Pires.
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