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por Fernando Rosemberg Patrocínio

Acerca do impenetrável


A descrença dos Ateus, as dúvidas dos Agnósticos, ou, então o Deus de Spinoza, do Catolicismo, do Protestantismo, ou mesmo do Espiritismo, e etc. etc., talvez isto, de uma ou de outra crença, filosofia de vida, e etc. etc., não seja, assim, o mais importante, havendo, pois, questões outras de nós mesmos, de nossa interioridade psíquica ou mental, que importam muito mais.

Pensamos nós, por exemplo, que a questão do Item-14 e respectiva resposta, constantes de O Livro dos Espíritos (1857-AK), vêm jorrar muita luz sobre tal questão, afirmando, por exemplo:

“Deixai de lado, pois, todos esses sistemas; tendes muitas coisas que vos interessam mais diretamente, a começar por vós mesmos. Estudai as vossas imperfeições, a fim de vos desembaraçar delas, isto vos será mais útil do que querer penetrar o que é impenetrável”. (Opus Cit.).

Ou seja, Deus existe?

Se para alguns a resposta é não, óbvio que, para nós espiritistas, a resposta é: sim, pois tudo quanto vemos na Natureza terrestre, e, pois, no Universo como um Todo, e que, pelos nossos estudiosos já fora, ou, já está, cientificamente constatado, implica em Ordem, em Lei, em uma Física e em uma Matemática de ordem muito superior e, pois, de uma complexa organização de Tudo e de Todos, o que, sem dúvida possível, implica num Ente Superior, em um Deus, ou, em Algo do nome que se Lhe queira dar, pois que:

“Não há efeito sem causa”.

Uma vez que: se temos um efeito, um resultado qualquer, óbvio que o mesmo só pode resultar de uma causa que lhe provocara, e, dita causa, portanto, é fato incontestável, a não ser que de modo não científico, possamos admitir um efeito sem causa, ou, um efeito inteligente sem uma causa igualmente inteligente.

No caso do Universo como um Todo, dito efeito tão magnânimo quanto é, não poderia surgir do nada, mas, sim, de algo real, inteligente, digamos, de um Magnânimo-Criador!

No mais, tal como ministrado supra pelos nossos superiores espirituais:

Não queiramos penetrar o que, por ora, nos é impenetrável, bastando, pois, por agora, ficarmos deslumbrados com tamanha e tão sábia Inteligência-Universal.

E, tal como explicitado pelo Mestre-Nazareno em seu primeiríssimo ensino, que tratemos, por agora, do que mais interessa, ou seja, de:

“Amar a Deus acima de todas as coisas e ao teu semelhante como o ti mesmo”. (Jesus).

Pois que Deus É Amor-Infinito e que, óbvio, pede alguma correspondência, mesmo que tão pequenina, de nós todos: Cristãos redivivos ou não.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita