Acerca do impenetrável
A descrença dos Ateus, as dúvidas dos Agnósticos, ou,
então o Deus de Spinoza, do Catolicismo, do
Protestantismo, ou mesmo do Espiritismo, e etc. etc.,
talvez isto, de uma ou de outra crença, filosofia de
vida, e etc. etc., não seja, assim, o mais importante,
havendo, pois, questões outras de nós mesmos, de nossa
interioridade psíquica ou mental, que importam muito
mais.
Pensamos nós, por exemplo, que a questão do Item-14 e
respectiva resposta, constantes de O Livro dos
Espíritos (1857-AK), vêm jorrar muita luz sobre tal
questão, afirmando, por exemplo:
“Deixai de lado, pois, todos esses sistemas; tendes
muitas coisas que vos interessam mais diretamente, a
começar por vós mesmos. Estudai as vossas imperfeições,
a fim de vos desembaraçar delas, isto vos será mais útil
do que querer penetrar o que é impenetrável”. (Opus
Cit.).
Ou seja, Deus existe?
Se para alguns a resposta é não, óbvio que, para nós
espiritistas, a resposta é: sim, pois tudo quanto vemos
na Natureza terrestre, e, pois, no Universo como um
Todo, e que, pelos nossos estudiosos já fora, ou, já
está, cientificamente constatado, implica em Ordem, em
Lei, em uma Física e em uma Matemática de ordem muito
superior e, pois, de uma complexa organização de Tudo e
de Todos, o que, sem dúvida possível, implica num Ente
Superior, em um Deus, ou, em Algo do nome que se Lhe
queira dar, pois que:
“Não há efeito sem causa”.
Uma vez que: se temos um efeito, um resultado qualquer,
óbvio que o mesmo só pode resultar de uma causa que lhe
provocara, e, dita causa, portanto, é fato
incontestável, a não ser que de modo não científico,
possamos admitir um efeito sem causa, ou, um efeito
inteligente sem uma causa igualmente inteligente.
No caso do Universo como um Todo, dito efeito tão
magnânimo quanto é, não poderia surgir do nada, mas,
sim, de algo real, inteligente, digamos, de um
Magnânimo-Criador!
No mais, tal como ministrado supra pelos nossos
superiores espirituais:
Não queiramos penetrar o que, por ora, nos é
impenetrável, bastando, pois, por agora, ficarmos
deslumbrados com tamanha e tão sábia
Inteligência-Universal.
E, tal como explicitado pelo Mestre-Nazareno em seu
primeiríssimo ensino, que tratemos, por agora, do que
mais interessa, ou seja, de:
“Amar a Deus acima de todas as coisas e ao teu
semelhante como o ti mesmo”. (Jesus).
Pois que Deus É Amor-Infinito e que, óbvio, pede alguma
correspondência, mesmo que tão pequenina, de nós todos:
Cristãos redivivos ou não.
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