O mundo sempre lhe sorri
Quem aprecia gramática sabe que “Sorri”, do título
supra, é a forma verbal conjugada do verbo “Sorrir” na
terceira pessoa do singular do presente do indicativo.
Mas por que “o mundo sempre lhe sorri”, do título acima,
se neste Mundo de Expiações e de Provas tão amargas, e
tão dolorosas, estão elas sempre e sempre nos afligindo,
nos perturbando, nos açoitando?
É que só vemos o ruim, o triste, o negativo, o oposto, o
que dói, e nem sempre nos dispomos a ver o bom, o
alegre, o positivo, o favorável, o prazeroso etc., donde
nossa vida, com pensares tão contraditórios, parece-nos,
algumas vezes, um verdadeiro inferno, mui distante do
paraíso.
No meu caso, óbvio que também tenho os meus momentos de
fraqueza, de tristeza, de solidão e dor que tentam nos
ferir, nos machucar!
Mas as compensações, as alegrias que nos proporcionam os
bons familiares, os grandes amigos, as leituras de bons
livros e, notadamente, do Evangelho e, pois, do
Espiritismo como um Todo de bênçãos e de luzes tão
transcendentes, que nos mostram a vinda do céu até nós
pela certeza de uma situação melhor no futuro e, até
mesmo, por agora, se soubermos, óbvio, ver a vida por
outros ângulos, outras facetas mais positivas, anulando
as negativas.
Ora, Deus é Amor e Alegria!
Deus é Simplicidade na Complexidade d’Ele mesmo, de Sua
Obra Infinita, donde Tudo, pois, é Ordem e Não-Desordem,
é Amor e não ódio, e isto, podemos constatar em Sua Obra
mesma, neste Universo tão repleto de Leis sábias,
estonteantes, donde, por aqui mesmo, e, pois, bem
pertinho de nós:
- Vemos Deus gerindo nosso Astro terreno em sua rotação
e translação, quando nós, por aqui, ficamos iludidos de
que tudo está parado, mas, trata-se da inércia, pois que
tudo é movimento, é trabalho, é ação!
Que Obra Espetacular:
- Obra Substancialmente Divina em Tudo, em seu Trabalho,
sua Ação-Silente, operando, assim, pois, de modo Sereno,
Pacífico, certa de sua Vitória no tempo, nos milênios
que demandam nossa ascensão...
Assim, pois, vemos Deus na Natureza ao nosso derredor,
na Beleza estonteante de uma Flor, na construção
perfeita e ágil de um pássaro que vai lá, e
Beija-a-Flor, ou, então, na palavra sublime de Jesus
que, nos pacificando a todos com sua poética universal,
exortava:
“Não andeis ansiosos quanto à vossa vida, pelo que
haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto
ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida
mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o
vestuário?”
“Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem ceifam,
nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as
alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?”
“E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados,
acrescentar um côvado à sua estatura?”
“E, quanto ao vestuário, por que andais ansiosos? Olhai
para os lírios do campo, como eles crescem; não
trabalham nem fiam”.
“E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua
glória, se vestiu como qualquer deles”.
“Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje
existe, e amanhã é lançada ao fogo, não vos vestirá
muito mais a vós, homens de pouca fé?”
“Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou
que beberemos, ou com que nos vestiremos?”
“Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto
vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas
estas coisas”.
“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça,
e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.
“Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o
dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o
seu mal”. (Jesus em Mateus, 6:25-34).
Com tal ensino do Mestre é óbvio que até nos sentimos um
tanto corados por nossos reclamos habituais, nosso
desleixo, nossa falta de fé, e, pois, nossa pequenez,
cegueira e estupidez mental.
Portanto, sorria!
Pois que o Mundo, a Natureza, e, pois, o Universo todo
sorri pra você, bastando, assim, que tenha sempre um
sorriso de volta, de correspondência para com o Criador
que não nos criara para a tristeza, mas para a alegria e
o contentamento dos justos, dos corretos, dos caridosos,
dos mais sábios, o que nem sempre somos, não é mesmo?
P.S.:
Como nos recorda Emmanuel no livro de título: “Calma”,
lição 2, do nosso querido Chico Xavier:
“Sempre útil não te esqueceres de que te encontras em
estágio educativo na Terra”. (Opus Cit.).
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