Joias da poesia
contemporânea

Autoria: Cármen Cinira

 

Quem escreve

 

Quem escreve no mundo

É como quem semeia

Sobre o solo fecundo…

 

A inteligência brilha sempre cheia

De possibilidades infantis.

Planta

Uma ideia qualquer onde te agitas,

Semeia essa ideia pecadora ou santa,

E vê-la-ás, a todos extensiva,

Multiplicar-se milagrosa e viva.

 

Sem tanger as feridas e as arestas,

Conduze com cuidado

A pena pequenina em que te manifestas!

Foge à volúpia das maldades nuas,

Não condenes, não firas, não destruas…

Porque o verbo falado

Muita vez é disperso

Pelo vento que flui da Fonte do Universo.

Mas a palavra escrita

Guarda a força infinita

Que traz resposta a toda a sementeira,

Em frutos de beleza e de alegria

Ou de mágoa sombria,

Para os caminhos de uma vida inteira.


Do livro 
Poetas redivivos, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita