Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

O entrevistador Silveira Lima perguntou a Chico Xavier qual era sua missão pessoal. Chico Xavier assim lhe respondeu: “Eu não posso atribuir a mim determinada tarefa, pois reconheço a minha insignificância e, a bem dizer, o meu nada. Costumo dizer que devo ter o apelido de Chico, em meu nome individual para lembrar-me de que a minha posição é realmente a posição de criatura que de si própria nada vale, ou pouco vale. Compreendo a tarefa dos espíritos, por meu intermédio, assim como se eu fosse um arbusto de qualidade muito inferior e o jardineiro ou floricultor interferisse trazendo, por exemplo, sobre mim, num fenômeno de enxertia, uma árvore de natureza superior para que essa árvore produza frutos dos quais essa mesma árvore nobre seja mensageira. Eu estou, então, como o arbusto que não sabe, de si mesmo, o que vem a ser em si e por si. Os livros que foram produzidos por nosso intermédio serão naturalmente frutos dessa árvore colocada sobre a minha vida sem que eu a merecesse. Assim, não compreendo como é que os bons Espíritos me suportam, tanto quanto, fico perguntando, como é que tanta gente boa, incluindo o nosso caro Silveira Lima, me possam tolerar com tanta bondade”.


Do livro Entrevistas, de Chico Xavier e Emmanuel.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita