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por José Reis Chaves

O silêncio sobre o mais importante do Monte Tabor


A ojeriza geral dos líderes religiosos católicos, protestantes e evangélicos contra o contato com os espíritos (“daimones”) dos mortos, considerando-os, erradamente, todos maus e chamando-os no português de demônios (“daimones” no grego original do Novo Testamento), os faz ficarem cegos diante de certos textos bíblicos e tentando ocultar qualquer ideia que lembre o Espiritismo ou o contato com os espíritos (“daimones”) dos mortos que se comunicam conosco através dos médiuns, na Bíblia chamados de profetas como Isaias, Jeremias, Joel etc.

Tudo isso teria por base a proibição do contato com os espíritos feita por Moisés (Deuteronômio capítulo 18)? Somente em parte. Na verdade, é também porque os médiuns são poucos e nem todo elemento do clero católico e dos pastores protestantes e evangélicos é médium. E é por isso que os médiuns e o Espiritismo são atacados e desmoralizados à saciedade pelos citados líderes religiosos. Aliás, o Espiritismo é a religião mais atacada, apesar de ser bíblica!  Sim, como já disse em outros artigos, a Bíblia, segundo o renomado pastor Nehemias Marien, é um manual de psicografia do princípio ao fim. E eis um exemplo pouco falado de contato com os espíritos que me vem à mente agora. Eldade e Medade foram elogiados por Moisés por estarem recebendo espíritos e profetizando (Números 11: 26 a 29).

E vamos agora ao assunto mais importante deste artigo, que foi uma verdadeira sessão espírita presidida por Jesus com Pedro, Tiago e João, pois Jesus entrou em contato com o espírito de Moisés, que havia morrido cerca de 1.600 anos antes, e o de Elias, que já havia morrido 850 anos antes, ou seja, no tempo do rei Acabe (São Mateus 17:1 a 13). E deixo, também, para reforçar esse episódio do Monte Tabor o ensino de João (Primeira Carta 4:1), já bem conhecido dos leitores. E pergunto aos queridos leitores e queridas leitoras se conversar com os espíritos dos mortos é ou não é Espiritismo? Deixo a resposta para vocês!  E repito que os líderes religiosos já mencionados se preocupam em falar demais a respeito do episódio do Monte Tabor somente sobre as vestes transfiguradas de Jesus, como se num evento falar sobre um rei ou presidente estadista de uma nação nele presente fosse mencionar apenas o luxo do seu terno e não falando mais nada sobre a sua importância e do evento que está acontecendo de máxima importância. 

O mais importante do episódio do Monte Tabor, sem dúvida, como já vimos, foi a sessão espírita que lá ocorreu e, no entanto, o silêncio dos líderes religiosos mencionados é total!

Até quando isso vai durar?

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita