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Natural de Juiz de Fora (MG), onde reside,
Thiago Pereira Lacerda (foto) é estudante
do terceiro ano do Ensino Médio e participa das
atividades do Centro Espírita Fé e Caridade, de
sua cidade. Bem jovem, ele já atua
mediunicamente e também nas exposições
doutrinárias. Conheçamos sua experiência.
Sendo espírita de infância, a aceitação espírita
foi fácil, você assimilou bem ou encontrou
dificuldades?
Durante minha infância sempre me envolvi com o
Espiritismo, sempre questionando. E não
encontrei dificuldades durante essa trajetória.
Quais são suas lembranças da infância nas
atividades a que se vinculou com seus pais?
Não me recordo de lembranças completas, apenas o
grande aprendizado na evangelização e a
meditação guiada no segundo ciclo, da qual não
gostava.
Como viu surgir o gosto de falar em público?
Uma vontade interior; sempre gostei de falar com
pessoas. Isso surgiu a partir de grupos em foco
nos videogames, bem como em apresentação de
trabalhos na escola, perdendo a vergonha e o
medo com o tempo. No centro espírita, me
impulsionei através da mocidade, e do meu
primeiro estudo em 2023.
Hoje, como sente a repercussão das palestras e
também como se sente como palestrante?
A repercussão geralmente é positiva, sempre
tendo muito aprendizado com os diversos
palestrantes mundo afora. Como palestrante,
priorizo entregar a mensagem; sobre a palestra,
penso que ela repercute bem.
Que temas gosta mais de desenvolver?
Meus temas preferidos são, respectivamente, fé,
humildade, miasmas do ser humano (orgulho,
vaidade, egoísmo e outros), reencarnação e
obsessão.
Quanto à mediunidade, como foi o desabrochar?
A minha faculdade mediúnica já apresentava
sinais desde a pandemia, contudo no pós-pandemia
ela se expandiu, em foco, após o término do meu
relacionamento (2022), e o desprendimento
emocional da situação (2023), quando, logo em
seguida, fui chamado aos trabalhos de
desenvolvimento mediúnico.
Como a sente atualmente?
Me sinto muito bem! Sempre tenho fé de que tudo
passa e vai melhorar.
De sua experiência própria, o que diria aos
médiuns iniciantes?
Aos médiuns iniciantes, diria que no começo são
normais as dúvidas se é nossa ou do Espírito a
comunicação transmitida. Penso que para
diferenciar isso nós fazemos perguntas para nós
mesmos: Esse pensamento é meu? Por que pensaria
nele? E tenho esse pensamento no dia a dia?
Dessa forma começamos a diferenciar o que é
nosso do que é do Espírito.
Como um jovem de sua idade sente o chamado
choque de gerações dentro do movimento espírita?
Difícil dizer! Afinal, as mudanças estão sendo
muito rápidas. Diria que é uma oportunidade para
mudar as coisas para melhor.
Quanto à continuidade do movimento espírita
pelas novas gerações, você considera que está
ocorrendo normalmente ou vê dificuldades?
As novas gerações vão continuar com o movimento
espírita, porém com novos desafios que o mundo
proporciona, que sempre vão acontecer. Penso que
uma das dificuldades atuais é a vergonha e o
medo de falar em público, principalmente pela
ansiedade constante. E, também, o medo de se
comunicar com o mundo superior através da
oração/prece.
Algo marcante para relatar de sua vivência
espírita?
A Comejus foi um evento que me marcou muito,
para aprendizado e evolução interior. Além, é
claro da MEG. Que sempre me ajudou muito no
aprendizado espírita. (N.R.:
A Comejus - Confraternização de Mocidades
Espíritas de Juiz de Fora e Sub-região - é um
evento espírita que acontece durante o
Carnaval.)
Algo mais a acrescentar?
Tudo é um processo.
Suas palavras finais.
No momento atual, devemos ter mais paciência com
as coisas. Devido ao novo padrão de vida e à
evolução tecnológica, tudo ficou mais rápido.
Mas o tempo, a duração do dia (24h), isso não
mudou.
Além disso, é preciso ter Fé. Vejo que ela está
carente nos atuais momentos, pois quando aparece
qualquer dificuldade, o pensamento não é de que
vai melhorar, mas apenas piorar. Sabemos que
Deus não coloca peso em ombros que não vão
aguentar. O fardo é proporcional a nossa força.
Tendo em vista que tudo passa, como disse nosso
irmão Chico Xavier, as coisas se aliviam,
especialmente com a prática do conhecido BIP -
benevolência para com todos, indulgência para
com as imperfeições alheias e perdão das
ofensas.

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