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O
envelhecer abre janelas
para a alma
O envelhecimento do
homem na Terra é um
fenômeno puramente
material, diz respeito
exclusivamente ao corpo.
O Espírito não
envelhece. Ao contrário,
depois da morte parece
renovar as energias que
lhe são próprias,
passando a habitar o
mundo dos Espíritos como
que rejuvenescido.
Isso parece ocorrer com
a maioria das pessoas
que, digamos, levaram a
vida de modo natural,
procurando ser úteis e
responsáveis para com
tudo e todos. Já outras
se mostram cansadas e
deprimidas,
possivelmente pelo peso
da culpa, do remorso e
do arrependimento. Só o
tempo apagará nelas as
marcas da dor e
preocupação que levaram
daqui dos dias e dias
perdidos, e que as fazem
sofrer ainda.
Periodicamente, o
Espírito toma outro
corpo (reencarna),
estagia na vida material
até que, por velhice,
doença ou acidente, se
desliga dele. O corpo se
desintegra. O Espírito
livre atravessa para o
lado invisível
carregando em si a
bagagem de valores que
construiu ao longo do
tempo. Dependendo da
qualidade, do padrão
desses valores, o
Espírito viverá bem ou
atormentado.
Por isso, enquanto
estiver por aqui (pois é
aqui que as coisas se
dão), o homem tem a
oportunidade de limpar e
clarear o caminho que
está percorrendo e irá
percorrer. Depende
somente dele livrar-se
de sofrimentos futuros.
A velhice não o impede
de agir, ainda que em
pensamento e intenções.
É importante saber que o
envelhecimento do corpo
é um processo natural,
uma transformação, uma
espécie de preparação
para que o homem possa
sair da vida física sem
o sentimento negativo de
perda.
É necessário, portanto,
aceitar com lucidez as
limitações que o
envelhecimento acarreta,
pois ele traz
compensações para o
Espírito.
A vida é um sem fim.
Onde quer que se esteja,
vive-se. Nascer muitas
vezes na matéria é
seguir em busca da
plenitude tão desejada
intimamente pelo
Espírito.
O envelhecer do corpo
abre as janelas do
rejuvenescimento da
alma.
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