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por Cláudio Bueno da Silva

 

O envelhecer abre janelas para a alma


O envelhecimento do homem na Terra é um fenômeno puramente material, diz respeito exclusivamente ao corpo. O Espírito não envelhece. Ao contrário, depois da morte parece renovar as energias que lhe são próprias, passando a habitar o mundo dos Espíritos como que rejuvenescido.

Isso parece ocorrer com a maioria das pessoas que, digamos, levaram a vida de modo natural, procurando ser úteis e responsáveis para com tudo e todos. Já outras se mostram cansadas e deprimidas, possivelmente pelo peso da culpa, do remorso e do arrependimento. Só o tempo apagará nelas as marcas da dor e preocupação que levaram daqui dos dias e dias perdidos, e que as fazem sofrer ainda.

Periodicamente, o Espírito toma outro corpo (reencarna), estagia na vida material até que, por velhice, doença ou acidente, se desliga dele. O corpo se desintegra. O Espírito livre atravessa para o lado invisível carregando em si a bagagem de valores que construiu ao longo do tempo. Dependendo da qualidade, do padrão desses valores, o Espírito viverá bem ou atormentado.

Por isso, enquanto estiver por aqui (pois é aqui que as coisas se dão), o homem tem a oportunidade de limpar e clarear o caminho que está percorrendo e irá percorrer. Depende somente dele livrar-se de sofrimentos futuros. A velhice não o impede de agir, ainda que em pensamento e intenções.

É importante saber que o envelhecimento do corpo é um processo natural, uma transformação, uma espécie de preparação para que o homem possa sair da vida física sem o sentimento negativo de perda.

É necessário, portanto, aceitar com lucidez as limitações que o envelhecimento acarreta, pois ele traz compensações para o Espírito.

A vida é um sem fim. Onde quer que se esteja, vive-se. Nascer muitas vezes na matéria é seguir em busca da plenitude tão desejada intimamente pelo Espírito.

O envelhecer do corpo abre as janelas do rejuvenescimento da alma.
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita