Todos os
Espíritos um
dia chegarão
à perfeição
1. Todos os
Espíritos
que povoam o
Universo
foram
criados por
Deus simples
e
ignorantes,
isto é, sem
nenhum
conhecimento,
mas
destinados
de igual
forma à
perfeição.
Aliás, é no
estado de
perfeição
que eles
poderão
desfrutar a
verdadeira
felicidade,
decorrente
do pleno
conhecimento
das leis que
regem a vida
e de sua
plena
vivência.
2. O ensino
espírita é
taxativo:
todos os
Espíritos
podem chegar
um dia à
perfeição,
mas entre
esses dois
extremos - a
criação e a
perfeição -
existe um
caminho que
cabe a todos
os Espíritos
trilhar e
que
representa a
conquista
gradativa do
conhecimento
das leis que
governam a
vida e a
obra da
criação.
3. Deus
propicia a
todos os
seus filhos
os meios
necessários
para essa
conquista,
criando até
mesmo
necessidades
nos
Espíritos,
que, com o
objetivo de
atendê-las,
precisam
agir.
4. É assim,
por meio de
sua ação,
que os
Espíritos
progridem,
conquistam
os
conhecimentos,
desenvolvem
e educam os
sentimentos,
adquirindo
gradativamente
as virtudes
que lhes
propiciarão
chegar ao
estado de
perfeição.
Foi o homem
que criou o
mal ao
afastar-se
de Deus
5. É fácil
entender que
a ascensão
do Espírito,
do estado de
ignorância
para o
estado de
sabedoria,
depende
tão-somente
do seu
trabalho e
dos seus
esforços.
Esse é um
fato que é
preciso
enfatizar,
visto que o
trabalho é a
parte que
lhe cabe,
parte
intransferível,
uma vez que
os recursos
necessários
são
propiciados
por Deus a
todos, em
igualdade de
condições.
6. Deus -
ensina o
Espiritismo
- não
aquinhoa
melhor a uns
do que a
outros,
porquanto é
justo e,
sendo pai de
todos, não
tem
predileções.
O Criador
somente lhes
diz: “Eis a
lei que deve
constituir a
vossa norma
de conduta;
ela só pode
levar-vos ao
fim; tudo
que lhe for
conforme é o
bem, tudo
que lhe for
contrário é
o mal.
Tendes
inteira
liberdade de
observar ou
infringir
esta lei, e
assim sereis
os árbitros
da vossa
própria
sorte”.
7. Do ensino
que nos vem
dos
Espíritos
superiores,
aprendemos
que Deus não
criou o mal
e que todas
as suas leis
são voltadas
para o bem.
Foi o homem
que criou o
mal ao
afastar-se
de Deus e da
observância
de suas
leis. Se ele
as
observasse
escrupulosamente,
jamais se
desviaria do
bom
caminho.
8.
Observa-se
também que é
a lei de
liberdade
que rege o
progresso
dos
Espíritos,
porque é
através do
seu trabalho
e com o uso
do seu
livre-arbítrio
que eles
vão, de
forma
voluntária e
consciente,
conquistando
as virtudes
que não
possuem e
desfazendo-se
de suas
imperfeições.
Depende
apenas dos
próprios
Espíritos
chegar à
perfeição
9.
Dissertando
sobre a
escolha que
a criatura
faz de
seguir esse
ou aquele
caminho,
esclarecem
os Espíritos
superiores:
“O
livre-arbítrio
se
desenvolve à
medida que o
Espírito
adquire a
consciência
de si mesmo.
Já não
haveria
liberdade,
desde que a
escolha
fosse
determinada
por uma
causa
independente
da vontade
do Espírito.
A causa não
está nele,
está fora
dele, nas
influências
a que cede
em virtude
da sua livre
vontade. É o
que se
contém na
grande
figura
emblemática
da queda do
homem e do
pecado
original:
uns cederam
à tentação,
outros
resistiram”
(O Livro
dos
Espíritos,
questão
122).
10. Na
seqüência,
quando
Kardec
pergunta se
a influência
exercida
pelos
Espíritos
inferiores
só ocorre
sobre o
indivíduo em
sua origem,
os imortais
explicam:
“Acompanha-o
na sua vida
de Espírito,
até que haja
conseguido
tanto
império
sobre si
mesmo, que
os maus
desistam de
obsidiá-lo”
(Obra e
questão
citadas).
11.
Conclui-se
de tudo isso
que a plena
e eterna
felicidade
está à nossa
espera e que
poderemos
desfrutá-la
quando
chegarmos à
condição de
Espíritos
Puros. Meios
para
alcançá-la,
Deus no-los
oferece.
Depende
apenas de
nós, por
meio do
trabalho e
do adequado
uso do
livre-arbítrio,
abreviar
essa
chegada.