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Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita  Inglês  Espanhol
Programa IV: Aspecto Filosófico

Ano 2 - N° 67 - 3 de Agosto de 2008

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br

Curitiba, Paraná (Brasil)  


Diferentes ordens e progressão
dos Espíritos
 

Apresentamos nesta edição o tema no 67 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.

Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.

Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate

1. Em que situação e momento poderão os Espíritos desfrutar a verdadeira felicidade?

2. De que forma os Espíritos progridem, adquirem conhecimentos e desenvolvem os seus sentimentos?

3. Se Deus não criou o mal, quem o criou?

4. As influências negativas exercidas sobre os Espíritos só ocorrem nas suas primeiras encarnações?

5. Depende de quem apressar ou retardar o progresso a que estamos destinados?

Texto para leitura 

Todos os Espíritos um dia chegarão à perfeição 

1. Todos os Espíritos que povoam o Universo foram criados por Deus simples e ignorantes, isto é, sem nenhum conhecimento, mas destinados de igual forma à perfeição. Aliás, é no estado de perfeição que eles poderão desfrutar a verdadeira felicidade, decorrente do pleno conhecimento das leis que regem a vida e de sua plena vivência. 

2. O ensino espírita é taxativo: todos os Espíritos podem chegar um dia à perfeição, mas entre esses dois extremos - a criação e a perfeição - existe um caminho que cabe a todos os Espíritos trilhar e que representa a conquista gradativa do conhecimento das leis que governam a vida e a obra da criação.   

3. Deus propicia a todos os seus filhos os meios necessários para essa conquista, criando até mesmo necessidades nos Espíritos, que, com o objetivo de atendê-las, precisam agir.  

4. É assim, por meio de sua ação, que os Espíritos progridem, conquistam os conhecimentos, desenvolvem e educam os sentimentos, adquirindo gradativamente as virtudes que lhes propiciarão chegar ao estado de perfeição. 

Foi o homem que criou o mal ao afastar-se de Deus 

5. É fácil entender que a ascensão do Espírito, do estado de ignorância para o estado de sabedoria, depende tão-somente do seu trabalho e dos seus esforços. Esse é um fato que é preciso enfatizar, visto que o trabalho é a parte que lhe cabe, parte intransferível, uma vez que os recursos necessários são propiciados por Deus a todos, em igualdade de condições. 

6. Deus - ensina o Espiritismo - não aquinhoa melhor a uns do que a outros, porquanto é justo e, sendo pai de todos, não tem predileções. O Criador somente lhes diz: “Eis a lei que deve constituir a vossa norma de conduta; ela só pode levar-vos ao fim; tudo que lhe for conforme é o bem, tudo que lhe for contrário é o mal. Tendes inteira liberdade de observar ou infringir esta lei, e assim sereis os árbitros da vossa própria sorte”.  

7. Do ensino que nos vem dos Espíritos superiores, aprendemos que Deus não criou o mal e que todas as suas leis são voltadas para o bem. Foi o homem que criou o mal ao afastar-se de Deus e da observância de suas leis. Se ele as observasse escrupulosamente, jamais se desviaria do bom caminho. 

8. Observa-se também que é a lei de liberdade que rege o progresso dos Espíritos, porque é através do seu trabalho e com o uso do seu livre-arbítrio que eles vão, de forma voluntária e consciente, conquistando as virtudes que não possuem e desfazendo-se de suas imperfeições. 

Depende apenas dos próprios Espíritos chegar à perfeição 

9. Dissertando sobre a escolha que a criatura faz de seguir esse ou aquele caminho, esclarecem os Espíritos superiores: “O livre-arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo. Já não haveria liberdade, desde que a escolha fosse determinada por uma causa independente da vontade do Espírito. A causa não está nele, está fora dele, nas influências a que cede em virtude da sua livre vontade. É o que se contém na grande figura emblemática da queda do homem e do pecado original: uns cederam à tentação, outros resistiram” (O Livro dos Espíritos, questão 122). 

10. Na seqüência, quando Kardec pergunta se a influência exercida pelos Espíritos inferiores só ocorre sobre o indivíduo em sua origem, os imortais explicam: “Acompanha-o na sua vida de Espírito, até que haja conseguido tanto império sobre si mesmo, que os maus desistam de obsidiá-lo” (Obra e questão citadas). 

11. Conclui-se de tudo isso que a plena e eterna felicidade está à nossa espera e que poderemos desfrutá-la  quando chegarmos à condição de Espíritos Puros. Meios para alcançá-la, Deus no-los oferece. Depende apenas de nós, por meio do trabalho e do adequado uso do livre-arbítrio, abreviar essa chegada.

Respostas às questões propostas

1. Em que situação e momento poderão os Espíritos desfrutar a verdadeira felicidade? R.: Criados por Deus simples e ignorantes, isto é, sem nenhum conhecimento, mas destinados de igual forma à perfeição, é somente quando atingem o estado de perfeição que os Espíritos podem desfrutar a verdadeira felicidade, decorrente do pleno conhecimento das leis que regem a vida e de sua plena vivência. 

2. De que forma os Espíritos progridem, adquirem conhecimentos e desenvolvem os seus sentimentos? R.: Segundo o Espiritismo, todos os Espíritos podem chegar um dia à perfeição, mas entre esses dois extremos - a criação e a perfeição - existe um caminho que cabe a todos os Espíritos trilhar. É, pois, por meio de sua ação que os Espíritos progridem, conquistam os conhecimentos, desenvolvem e educam os sentimentos, adquirindo gradativamente as virtudes que lhes propiciarão chegar ao estado de perfeição. 

3. Se Deus não criou o mal, quem o criou? R.: Os ensinos espíritas nos dizem que todas as leis de Deus são voltadas para o bem e que foi o homem que criou o mal ao afastar-se delas. Se ele as observasse escrupulosamente, jamais se desviaria do bom caminho. 

4. As influências negativas exercidas sobre os Espíritos só ocorrem nas suas primeiras encarnações? R.: Não. Elas os acompanham na sua vida de Espírito, até que hajam conseguido tanto império sobre si mesmos, que os maus desistam de obsidiá-los. 

5. Depende de quem apressar ou retardar o progresso a que estamos destinados? R.: Os meios para alcançar o progresso, Deus no-los oferece e depende apenas de nós, por meio do trabalho e do adequado uso do livre-arbítrio, abreviar essa chegada. 


Bibliografia
: 

O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 114 a 127.

O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, 1Parte, cap. 8, itens 12 a 15.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita