A ocupação dos
Espíritos é
contínua, mas
não penosa
1. Os Espíritos
têm ocupações e
missões a
desempenhar.
Além do trabalho
de se melhorarem
pessoalmente,
incumbe-lhes
executar a
vontade de Deus,
concorrendo,
assim, para a
harmonia do
Universo. A
ocupação dos
Espíritos é
contínua, mas
essa ação nada
tem de penosa,
uma vez que não
estão sujeitos à
fadiga nem às
necessidades
próprias da vida
terrena.
2. Os Espíritos
inferiores e
imperfeitos
também
desempenham
funções úteis do
Universo, embora
muitas vezes não
se apercebam
disso. Todos
têm, como se vê,
deveres a
cumprir.
3. Devem os
Espíritos
percorrer todos
os graus da
escala
evolutiva, para
se
aperfeiçoarem.
Desse modo,
todos devem
habitar em toda
parte e adquirir
o conhecimento
de todas as
coisas. Há,
porém, tempo
para tudo. A
experiência e o
aprendizado por
que um Espírito
está passando
hoje, um outro
já passou e
outro ainda
passará.
4. Há Espíritos
que não se
ocupam de coisa
alguma,
conservando-se
totalmente
ociosos. Esse é,
porém, um estado
temporário, pois
cedo ou tarde o
desejo de
progredir os
impulsiona para
uma atividade,
tornando-os
felizes por se
sentirem úteis.
Os gêneros de
missões são
muitos e
variados
5. As missões
dos Espíritos
têm sempre por
objetivo o bem.
Estando
encarnados ou
desencarnados,
são eles
incumbidos de
auxiliar o
progresso da
Humanidade, dos
povos ou dos
indivíduos,
dentro de um
círculo de
idéias mais ou
menos amplas,
mais ou menos
especiais, e de
velar pela
execução de
determinadas
coisas. Alguns
desempenham
missões mais
restritas e, de
certo modo,
pessoais ou
inteiramente
locais, como
assistir os
enfermos, os
agonizantes, os
aflitos, velar
por aqueles de
quem se
constituíram
guias e
protetores,
dirigi-los,
dando-lhes
conselhos ou
inspirando-lhes
bons
pensamentos.
Existem tantos
gêneros de
missões quantas
as espécies de
interesses a
resguardar,
tanto no mundo
físico como no
moral e o
Espírito se
adianta conforme
a maneira pela
qual desempenha
sua tarefa.
6. Os Espíritos
se ocupam com as
coisas do nosso
mundo de acordo
com o grau de
evolução em que
se acham. Os
superiores só se
ocupam com o que
seja útil ao
progresso. Os
inferiores se
ligam mais às
coisas materiais
e delas se
ocupam.
7. A felicidade
dos Espíritos
bem-aventurados
não consiste na
ociosidade
contemplativa,
que seria uma
eterna e
fastidiosa
inutilidade.
Suas atribuições
são
proporcionadas
ao seu grau
evolutivo, às
luzes que
possuem, à sua
capacidade,
experiência e ao
grau de
confiança que
inspiram ao
Supremo
Criador.
8. Nem favores,
nem privilégios
que não sejam o
prêmio ao mérito
– tudo é medido
e pesado na
balança da mais
estrita justiça.
As missões mais
importantes são
confiadas
somente àqueles
que Deus julga
capazes de
cumpri-las e
incapazes de
desfalecimento
ou
comprometimento.
Em toda parte a
atividade dos
Espíritos é
constante
9. Ao lado das
grandes missões
confiadas aos
Espíritos
superiores,
existem outras
de importância
relativa em
todos os graus,
concedidas a
Espíritos de
todas as
categorias,
podendo
afirmar-se que
cada encarnado
tem a sua, isto
é, deveres a
preencher a bem
do semelhante,
desde o chefe de
família, a quem
incumbe o
progresso dos
filhos, até o
homem de gênio,
que lança às
sociedades novos
germens de
progresso.
10. É nas
missões
secundárias que
se verificam
desfalecimentos,
prevaricações e
renúncias que
prejudicam o
indivíduo sem
afetar o todo.
11. Por toda a
parte a
atividade é
constante, da
base ao ápice da
escala, o que
lhes enseja
oportunidade de
instruir-se e,
dando-se as
mãos, alcançar a
meta, que é para
todos a
perfeição.
12. Podemos,
assim, afirmar
com segurança –
com base nas
informações dos
Espíritos – que
todas as
inteligências
concorrem para a
obra geral,
qualquer que
seja o seu grau
evolutivo, e
cada qual na
medida de suas
forças, esteja
no estado de
encarnado ou de
Espírito livre.
Respostas às
questões
propostas
1. É correto
dizer que todos
os Espíritos têm
ocupações a
desempenhar?
R.: Sim. Além do
trabalho de se
melhorarem
pessoalmente,
incumbe-lhes
executar a
vontade de Deus,
concorrendo,
assim, para a
harmonia do
Universo. Os
Espíritos
inferiores e
imperfeitos
também
desempenham
funções úteis do
Universo, embora
muitas vezes não
se apercebam
disso. Todos
têm, como se vê,
deveres a
cumprir.
2. Há na
erraticidade
Espíritos que
não se ocupam de
coisa alguma?
R.: Sim. Existem
Espíritos que
não se ocupam de
coisa alguma,
conservando-se
totalmente
ociosos. Esse é,
porém, um estado
temporário, pois
cedo ou tarde o
desejo de
progredir os
impulsiona para
uma atividade,
tornando-os
felizes por se
sentirem úteis.
3. As missões
dos Espíritos
têm sempre por
objetivo o bem?
R.: Sim.
Encarnados ou
desencarnados,
são eles
incumbidos de
auxiliar o
progresso da
Humanidade, dos
povos ou dos
indivíduos,
dentro de um
círculo de
idéias mais ou
menos amplas,
mais ou menos
especiais, e de
velar pela
execução de
determinadas
coisas.
4. A quem são
confiadas as
missões mais
importantes?
R.: As missões
mais importantes
são confiadas
somente àqueles
que Deus julga
capazes de
cumpri-las e
incapazes de
desfalecimento
ou
comprometimento.
5. O Espírito
encarnado tem
deveres com
relação à obra
geral, ou essa
tarefa pertence
aos
desencarnados?
R.: Todas as
inteligências
devem concorrer
para a obra
geral, qualquer
que seja o seu
grau evolutivo,
e cada qual na
medida de suas
forças, esteja
no estado de
encarnado ou de
Espírito livre.
Bibliografia:
O
Livro dos
Espíritos,
de Allan Kardec,
itens 558, 563,
569 e 584.
O
Céu e o Inferno,
de Allan Kardec,
Primeira Parte,
itens 12 a 15.