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Ano 2 - N° 72 - 7 de Setembro de 2008

 

O essencial na assistência
social espírita
  

 
Há quem entenda, a exemplo de Stephen Kanitz, que no difícil e pouco compreendido campo da assistência social existe espaço não apenas para as instituições que “ensinam a pescar”, mas também para as que praticam o chamado assistencialismo. Neste último caso estariam incluídas as organizações que atendem os dependentes químicos, os alcoólatras e os enfermos em geral, momentaneamente impedidos de sustentar sua prole.

O assunto vem bem a propósito e deve ser meditado por todas as pessoas que se dedicam à assistência social, espíritas e não-espíritas.

Não existe, com efeito, nem poderia existir conflito entre as duas modalidades de atendimento social, que podem mesmo coexistir em uma mesma organização filantrópica, onde ao lado de ações voltadas para a promoção social sejam desenvolvidos trabalhos de amparo a criaturas que necessitam, no momento, mais de compaixão que de instrução. As empresas e pessoas solicitadas a cooperar financeiramente com essas instituições devem também ter consciência de que é igualmente válido prestigiar as que “ensinam a pescar” e as outras, desde que exista seriedade de propósitos e o trabalho projetado seja realmente prioritário na região em que atuam.

No tocante à assistência social espírita há, no entanto, um aspecto que nós, os espiritistas, não podemos ignorar.

Relata Manoel Philomeno de Miranda ("Tramas do Des­tino", cap. 21, pp. 196 a 199, obra psicografada por Divaldo P. Franco) que, quando o Centro Espírita "Francisco Xavier" teve sua edificação planejada, o dirigente espiritual Natércio, profundo admirador e discípulo de São Francisco Xavier, que fora na Terra incansável propagandista da fé cristã, recorreu ao fiel Apóstolo de Jesus suplicando seu patrocínio espiri­tual para a Casa que seria erguida. Recebido pelo iluminado Espírito, Natércio expôs-lhe o programa que objetivava realizar, cuja meta era incrementar entre os homens o ardor da fé e a pureza dos princípios morais, conforme as regras simples dos "seguidores do Caminho", sem os atavios do dogmatismo e dos formalis­mos.

Logo que concluiu suas explicações, o instrutor recebeu o aval do insigne Mis­sionário, com uma condição: que se preservasse ali o Evangelho em suas linhas puras e simples, num clima de austeridade moral e serviços ilu­minativos disciplinados, com os resultantes dispositivos para a cari­dade na suas múltiplas expressões, tendo-se, porém, em vista que os socorros materiais seriam decorrência natural do serviço espiritual, prioritário, imediato, e não os preferenciais. "Não deveriam es­quecer-se de que a maior carência ainda é a do pão de luz da consola­ção moral, que o Livro da Vida propicia fartamente."

Relembrando o episódio, Manoel Philomeno de Miranda (obra citada, págs. 198 e 199) adverte-nos: "Pensa-se muito em estômagos a saciar, cor­pos a cobrir, doenças a curar... Sem menosprezar-lhes a urgência, o Consolador tem por meta primacial o espírito, o ser em sua realidade imortal, donde procedem todas as conjunturas e situações, que se exte­riorizam pelo corpo e mediante os contingentes humanos, sociais, ter­renos, portanto... A assistência social no Espiritismo é valiosa, no entanto, se precatem os `trabalhadores da última hora'  contra os excessos, a fim de que a exaustão com os labores externos não exaura as forças do en­tusiasmo nem derrube as fortalezas da fé, ao peso da extenuação e do desencanto nos serviços de fora.” "Evangelizar, instruir, guiar, colocando o azeite na lâmpada do coração, para que a claridade do espírito luza na noite do sofrimento, são tarefas urgentes, basilares na reconstrução do Cristianismo."
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita