WEB

BUSCA NO SITE

Página Inicial
Capa desta edição
Edições Anteriores
Quem somos
Estudos Espíritas
Biblioteca Virtual
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français   
Jornal O Imortal
Vocabulário Espírita
Biografias
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English Livres Spirites en Français Spiritisma Libroj en Esperanto 
Mensagens de Voz
Filmes Espiritualistas
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Efemérides
Esperanto sem mestre
Links
Fale Conosco
Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 2 - N° 82 - 16 de Novembro de 2008

 

O esquilo ambicioso

 

Certa vez um esquilo encontrou um buraco existente no tronco de uma árvore grande e forte.

Era o abrigo ideal para o pequeno esquilo viver. Muito satisfeito da vida, mudou-se para lá.

A árvore passou a protegê-lo do vento, da chuva, do  frio  e  dos  animais  selvagens,  que  sempre

representavam um perigo.  

Contente, o esquilo passou a pensar em arrumar sua casa. Como a considerasse muito pequena, desejou aumentá-la.

Com seus dentes fortes e afiados, começou a roer as paredes para aumentar  sua casa. Sonhava em ter uma família e precisaria de espaço para a esposa e os filhinhos que viriam.

Assim, ele aumentou o buraco fazendo mais um quarto, uma sala onde pudessem comer e um depósito para guardar as nozes que encontrasse. O inverno costumava ser rigoroso e era preciso armazenar o alimento de modo a não passarem fome.

O esquilo arrumou sua casa com muito amor, enfeitando e limpando para esperar a chegada da família.

Como não estava satisfeito com o que tinha, desejando sempre mais, foi aumentando a casa e fazendo novos cômodos.

Os outros moradores da árvore, passarinhos, insetos e pequenos animais, reclamaram:

— Esquilo, você está destruindo a nossa casa! A nossa amiga árvore está ficando fraca.

Ao que ele retrucava, indiferente:

— Vocês estão enganados. A árvore é forte e tem raízes robustas.

Certo dia, já no início do inverno, ele tinha saído para arrumar comida e demorou algumas horas. Ao voltar, teve uma grande surpresa. Olhou de longe para admirar a sua linda casa e estranhou:

— Onde está a minha casa, a árvore frondosa e amiga?...

Assustado, não podia acreditar no que seus olhos viam: A árvore, que era tão forte, tão firme, estava caída no chão!

Como desabara daquele jeito?

Tentando encontrar a razão daquele desastre, o esquilo chegou mais perto para ver o que havia acontecido, e notou que ele, sem perceber, havia-lhe

roído as raízes, fazendo com que elas perdessem a força, com o imenso buraco que se fizera dentro do tronco da árvore.

O esquilo percebeu então, tarde demais, que ele próprio havia sido o  responsável pela queda da árvore. Que, na sua ambição desmedida, havia destruído as condições da moradia que o Senhor concedera, não apenas a ele, mas também a todos os outros seres que a habitavam.

Bastaria que se tivesse contentado com o pouco que lhe tinha sido dado, para que ele pudesse ali viver longos anos em paz e segurança. Contudo, o desejo de ter sempre mais, fizera com que destruísse seu lar e o lar dos passarinhos, dos pequenos animais e dos insetos que ali viviam.

Agora, decepcionado e triste, o esquilo lamentava o erro que cometera. Estavam no início do inverno e era preciso procurar outro abrigo, se não quisesse ficar ao relento e exposto às intempéries.

Porém, ele tinha confiança em Deus. Sabia que, como havia encontrado aquele buraco, encontraria outro. Era preciso não desanimar e aprender com os próprios erros.

Então, humildemente, ele dirigiu-se aos companheiros de infortúnio que ali estavam, tristes, e lhes disse:

— Peço-lhes perdão. Cometi um grande erro e agora todos nós estamos sem um lar. Mas, não podemos desanimar. Prometo-lhes que encontraremos uma outra árvore para morar. Confiem em Deus!  

As aves, os animaizinhos e os insetos ficaram mais animados, sentindo uma nova esperança brotar em seus corações.

E o esquilo, daquele dia em diante, nunca mais cometeria o mesmo erro, aceitando e adaptando-se às condições de vida que Deus lhe oferecesse.
 

                                                        Tia Célia   

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita