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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 3- N° 104 – 26 de Abril de 2009

 

A força do sol

 

Carlinhos, menino bom e prestativo, gostava de ajudar as pessoas.

Uma coisa, porém, Carlinhos não suportava: ver gente discutindo ou brigando.

Logo ficava nervoso e entrava no meio da discussão, querendo apartar a briga. Isso acontecia em qualquer lugar em que estivesse: em sua casa, na escola ou na rua.

Em casa, quando seus pais começavam a discutir por problemas domésticos, Carlinhos  colocava-se no meio deles, querendo resolver a parada.

Na escola, muitas vezes seus colegas se desentendiam jogando futebol ou por qualquer outro motivo, e partiam para a briga aos empurrões, socos e pontapés. Carlinhos corria tentando separá-los e acabava no meio da briga.

Chegava em casa desanimado, cansado, todo sujo e, não raro, machucado.

A  mãe,  que  o  conhecia  bem, já sabia o

que tinha acontecido, e aconselhava-o com amor:

— Meu filho, não faça mais isso. Qualquer dia você pode se machucar seriamente tentando apartar uma briga. Tenha mais cuidado! Chame um adulto, o professor responsável pela turma.

Mas qual! Carlinhos prometia não interferir mais em discussões, porém quando uma briga começava, lá estava ele de novo no meio.

Certo dia, em que ele tinha chegado com um olho vermelho e a testa sangrando, a mãe aflita perguntou-lhe:

— O que aconteceu desta vez, meu filho? Veja seu estado! Você está todo sujo, o uniforme rasgado, e está machucado! Andou brigando de novo?

— Claro que não, mamãe! Ao contrário. Tentava separar dois amigos meus que se desentenderam jogando bola.
 

A mãe o envolveu num abraço e disse, com amor:

— Depois conversaremos. Agora vá tomar um banho.

Quando o menino saiu do banho, já com aspecto melhor, ela fez um curativo na testa dele e chamou-o para almoçar.

O pai, que chegara naquele momento, olhou para o filho, sério, respirou fundo e ia ralhar com ele, mas resolveu manter-se calado.

Os dois irmãos menores olhavam para Carlinhos e riam. Todos sabiam o que tinha acontecido. Não era a primeira vez que ele chegava machucado em casa.

— Parem de rir, vocês dois. Isso não é brincadeira. Carlinhos, meu filho, almoce e depois farei uma compressa em seu olho para evitar que fique roxo.

Após a refeição, enquanto colocava a compressa sobre o olho de Carlinhos, a mãe conversava com ele dizendo:

— Mantenha distância quando perceber que uma briga está prestes a começar, meu filho.

— Mas, mamãe! Quero evitar que meus amigos briguem! Não suporto vê-los de cara virada um com o outro, com raiva.

— Eu sei que sua intenção é boa, Carlinhos. Para fazer isso, porém, é preciso manter certa distância da briga e, especialmente, agir com tranquilidade, delicadeza, equilíbrio e muito amor.

— Como assim, mamãe? O que é equilíbrio?

— É quando nos mantemos controlados e imparciais no meio de uma situação, isto é, sem pender para um lado ou para o outro, guardando os melhores sentimentos. Entendeu?      

— Mais ou menos.

A mãe procurou em torno algo que pudesse servir-lhe de exemplo. De repente, olhou pela janela e viu o sol brilhando lá fora.

Levou o garoto até o jardim e perguntou:

— Carlinhos, sem contar Deus, que é nosso Pai e Criador do Universo, o que existe de maior e mais poderoso neste mundo em que vivemos?

O menino pensou um pouco e depois respondeu, olhando para o alto:

— O Sol, mamãe. Estudei na escola que o Sol é uma estrela muitas vezes maior que o nosso planeta Terra. Ele nos dá luz, calor e condições de viver. A professora explicou que o Criador fez tudo tão bem feito que, se o Sol estivesse um pouco mais distante da Terra, morreríamos congelados por falta de calor; se estivesse um pouco mais próximo, morreríamos queimados!

— Isso mesmo, Carlinhos. E não só nós, seres humanos, mas todos os seres viventes, animais e plantas. Então o Sol é poderoso e está bem distante da Terra, não é? No entanto, indispensável à vida, seus raios chegam até nós com delicadeza, sem nos machucar ou ferir; penetram os lugares mais escondidos e profundos, com suavidade, levando luz e calor.

O garoto pensou um pouco e disse:

— Entendi aonde quer chegar, mamãe. Quer dizer que para ajudar não precisamos entrar na briga, não é?

— Exatamente, meu filho. Veja! Você tem apenas oito anos, mas é bem maior que os garotos da sua idade. Então, o que acontece? Se os meninos forem menores, você pode machucá-los com sua força. Se forem maiores, você acaba machucado.

— É verdade, mamãe. Então, o que posso fazer?

— Na hora do perigo, pense em Deus pedindo que a paz e o entendimento se estabeleçam. Depois, se puder ajudar, faça-o, mas sem entrar na briga.

A partir desse dia, ao ver os garotos discutindo, Carlinhos fazia uma rápida oração e depois dizia sereno:

— Calma, pessoal. Vamos tentar resolver esse problema em paz, está bem? O que está acontecendo? Posso ajudar?

Ouvindo-lhe a voz tranquila, os amigos paravam de discutir, acalmavam-se os ânimos, e logo estavam brincando de novo, felizes por estarem juntos e em paz.

Não há o que não se possa resolver, quando existem boa vontade e paz no coração.

                                                        Tia Célia   
 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita