Ensaio sobre as
raízes das
incoerências
doutrinárias
O
Espiritismo é
uma síntese dos
esforços humanos
para compreensão
do mundo
e
da vida
(1ª Parte)
"A fé
ingênua, imposta
pela autoridade
e a tradição,
derrete-se
como cera
frágil, ao
fogo da
razão.” -
Herculano Pires
Emmanuel
recomendou ao
seu tutelado -
Francisco
Cândido Xavier -
que dele se
afastasse no
momento em que
dissesse algo
diferente do que
disse Jesus e
Kardec.
Infelizmente tal
recomendação não
tem sido
observada por
inúmeras
criaturas que
promovem em suas
Casas Espíritas
os mais absurdos
despautérios
doutrinários.
Evidentemente
tal recomendação
é estendida a
todos os
|
|
Rogério
Coelho |
|
espíritas
para que
jamais
venhamos a
acoroçoar
modismos
ditados
pelos
ancestrais
atavismos,
permeando o
movimento e
as
Instituições
Espíritas
com práticas
esdrúxulas,
divorciadas
da coerência
doutrinária.
|
Lamentavelmente
já grassam
loucuras de
variegado matiz,
graças à falta
de estudos e
ausência de
sedimentação
doutrinária de
quem “aprendeu”
Espiritismo de
“ouvido”, sem o
devido estudo
das Obras
Básicas...
Vamos buscar nas
raízes das
civilizações a
explicação para
tal estado de
coisas, a fim de
que possamos
compreender
como, apesar de
toda a clareza
da Doutrina
Espírita, ainda
existem tantos
modelos
ideológicos
ultrapassados e
comprometidos
com a
ignorância,
corrompendo o
meio
espiritista,
consequência
lógica do
comodismo e do
misoneísmo dos
invigilantes.
Por falar em
“raízes das
civilizações”,
devemos entender
que os diversos
patamares
evolutivos
espalhados pelas
idades desde o
início dos
tempos até hoje
são conhecidos
como
“horizontes”. No
momento em que
de nômade o
homem passou às
suas primeiras
experiências
sedentárias,
temos aí o
início do
“horizonte
agrícola” que
localiza no
tempo as idades
mais primitivas
pelas quais já
passamos, mas,
por incrível que
pareça, ainda
restam, mesmo
nos dias de
hoje, resquícios
desse recuado
“horizonte” como
vamos ver na
sequência de
nossas
despretensiosas
elucubrações.
Tais substratos
é que geram os
desacertos
doutrinários com
que nos vemos a
braços hoje em
dia, uma vez que
os ancestrais
atavismos são de
difícil
erradicação.
Escreveu Segundo
Herculano Pires:
“(...) Mais de
um século após o
advento do
Espiritismo
reina ainda
grande
incompreensão a
respeito da
Doutrina, de sua
própria natureza
e de sua
finalidade. A
Codificação,
entretanto, foi
elaborada em
linguagem clara,
precisa,
acessível a
todos. À lucidez
natural do
espírito
francês, Kardec
juntava sua
vocação e a sua
experiência
pedagógicas,
além da
compreensão de
tratar com
matéria
sumamente
complexa.
Vemo-lo afirmar,
a cada passo,
que desejava
escrever de
maneira a não
deixar margem
para
interpretações,
ou seja, para
divergências
interpretativas...
Qual o motivo,
então, por que
os próprios
adeptos do
Espiritismo,
ainda hoje,
divergem, no
tocante a
questões
doutrinárias de
importância?
O Espiritismo,
segundo Kardec e
seus principais
continuadores,
constitui a
última fase do
processo do
conhecimento
À maneira do
Cristianismo, o
Espiritismo abre
caminho no
mundo,
enfrentando a
incompreensão de
adeptos e
não-adeptos.
Em primeiro
lugar, há o
problema da
posição da
doutrina: Uns a
encaram como
sistematização
de velhas
superstições;
outros, como
tentativa
frustrada de
elaboração
científica;
outros, como
ciência infusa,
não organizada;
outros ainda,
como esboço
impreciso de
filosofia
religiosa;
outros, como
mais uma seita,
entre as muitas
seitas
religiosas do
mundo. Para a
maioria dos
adeptos e
não-adeptos, o
Espiritismo se
apresenta como
simples
“crença”,
espécie de
religião e
superstição, ao
mesmo tempo,
eivada de
resíduos
mágicos...
Ao contrário de
tudo isso,
porém, o
Espiritismo,
segundo a
definição de
Kardec e dos
seus principais
continuadores,
constitui a
última fase do
processo do
conhecimento.
Última não no
sentido de fase
final, mas da
que o homem pôde
atingir até
agora, na sua
lenta evolução
através do
tempo. É
evidente que se
trata do
conhecimento em
sentido geral,
não limitado a
um determinado
aspecto, não
especializado...
Nesse sentido
geral, o
Espiritismo
aparece como uma
síntese dos
esforços humanos
para compreensão
do mundo e da
vida.
Justifica-se,
assim, que haja
dificuldade para
a sua
compreensão,
apesar da
clareza da
estrutura
doutrinária da
Codificação. De
um lado, o povo
não pode
abarcá-lo na sua
totalidade,
contentando-se
com o seu
aspecto
religioso; de
outro, os
especialistas
não admitem a
sua natureza
sintética; e de
outro, ainda os
preconceitos
culturais
levantam
numerosas
objeções aos
seus princípios.
(...) Sendo o
Espiritismo uma
realidade
histórica,
afirmada pelo
Codificador e
seus sucessores,
tem ele o seu
passado e o seu
presente, como
terá o seu
futuro. No tempo
de Kardec,
introduzir
alguém no estudo
do Espiritismo
era introduzi-lo
numa realidade
nascente, numa
verdadeira
problemática em
ebulição, num
processo
histórico em
princípio de
definição, e
principalmente
“numa nova
ordem de
ideias”.
Hoje, é
introduzir esse
alguém num
processo já
definido, e não
apenas numa
ordem de ideias,
mas também no
quadro histórico
em que essa
ordem surgiu.
Dessa maneira, é
introduzi-lo
também na
própria
introdução de
Kardec.
Sem o exame
histórico do
problema
mediúnico, por
exemplo, os
estudantes de
hoje estarão
ameaçados de
flutuar no
abstrato.
Introduzindo-se
numa ordem de
ideias, sem o
conhecimento de
suas raízes
históricas,
arriscam-se a
confundir, como
fazem os leigos,
mediunismo e
Espiritismo, ou
seja, o processo
mediúnico de
desenvolvimento
espiritual do
homem, com o
Espiritismo.
Arriscam-se,
ainda mais, a
aturdir-se com
fatos mediúnicos
rudimentares,
considerando-os,
por sua
aparência
extravagante,
como novidade.
Por outro lado,
dificilmente
compreenderão a
aparente
contradição
existente no
fato de ser o
Espiritismo, ao
mesmo tempo, uma
doutrina moderna
e um processo
histórico
provindo das
eras mais
remotas da
Humanidade.
Existe ainda o
problema
religioso, e
particularmente
o das ligações
do Espiritismo
com o
Cristianismo,
que somente uma
introdução
histórica pode
esclarecer”.
Isto é o que
tentaremos fazer
neste pequeno
ensaio.
*
“Vos adorais o
que não sabeis;
mas a hora vem,
e agora é, em
que os
verdadeiros
adoradores
adorarão o Pai
em espírito e
verdade; porque
o Pai procura
a tais que
assim O
adorem.”
- Jesus. (Jo.,
4:22 a 24.)
Esta parte do
diálogo entre
Jesus e a mulher
samaritana à
beira do poço de
Jacó,
transcendendo o
seu mero aspecto
circunstancial-temporal,
marca o exato
momento em que
Ele falava não
apenas a ela,
mas a toda a
Humanidade
acerca da
urgente
necessidade de
romper com os
mitos e
fantasias de
antanho,
elevando-se aos
alcandorados
patamares onde
viceja a luz da
razão, ou seja:
mostrava onde
está a realidade
espiritual, por
sinal bem
distante desta
na qual ainda
nos situamos.
Os mitos
perderam a força
de expressão,
não, porém, de
conteúdo, por
estarem ínsitos
na história
evolutiva
da própria
criatura
Segundo Joanna
de Ângelis
trazemos uma
herança
arquetípica de
mitos e
fantasias, dos
períodos
iniciais da
evolução do
pensamento, que
prossegue
submetendo-nos e
subjugando-nos
e,
consequentemente,
impedindo-nos de
vislumbrar os
horizontes
espirituais e
conquista,
evidentemente
obstando também
a nossa almejada
alforria
espiritual,
meta, aliás,
assinada por
Deus para todas
as Suas
criaturas.
Acompanhemos as
palavras da
nobre Mentora :
“(...) Os vultos
mitológicos do
Panteão
greco-romano, ou
os deuses
Todo-Poderosos
da herança
oriental, têm
ressurgido com
força bastante
singular nos
mais diferentes
períodos das
transatas
civilizações,
tomando forma
dominadora na
atualidade.
O renascer de
culturas
bárbaras
adotadas como
exibicionismo
pela moderna
juventude, não
apenas
ressuscita
atavismos que
remanescem de
suas
reencarnações
anteriores,
ainda vivas no
inconsciente,
senão, também,
como expressões
violentas do
instinto de
sobrevivência,
agressivo por
mecanismos de
defesa e de
auto-realização,
chamando a
atenção
exteriormente, a
fim de ocultar
os conflitos
internos de cada
um, a timidez, o
medo da
sociedade, assim
formando novos
grupos de
identificação,
nos quais se
homiziam, dando
largas ao
primarismo neles
jacentes.
Por outro lado,
o mito que
permanece vivo
no indivíduo
gera novos
deuses, aos
quais se
submete, criando
linguagem
própria de
comunicação,
através da qual
se sente
elegido,
depredando,
agredindo os
outros grupos
sociais e
consumindo-se na
alucinação das
drogas em
terríveis
estados de
consciência
alterados, que
se manifestam em
desequilíbrio e
morte.
O exacerbado
culto ao corpo
evoca o
helenismo
subjacente e os
ideais dos
gladiadores nas
arenas,
conquistando
glórias enquanto
matavam,
promovendo o ego
destruidor em
detrimento do
“Self”
profundo e
realizador.
As expressões
positivas dos
mitos ancestrais
constituíram
instrumentos
estimuladores
para o
crescimento de
incontáveis
gerações que se
fascinavam com
esses arquétipos
inerentes ao ser
humano, e
procedentes das
forças vivas da
Natureza.
Face ao
desenvolvimento
ântropo-sócio-psicológico,
a identificação
do mito como
recurso de
evolução
experimentou uma
necessária
releitura,
concluindo-se
que, na maioria
das vezes,
transformando-se
em fantasia,
afastava as
mentes e as
emoções da
realidade,
propiciando
fugas
espetaculares
para longe da
realidade, com
imensos
prejuízos para o
amadurecimento
interior.
Parecendo haver
sucumbido, os
mitos perderam a
força de
expressão, não,
porém, de
conteúdo, por
estarem ínsitos
na história
evolutiva da
própria
criatura.
Recorde-se que,
à medida que as
velhas histórias
da carochinha e
outras foram
sendo deixadas à
margem nos
programas
educacionais, a
industrialização
dos povos e as
lutas pela
aquisição
consumista das
pessoas
produziram
terríveis vazios
existenciais,
roubando o
significado
profundo da Vida
humana.
Ante a ausência
de uma linguagem
psicológica
própria para
preencher as
lacunas de
objetivo no
transcurso da
Vida física,
foram criados
novos deuses,
conforme os
padrões
comportamentais
do momento,
mascarando
muitos conflitos
e dando curso à
vigência de
mitos que
pudessem superar
a
desinteressante
e cansativa
jornada
operacional, com
o qual o ser se
encontra a
braços”.
Os mitos e
fantasias
ancestrais
ressurgiram nas
músicas
ruidosas,
primitivas,
exigindo os
movimentos
tribais do corpo
O peso dos
atavismos é tão
considerável que
até mesmo ao
tempo de Moisés
podemos flagrar
a sua ação
imediatista:
Enquanto Moisés
subia ao Monte
Sinai para
receber os
transcendentais
procedimentos
novos que iriam
alterar o
“status quo”
da massa ignara,
o poviléu não
perdeu tempo:
fundiu com ouro
um bezerro ao
qual cultuavam
no momento em
que Moisés
descia com as
Tábuas da Lei.
Evidentemente a
imagem do
bezerro de ouro
falava mais de
perto às suas
necessidades de
proteção, isto
é,
materializaram
um recurso mais
palpável para
resolver as
fobias
coletivas, num
flagrante desvio
doutrinário da
linha que Moisés
estava
apresentando.
Vejamos o
registro de tal
ocorrência na
narrativa do
próprio
Legislador
Hebreu : “(...)
e as duas tábuas
do concerto
estavam em
minhas mãos; e
olhei, e eis que
havíeis pecado
contra o Senhor
vosso Deus; vós
tínheis feito um
bezerro de
fundição; cedo
vos desviastes
do caminho que o
Senhor vos
ordenara. Então
peguei das duas
tábuas, e as
arrojei de ambas
as minhas mãos,
e as quebrei aos
vossos olhos”.
Continuemos com
a conclusão de
Joanna de
Ângelis:
“(...)
Regurgitantes,
os mitos e
fantasias
ancestrais,
ressurgiram nas
músicas
ruidosas,
primitivas,
exigindo os
movimentos
tribais do
corpo, com os
acepipes da
exacerbada
sensualidade,
favorecendo os
jogos exaustivos
do sexo e da
embriaguez dos
sentidos, como
fontes de prazer
e abismos de
esquecimento da
responsabilidade
de consciência
perante as
exigências da
evolução
intelecto-moral;
os desportos
ressuscitaram os
seus
gladiadores, nos
mais violentos,
ou trouxeram de
volta os
semideuses das
competições de
todo gênero,
empenhados em
vencer sempre,
sem o menor
respeito pelo
prazer de
competir; o
profissionalismo
impiedoso
disseminou
organizações,
algumas
criminosas, sem
dúvida, nas
quais o atleta é
apenas objeto de
interesse
comercial, que
deve ser
eliminado quando
já não atenda às
paixões mafiosas
e às dos
fanáticos que os
adoram, matam e
morrem por eles,
terminando por
devorá-los
também”.
Após esta
necessária
digressão onde
já podemos
perceber algo
acerca do porquê
de tanta
incoerência
doutrinária nos
arraiais
espiritistas,
uma vez que os
“desvios”
estão arraigados
em nosso caldo
cultural, vamos
acompanhar o
lúcido
raciocínio de
Herculano Pires,
para ficarmos
mais bem
situados na
questão,
viajando com ele
num proveitoso
“flashback”
histórico.
Para tal, vamos
extratar alguns
tópicos de seu
livro (1)
apontado por uma
pesquisa da
Candeia
Distribuidora de
Livros de
Catanduva (SP)
como um dos dez
livros espíritas
do século 20,
onde estão
consignados os
testemunhos de
vários sábios,
entre eles
Ernesto Bozzano
que, por sua
vez, apoiou suas
elucubrações
científicas nas
pesquisas do
antropólogo
Andrew Lang e do
etnólogo Max
Freedom Long,
realizadas entre
as tribos da
Polinésia, para
mostrar a
existência dos
fenômenos
espíritas no
horizonte tribal
e,
conseguintemente
a crença na
sobrevivência do
espírito humano.
Observamos,
assim, que desde
as mais
prístinas eras,
o homem já
identificava
“uma força”
além da matéria.
Daí surgiram os
mitos e seu
cortejo de
fantasias. Não
obstante, é
razoável
constatar que
das selvas à
civilização, os
Espíritos
ensinam aos
homens que a
Vida não se
encerra no
túmulo, como não
principia no
berço.
Quando de nômade
o homem passou
às primeiras
formas
sedentárias de
vida social,
vemos o animismo
desenvolver-se
no plano da
racionalização.
Esse recuado
período é também
conhecido como
“horizonte
agrícola”, do
qual ainda hoje
existem fortes
resquícios como
veremos mais
adiante.
O conhecimento
dos processos
históricos é
indispensável ao
espírita, para
imunizá-lo
contra as
deturpações
místicas
da doutrina
Estamos naquele
período
hegeliano, e por
isso mesmo
dialético, em
que a razão se
desenrola no
processo
histórico,
entendido este
como o progresso
do homem na
Terra. As
invenções, o
emprego de
instrumentos, o
aumento
demográfico e o
desenvolvimento
mental
processam-se de
maneira
simultânea, e é
precisamente do
desenvolvimento
mental que vai
surgir uma
consequência
curiosa: o
aprofundamento
da crença tribal
nos Espíritos,
num sentido de
personalização,
envolvendo os
aspectos e os
elementos da
Natureza. A
experiência
concreta que deu
ao homem
primitivo o
conhecimento da
existência dos
Espíritos
alia-se agora ao
uso mais amplo
das categorias
da razão. As
duas formas
gerais de
racionalização
anímica são a
concepção da
Terra-Mãe e a do
Céu-Pai. Essas
formas aparecem
bem nítidas no
pensamento
chinês, que
conservou até os
nossos dias os
elementos
característicos
do “horizonte
agrícola”. O Céu
é o deus-pai,
que fecunda a
terra,
deusa-mãe”.
Podemos
observar, assim
que o dogma da
virgindade de
Maria, mãe de
Jesus e a
“fecundação
divina” que
pretensa e
ousadamente
tenta explicar a
divindade do
Cristo. nada
mais é senão um
“xerox”
ostensivo e
grosseiro,
diríamos um
“plágio”, dos
mitos pagãos
feito pela casta
sacerdotal. Mais
adiante veremos
que a utilização
do pão e do
vinho realizada
até hoje em
várias
denominações
religiosas tem a
mesma origem,
pois os
religiosos da
Idade Média não
entendendo a
essência do
ensinamento de
Jesus na última
ceia, ao
referir-Se ao
pão e ao vinho,
equivocadamente
materializaram o
preceito e
perderam o rumo
do seu real
sentido. A mesma
fonte forneceu
também a origem
do sacramento do
batismo pela
água, conforme
também veremos.
Mas, como
podemos notar
desde já, nem
mesmo
originalidade os
inventores das
religiões
tiveram, vez que
simplesmente
repetiram
edições
reformadas e mal
alinhavadas de
modelos
existentes no
passado.
Continuemos com
Herculano Pires:
“(...) Na
civilização
egípcia, há uma
inversão de
posições: O Céu
é a mãe e a
Terra é o Pai; e
dentro da
ancestral
teogamia
egípcia, os
Faraós eram
também
portadores de
dupla natureza:
a humana e a
divina, porque
eram filhos da
rainha com o
deus-solar. Não
eram, portanto,
filhos de um
homem, e nem
mesmo de um
homem-deus, mas
do próprio Deus,
que através de
processo divinos
fecundava a
rainha.
O conhecimento
desses processos
históricos é
indispensável ao
espírita, para
imunizá-lo
contra as
deturpações
místicas ou
supersticiosas
da doutrina, tão
comuns num mundo
que, apesar de
se orgulhar do
seu progresso
científico,
ainda não se
libertou de sua
pesada herança
mitológica.” (Este
artigo será
concluído na
próxima edição
desta revista.)
Nota:
(1)
PIRES, José
Herculano. O
Espírito e o
Tempo.
3.ed.São Paulo:EDIECEL,
1979.