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Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita  Inglês  Espanhol
Programa V: Aspecto Científico

Ano 3 - N° 112 – 21 de Junho de 2009

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br

Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

Perda e suspensão da
mediunidade

 

Apresentamos nesta edição o tema no 112 do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, que está sendo aqui apresentado semanalmente, de acordo com programa elaborado pela Federação Espírita Brasileira, estruturado em seis módulos e 147 temas.

Se o leitor utilizar este programa para estudo em grupo, sugerimos que as questões propostas sejam debatidas livremente antes da leitura do texto que a elas se segue.

Se destinado somente a uso por parte do leitor, pedimos que o interessado tente inicialmente responder às questões e só depois leia o texto referido. As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate

1. Pode um médium ter suspensa a sua faculdade mediúnica?

2. Que motivos levariam os bons Espíritos a afastar-se de um médium?

3. O Espiritismo aprova a prática dos que leem a sorte, um fato bastante comum em nosso país?

4. Nos casos em que os fenômenos mediúnicos são interrompidos por benevolência do protetor espiritual, que objetivos o benfeitor tem em vista?

5. Podemos aplicar aos atributos medianímicos a parábola dos talentos de que nos fala o Evangelho?

Texto para leitura 

Sem o concurso simpático dos Espíritos, nada pode o médium 

1. A faculdade mediúnica pode sofrer perdas e suspensões, na maioria das vezes passageiras, qualquer que seja o tipo de mediunidade de que o médium seja portador. Isso acontece porque a produção mediúnica ocorre graças ao concurso simpático dos Espíritos. Sem eles, nada pode o médium, ou seja, a faculdade continua a existir, mas os Espíritos evitam utilizar-se daquele instrumento mediúnico, seja porque não podem, seja porque não querem.  

2. Entendendo a mediunidade como um meio que Deus oferece aos homens para a sua reforma moral e consequente progresso espiritual, os bons Espíritos afastam-se dos médiuns por vários motivos:  

I. Quando o médium se serve da faculdade mediúnica para atender a coisas frívolas ou com propósitos ambiciosos e desvirtuados do seu verdadeiro objetivo.  

II. Quando o médium não aproveita as instruções nem os conselhos que os protetores espirituais lhe propiciam.  

III. Quando a interrupção dos fenômenos se dá como uma prova de benevolência do Benfeitor espiritual para com o médium. 

A mediunidade com Jesus edifica moralmente o homem 

3. Por coisas frívolas, mencionadas no tópico anterior, entendemos, por exemplo, a prática de se ler a sorte e o trabalho costumeiramente realizado pelos chamados ledores do futuro, fato que, infelizmente, ocorre em larga escala e que, mais cedo ou mais tarde, levará as pessoas que o praticam a arrepender-se amargamente, especialmente no momento em que todos nós temos de prestar contas ao Senhor da aplicação dada aos talentos recebidos.  

4. Os chamados “profissionais da mediunidade” não se agastam em receber pagamentos, quer sob a forma de dinheiro, presentes, favores e privilégios, quer sob a forma de dependência afetiva ou emocional.  

5. A tais médiuns é sempre útil recordar estas palavras de Manoel Philomeno de Miranda (Espírito): “... o médium, habituando-se aos negócios e interesses de baixo teor vibratório, embrutece-se, desarmoniza-se. (...) A mediunidade com Jesus liberta, edifica e promove moralmente o homem, enquanto que, com o mundo, aturde, escraviza e obsidia a criatura”.  

6. Os protetores espirituais aconselham-nos sempre para o bem, sugerindo bons pensamentos ou amparando nas aflições o seu tutelado; contudo, em situação nenhuma desrespeitam o livre-arbítrio de quem quer que seja.  

Os atributos medianímicos são como os talentos do Evangelho 

7. Eles se afastam quando veem que seus conselhos são inúteis e que mais forte é, no seu protegido, a decisão de submeter-se à influência dos Espíritos inferiores, mas jamais o abandonam completamente e sempre se fazem ouvir. É o homem, então, quem tapa os ouvidos, porque o protetor espiritual voltará todas as vezes em que for chamado.   

8. Na interrupção dos fenômenos por ato de benevolência do protetor espiritual, três podem ser os objetivos. Primeiro, quando o amigo espiritual deseja provar que a comunicação mediúnica não depende do médium apenas e que, por isso, não deve ele vangloriar-se ou envaidecer-se. Segundo, quando o médium se encontra debilitado fisicamente e necessita de repouso. Por último, quando a suspensão tem por objetivo pôr à prova a paciência e a perseverança do médium ou dar-lhe tempo para meditar nas instruções recebidas dos Espíritos.  

9. Em situações dessa natureza, deve o médium buscar na resignação e na prece os recursos para retomar a prática normal de suas faculdades. 

10. Como ensina Emmanuel, os atributos medianímicos são como os talentos do Evangelho. Se o patrimônio espiritual é desviado de seus fins, o mau servo torna-se indigno da confiança do Senhor da seara. Multiplicados no bem, os talentos mediúnicos crescerão para Jesus, sob as bênçãos divinas, mas, se sofrem o insulto do egoísmo, do orgulho, da vaidade e da exploração inferior, podem deixar o intermediário do invisível entre as sombras pesadas do estacionamento, nas mais dolorosas perspectivas de expiação, em vista do acréscimo de seus débitos irrefletidos.


Respostas às questões propostas 

1. Pode um médium ter suspensa a sua faculdade mediúnica? 

R.: Sim. A faculdade mediúnica pode sofrer perdas e suspensões, na maioria das vezes passageiras, qualquer que seja o tipo de mediunidade de que o médium seja portador.  

2. Que motivos levariam os bons Espíritos a afastar-se de um médium?

R.: Os motivos principais são três: a.) quando o médium se serve da faculdade mediúnica para atender a coisas frívolas ou com propósitos ambiciosos e desvirtuados do seu verdadeiro objetivo; b.) quando o médium não aproveita as instruções nem os conselhos que os protetores espirituais lhe propiciam; c.) quando a interrupção dos fenômenos se dá como uma prova de benevolência do Benfeitor espiritual para com o médium. 

3. O Espiritismo aprova a prática dos que leem a sorte, um fato bastante comum em nosso país? 

R.: Não.  

4. Nos casos em que os fenômenos mediúnicos são interrompidos por benevolência do protetor espiritual, que objetivos o benfeitor tem em vista? 

R.: Três podem ser os objetivos: 1) provar que a comunicação mediúnica não depende do médium apenas e que, por isso, não deve ele vangloriar-se ou envaidecer-se; 2) possibilitar repouso nos casos em que o médium se encontra debilitado; 3) pôr à prova a paciência e a perseverança do médium ou dar-lhe tempo para meditar nas instruções recebidas dos Espíritos.  

5. Podemos aplicar aos atributos medianímicos a parábola dos talentos de que nos fala o Evangelho? 

R.: Sim. Os atributos medianímicos são como os talentos do Evangelho. Se o patrimônio espiritual é desviado de seus fins, o mau servo torna-se indigno da confiança do Senhor da seara. Multiplicados no bem, os talentos mediúnicos crescerão para Jesus, sob as bênçãos divinas. Se sofrem o insulto do egoísmo, do orgulho, da vaidade e da exploração inferior, podem deixar o intermediário do invisível entre as sombras pesadas do estacionamento, nas mais dolorosas perspectivas de expiação, em vista do acréscimo de seus débitos irrefletidos. 

 

Bibliografia: 

O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, item 220.

O Livro dos Espíritos,de Allan Kardec, questão 495.

Depois da Vida, de autoria de diversos Espíritos, psicografia de Divaldo P. Franco, pp. 128 a 128.

Seara do Bem, de autoria de Espíritos diversos, psicografia de Divaldo P. Franco, pp. 55 e 56.

Encontro Marcado, de Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pp. 28 a 30.

O Consolador, de Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, questões 389, 402 e 411.

Novas Mensagens,de Humberto de Campos (Espírito), psicografia de Francisco Cândido Xavier, pp. 39 a 48.

Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pp. 251 a 257.

Seara dos Médiuns, de Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pp. 207 e 208.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita