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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 3 - N° 127 – 4 de Outubro de 2009

KATIA FABIANA FERNANDES
kffernandes@hotmail.com
Londres, Inglaterra (Reino Unido)
 

Ivone e Aloísio Ghiggino:

“O Espiritismo, revivendo o Cristo, é importantíssimo
em nossas vidas”

  

Um casamento de quase 44 anos, uma agenda repleta de compromissos e muita disposição em divulgar o Espiritismo. É assim que podemos começar a apresentar nossos entrevistados da semana. O Consolador tem a satisfação de trazer ao leitor a história de Aloísio e Ivone Ghiggino (foto), exemplos de dedicação e compromisso com o trabalho espírita.

Nesta conversa eles nos contam as suas trajetórias, ressaltando a importância de divulgar a Doutrina dos Espíritos com seriedade e embasados sempre nos ensinamentos de Allan Kardec.

O Consolador: Quais são seus nomes

completos?

Ivone Maria Molinaro Ghiggino e Aloísio Ghiggino.

O Consolador: Onde vocês nasceram?

Nascemos ambos na cidade do Rio de Janeiro.

O Consolador: Onde moram atualmente?

Ivone: Na mesma cidade, mas já moramos em vários outros locais, devido à profissão de meu pai (oficial do Exército Brasileiro) e à de Aloísio (oficial da Marinha Brasileira).

O Consolador: Qual sua formação escolar?

Ivone: Professora de língua e literatura neolatinas.

Aloísio: Oficial da Marinha.

O Consolador: Que cargos ou funções vocês já exerceram no Movimento Espírita?

Ivone: Vários, nos vários locais onde moramos, inclusive coordenando o Serviço de Apoio às Casas Espíritas, ligado à Área de Unificação do Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro (CEERJ), que é o órgão federativo de nosso estado.

Aloísio: Presidente do 5° Conselho Espírita de Unificação (30 Instituições Espíritas situadas na Zona Sul do Rio de Janeiro), diretor da Área de Unificação do Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro (CEERJ); Conselheiro da Fundação Cristã Espírita Cultural Paulo de Tarso, gestora da Rádio Rio de Janeiro, e membro do Conselho Fiscal do “Lar de Tereza”, Instituição Espírita Cristã de Estudo e Caridade.

O Consolador: Atualmente qual é a atividade que vocês estão desenvolvendo?

Ivone: Atualmente estou coordenando os estudos do Livro dos Médiuns e da Gênese, no Centro Espírita Lar de Tereza, em Copacabana, onde moramos. Coordeno também a Área de Educação do 5º Conselho de Unificação do CEERJ. Participo de programas na Rádio Rio de Janeiro. Além disso, faço muitos seminários, palestras e estudos em vários centos espíritas, aqui e em várias cidades e países.

Aloísio: Expositor espírita; coordenador de Grupos de Integração do ESDE no “Lar de Tereza”; membro da Comissão Diretora do CEERJ e participante de programas espíritas da Rádio Rio de Janeiro.

O Consolador: Quando vocês tiveram o primeiro contato com o Espiritismo?

Ivone: Ainda pequena (6 anos), quando fomos morar em Juiz de Fora (estado de Minas Gerais) devido à profissão de meu pai, que era oficial do Exército. E lá meus pais se tornaram espíritas, inclusive ficaram amigos de Chico Xavier.

Aloísio: Nascido em família católica, meu primeiro contato com o Espiritismo foi através de minha então namorada (com quem sou casado há quase 44 anos), que era de família espírita.

O Consolador: Algum fato ou circunstância especial propiciou esse contato?

Ivone: Não. Foi tudo naturalmente.

Aloísio: O tempo. Tudo ocorreu naturalmente.

O Consolador: Dos três aspectos do Espiritismo - ciência, filosofia, religião - qual o que mais os atrai?

Ivone: Os três, pois estão intimamente interligados.

Aloísio: Não consigo optar por qualquer um sem os demais. Porém, por minha formação, tenho a tendência de optar pelo raciocínio lógico, que pode ser interpretado como o científico.

O Consolador: Que autores espíritas mais lhes agradam? 

Ivone: Além das obras da Codificação e as que vêm através de Chico e Divaldo, gosto muito das escritas por Yvonne A. Pereira. Também aprecio as escritas por Hermínio Miranda e Jorge Andréa.

Aloísio: Citando os médiuns e autores encarnados: Chico Xavier, Divaldo Franco e Jorge Andréa.

O Consolador: Podem citar um livro espírita em especial que tenham lido e que tenha sido inesquecível?

Ivone: Sem dúvida, O Livro dos Espíritos.

Aloísio: Toda a Codificação, mas a obra que mais me toca é o Evangelho segundo o Espiritismo, cujo estudo tive a alegria de coordenar por cerca de sete anos, no Lar de Tereza.

O Consolador: Se tivessem de passar alguns anos num lugar remoto, com acesso restrito à atividade espírita, que livros pertinentes à doutrina vocês levariam?  

Ivone: Se possível, levaria as obras da Codificação Espírita, as de André Luiz, Emmanuel, Bezerra de Menezes, Humberto de Campos, Neio Lúcio e também as de Manoel Philomeno de Miranda e de Joanna de Ângelis.

Aloísio: As obras da Codificação kardequiana, por seu conteúdo inesgotável, redescoberto a cada releitura.

O Consolador: Quando vocês começaram a fazer exposições públicas no exterior e como isso aconteceu?

Há cerca de 12 anos. Um grande amigo, professor César Reis, sabendo que iríamos a Portugal, avisou os companheiros espíritas de lá, que se comunicaram conosco e organizaram extensa agenda, desde o Algarve até o norte, em Viana do Castelo. Desde aí os convites se sucederam rapidamente.

O Consolador: Como é feita a escolha dos temas a serem expostos?

Preferimos sempre que os temas sejam escolhidos pelos grupos locais, a fim de atendermos exatamente às suas necessidades. Às vezes, enviamos várias sugestões, caso nos peçam.

O Consolador: Este trabalho de vocês, fora do país, é como um compromisso assumido pelos dois com a espiritualidade?

Se é compromisso assumido anteriormente, não sabemos. Porém nós o realizamos com muita alegria e atenção, para executarmos o melhor possível essa tarefa que se nos apresentou.

O Consolador: O que os motiva a realizar esse trabalho?

Certamente para divulgar o Espiritismo, essa Doutrina tão esclarecedora e, por isso mesmo, tão consoladora. Além disso, o desejo de sermos úteis a irmãos de outras terras, buscando dirimir dúvidas e acrescentar-lhes informações, sempre (isso é importante!) embasadas na Codificação Espírita e nas obras complementares confiáveis, afastando “novidades perniciosas” e obras ditas espíritas que apenas desservem o ensinamento dos Espíritos Superiores, coordenados por Jesus.

O Consolador: Quantos países já foram visitados por vocês e quais estão na agenda para esta temporada?

Foram muitos os países na Europa, na América do Sul e também na América do Norte (Estados Unidos).

Em abril/maio deste ano estivemos duas semanas na Suíça (com uma “esticadinha” à Alemanha e à Áustria) e duas semanas na Itália. Em setembro, estivemos na Inglaterra, realizando uma série de tarefas espíritas.

O Consolador: Quando vocês voltam dessas viagens fora do Brasil, como é normalmente a bagagem que vocês trazem? Existe a sensação de dever cumprido?

Essa bagagem é enorme: consta da alegria de termos conhecido pessoas maravilhosas e estabelecido novas amizades, as quais certamente serão duradouras (muitas já são), e também a certeza de que pudemos ser úteis disseminando a Doutrina, além, é claro, do muito que aprendemos em cada viagem.

O Consolador: Em todos estes anos de trabalho espírita, existiu algum momento em que todo esse esforço pareceu não valer a pena?

Nunca. Sempre valeu muito a pena.

O Consolador: Com tantas atividades desenvolvidas ao longo dos anos, como foi conciliar trabalho, família e atividade espírita?

Realmente, precisamos manter o equilíbrio (como em tudo em nossa vida!) para conciliar nossas atividades na seara espírita com nossa família. Felizmente, tanto nossa filha como nosso genro são espíritas e, às vezes, também participam dessas viagens, ele inclusive também fazendo palestras.

O Consolador: Qual seria a mensagem do casal para os confrades espíritas envolvidos com o incessante trabalho de divulgar o Espiritismo?

Esforçar-se em transmitir os esclarecimentos da Doutrina Espírita como codificada por Kardec, com simplicidade, incentivando sempre o estudo e a prática do bem, pois isso irá desenvolver a energia da fé raciocinada, potencializada pela serenidade do cumprimento do dever universal de fraternidade.

O Consolador: Para finalizar, o que é o Espiritismo para vocês e qual é a importância que ele tem nas suas vidas?

Ele nos fortalece para praticarmos os ensinamentos do Cristo, encontrando aí não só a energia necessária para trilharmos o caminho da evolução, mas também a consolação diante dos obstáculos que se nos apresentam nesse trajeto. O Espiritismo, revivendo o Cristo, é importantíssimo em nossas vidas.


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita