O grupo de apóstolos reuniu inicialmente doze pessoas
1. Jesus congregou em torno de si doze discípulos diretos: André, irmão de Pedro; Bartolomeu; Filipe; João, irmão de Tiago maior; Judas Iscariote; Mateus (Levi); Simão Pedro (Cefas); Simão Cananeu, também chamado “O Zelote”; Judas Tadeu; Tiago maior, filho de Zebedeu; Tiago menor, filho de Alfeu, e Tomé (Dídimo).
2. Incumbidos de predicar o Evangelho ou Boa Nova, cada qual se imortalizou como enviado ou “apóstolo”. Esses Espíritos, chamados por Jesus para compor seu colégio apostolar, seriam os intérpretes de suas ações e de seus ensinos.
3. Pedro, André e Filipe eram filhos de Betsaida, de onde vinham igualmente Tiago e João, filhos de Zebedeu. Levi, Tadeu e Tiago, filhos de Alfeu e sua esposa Cleofas, parenta de Maria, eram nazarenos e amavam a Jesus desde a infância, sendo muitas vezes chamados de “irmãos do Senhor”, tendo em vista suas profundas afinidades afetivas. Tomé descendia de um antigo pescador de Dalmanuta, e Bartolomeu pertencia a uma laboriosa família de Caná da Galileia. Simão, mais tarde chamado “O Zelote”, havia deixado sua terra de Canaã para dedicar-se à pesca, e somente um deles, Judas, destoava um pouco desse concerto, pois nascera em Iscariote e se consagrara a um pequeno comércio em Cafarnaum, onde vendia peixes e quinquilharias.
4. O reduzido grupo de companheiros do Messias experimentou a princípio certas dificuldades para harmonizar-se. Mateus, que inicialmente era chamado de Levi, continuava nos seus trabalhos da coletoria local e Judas Iscariote prosseguia nos seus negócios, embora se reunissem diariamente aos demais companheiros, que viviam quase que constantemente com Jesus, junto às águas transparentes do Tiberíades.
Ao grupo inicial juntaram-se mais tarde Matias e Paulo
5. Mateus não era pescador, mas publicano, e se conservou na obscuridade enquanto o Cristo estava na Terra. Somente depois da ascensão do Senhor ele entrou em ação, pregando na Judeia e nos países vizinhos, até a dispersão dos apóstolos. Segundo Cairbar Schutel, Mateus teria aproveitado seus momentos de folga para escrever o Evangelho que leva seu nome.
6. Filho de Simão Iscariote, da cidade de Carioth, Judas era, segundo Humberto de Campos, um apaixonado pelas ideias socialistas de Jesus e entendia que a política seria a única arma com a qual poderia triunfar, além do que não conseguia conciliar a vitória com o desprendimento das riquezas. Ao entregar Jesus a Caifás, ele não imaginou que as coisas tomassem o rumo que tomaram e, em desespero, suicidou-se.
7. Irmão de André, Simão Pedro era pescador e, integrando o grupo desde o início, tornou-se uma espécie de intérprete dos apóstolos e aparentemente dos mais assíduos junto ao Mestre, que certamente por isso designou-o como a “pedra” sobre a qual edificaria sua igreja, conforme anotou Mateus (16:18).
8. Além dos doze apóstolos que integraram o grupo inicial cabe-nos mencionar dois discípulos que se juntaram mais tarde ao colégio apostólico: Matias e Paulo.
Paulo nasceu em Tarso, mas foi educado em Jerusalém
9. Matias substituiu Judas e pouco se sabe sobre seu trabalho antes dessa escolha, salvo que fora um dos 72 discípulos que o Senhor designou e enviou, dois a dois, adiante de si, a todas as cidades e lugares que pretendia visitar. Segundo uma tradição confirmada entre os gregos, após o Pentecostes, Matias pregou o Evangelho na Capadócia e para os lados do Ponto Euxino.
10. Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, e pertencia a uma família de judeus da seita farisaica. Educado em Jerusalém, foi discípulo de Gamaliel. Depois de liderar uma intensa perseguição aos cristãos, Paulo se converteu ao Cristianismo às portas de Damasco e, a partir daí, realizou um trabalho que não encontrou similar em nenhum dos demais apóstolos do Cristo.
11. Falar da missão de Paulo e de sua vigorosa personalidade não é tarefa fácil. Para conhecê-la em suas minúcias é indispensável a leitura do livro “Paulo e Estêvão”, de autoria de Emmanuel. Resumidamente, podemos dizer que a missão de Paulo de Tarso foi levar a Boa Nova aos gentios e, desse modo, universalizar o Cristianismo, trabalho que realizou com verdadeiro devotamento e imensos sacrifícios.
12. Na execução de sua missão, Paulo fez três grandes viagens indo a Bitínia, Capadócia, Cilícia, Frígia, Galácia, Lícia e a muitas outras localidades, inclusive Roma. E se imortalizou também por suas epístolas, em número de 14. Preso e conduzido a Roma, foi na capital do Império Romano que veio a desencarnar, vitimado por um golpe de espada que lhe fendeu a garganta e seccionou-lhe quase inteiramente a cabeça.
Respostas às questões propostas
1. Quem foram os primeiros apóstolos de Jesus?
Seus doze discípulos diretos, ou apóstolos, foram: André, irmão de Pedro; Bartolomeu; Filipe; João, irmão de Tiago maior; Judas Iscariote; Mateus (Levi); Simão Pedro (Cefas); Simão Cananeu, também chamado “O Zelote”; Judas Tadeu; Tiago maior, filho de Zebedeu; Tiago menor, filho de Alfeu, e Tomé (Dídimo).
2. O grupo de companheiros do Messias enfrentou dificuldades para harmonizar-se?
No início, sim.
3. Dos apóstolos iniciais, dez se encontravam quase que diariamente ao lado de Jesus. Como se chamavam os outros dois?
Mateus e Judas Iscariote.
4. Com a morte de Judas Iscariote, um dos discípulos foi escolhido para substituí-lo. Qual o seu nome?
Matias.
5. Quem foi Paulo e que fatos podemos destacar no seu trabalho apostolar?
Paulo nasceu em Tarso, na Cilícia, e pertencia a uma família de judeus da seita farisaica. Educado em Jerusalém, foi discípulo de Gamaliel. Depois de liderar uma intensa perseguição aos cristãos, Paulo se converteu ao Cristianismo às portas de Damasco e, a partir daí, realizou um trabalho que não encontrou similar em nenhum dos demais apóstolos do Cristo. Resumidamente, podemos dizer que a missão de Paulo de Tarso foi levar a Boa Nova aos gentios e, desse modo, universalizar o Cristianismo, trabalho que realizou com verdadeiro devotamento e imensos sacrifícios.
Bibliografia:
Boa Nova, de Humberto de Campos, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pp. 38 e 39.
Crônicas de Além-Túmulo, de Humberto de Campos, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pp. 41 e 42.
Vida e Atos dos Apóstolos, de Cairbar Schutel.
Vocabulário Histórico-Geográfico, de Roberto Macedo.