Diz um
ditado
popular
que
depois
da
tempestade
vem a
bonança,
e é esta
esperança
que dá
ânimo
aos que
se
debatem
nas
dificuldades
e
tropeços
da vida.
André
Luiz
(Espírito),
em seu
livro
Sinal
Verde,
psicografado
por
Francisco
Cândido
Xavier,
propõe
pensamento
bem
diverso:
“Depois
de um
problema,
aguardar
outros”,
ideia
que tem
pelo
menos o
mérito
de ser
mais
consentânea
com a
realidade
das
coisas.
De fato,
a vida é
uma
sucessão
de
dificuldades.
Nem bem
superamos
um
obstáculo
ou uma
vicissitude,
e lá vem
outra.
Isso
significa
que,
conquanto
jamais
devamos
perder
as
esperanças,
não
podemos
pensar
que a
existência
será, a
partir
de
amanhã,
um mar
de
rosas,
porque
essa
qualidade
dificilmente
é a
marca
das
experiências
que o
homem
enfrenta
no mundo
em que
vivemos.
As
razões
são
desfiladas
nas
linhas
que se
seguem.
O leitor
conhece,
por
certo,
este
outro
ditado:
“Há
males
que vêm
para
bem”.
Pois nós
podemos
dizer,
com
fundamento
nos
ensinamentos
espíritas,
que
todos os
males,
ou pelo
menos a
maioria,
vêm para
bem,
mostrando
aí uma
faceta
diferente
de algo
que
efetivamente
perturba
a
criatura
humana.
Ocorre
que
muitos
dos
chamados
males só
o são na
aparência.
Se
mudarmos
o ponto
de vista
pelo
qual se
encare
determinado
problema,
outra
ordem de
ideias
se
apresenta
e o
indivíduo
pode ver
que o
bem
frutifica
onde
menos se
espera.
Assim é
que
determinada
situação
receberá
análises
diametralmente
opostas
de um
materialista
e um
espiritista.
“A ideia
clara e
precisa
que se
faz da
vida
futura –
escreveu
Kardec
em O
Evangelho
segundo
o
Espiritismo,
cap. II,
item 5 –
dá uma
fé
inabalável
no
futuro,
e essa
fé tem
consequências
imensas
sobre a
moralização
dos
homens.”
A
existência
corpórea,
para
aquele
que se
coloca
na vida
espiritual,
não é
mais que
uma
passagem,
uma
estação
ligeira
num país
ingrato.
As
tribulações
que
enfrenta
são
incidentes
que ele
recebe
com
paciência,
porque
sabe que
serão
transitórias
e
seguidas
de um
estado
mais
feliz. A
morte
nada lhe
apresenta
de
apavorante,
porque
significa
não a
ruptura
dos
laços
sociais,
mas a
libertação
dos
grilhões
que o
prendem
ao vale
de
lágrimas
que são
os
planetas
como o
nosso.
Claro
que,
assim
pensando,
as
inquietações
serão
recebidas
com
maior
resignação
e isso
dá uma
tranquilidade
e uma
calma de
espírito
que
atenua
todas as
amarguras.
É, pois,
nesse
sentido
que
assiste
inteira
razão a
André
Luiz.
Depois
de um
problema,
aguarde
outros –
porque
aquilo
que
chamamos
problema
é,
geralmente,
a
solução
– e é
também
isso que
dá à
frase “a
maioria
dos
males
vem para
bem” um
valor
inquestionável,
porquanto
se os
chamados
males
impulsionam
o homem
para o
progresso,
força é
convir,
disso
resulta
um bem e
não um
mal.
|