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Estudo Sistematizado do Novo Testamento  Inglês  Espanhol

Ano 4 - N° 163 - 20 de Junho de 2010

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br

Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

O Evangelho segundo Marcos

Segundo livro do Novo Testamento

 Marcos (Discípulo de Pedro)

(Parte 2)

Damos continuidade nesta edição ao Estudo Sistematizado do Novo Testamento, que compreenderá o estudo dos Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João e do livro Atos dos Apóstolos. O estudo é baseado na versão em português do Novo Testamento que o leitor pode consultar a partir deste link: http://www.bibliaonline.com.br/tb.

As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto abaixo. 

Questões para debate

1. Quem foram, segundo Marcos, os doze discípulos de Jesus e que poder ele lhes deu?

2. Os escribas acusaram Jesus de ter parte com Belzebu; de outro modo, como poderia expulsar os demônios? Que resposta Jesus lhes deu?

3. Instado por seus discípulos, Jesus explicou-lhes o significado da parábola do semeador. Que foi que ele lhes disse então?

4. Que contém a parábola da semente?

5. Após a cura do endemoninhado feita por Jesus na província dos gadarenos, o povo pediu ao Mestre que saísse dos seus termos. O ex-enfermo, então em perfeito juízo, rogou-lhe que o levasse em seu barco. Jesus o atendeu?  

Texto para leitura

6. É lícito fazer o bem no sábado? - Jesus entrou, depois, na sinagoga, onde havia um homem que tinha uma das mãos mirrada. Como era dia de sábado, os fariseus o observavam para poderem acusá-lo de violar o sábado, caso ele fizesse alguma coisa. O Mestre dirigiu-se ao homem, dizendo: “Levanta-te e vem para o meio”. E, em seguida, perguntou aos que estavam presentes: “É lícito no sábado fazer bem, ou fazer mal? salvar a vida, ou matar?” Eles calaram-se. Jesus, então, olhando para eles com indignação e condoendo-se da dureza do seu coração, disse ao homem: “Estende a tua mão”. Ele a estendeu, e a mão ficou sã como a outra. Os fariseus ficaram indignados e, saindo dali, tomaram logo conselho com os herodianos contra Jesus, procurando ver como o matariam. O Mestre retirou-se então com os seus discípulos para o mar, sendo seguido por uma grande multidão da Galileia, da Judeia e de outros lugares. (Marcos, 3:1 a 3:7.) 

7. Os espíritos imundos diziam que Jesus era o Filho de Deus - Como já vimos, todos quantos tinham algum mal, alguma enfermidade, se arrojavam sobre Jesus, para o tocarem, mas os espíritos imundos, vendo-o, prostravam-se diante dele, e clamavam dizendo: Tu és o Filho de Deus, motivo pelo qual o Mestre os ameaçava muito, para que não o manifestassem. (Marcos, 3:11 e 3:12.) 

8. A verdadeira família de Jesus - Após haver respondido aos escribas que o acusavam de ter parte com Belzebu, chegaram seus irmãos ([1]) e sua mãe e mandaram-no chamar. Alguém então lhe disse: Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram, e estão lá fora. Jesus lhes respondeu, dizendo: “Quem é minha mãe e meus irmãos?” E, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, acrescentou: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Porquanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe”.  (Marcos, 3:31 a 3:35.) 

9. Ninguém bota a candeia debaixo do alqueire - Havendo explicado aos seus discípulos o verdadeiro significado da parábola do semeador, Jesus perguntou-lhes: “Vem porventura a candeia para se meter debaixo do alqueire, ou debaixo da cama? não vem antes para se colocar no velador? Porque nada há encoberto que não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça”. Dito isto, o Mestre acrescentou: “Atendei ao que ides ouvir. Com a medida com que medirdes vos medirão a vós, e ser-vos-á ainda acrescentada. Porque ao que tem, ser-lhe-á dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado”. (Marcos, 4:21 a 4:25.)

10. Jesus acalma o vento e aplaca o temporal - Jesus sempre se dirigia ao povo valendo-se de parábolas, e sem parábolas nunca lhe falava; porém tudo declarava em particular aos seus discípulos. Ocorreu então, certa vez, um fato que muito surpreendeu a estes. Após deixarem a multidão em terra, foram os discípulos e Jesus para o barco. Levantou-se então um grande temporal, o que fez com que as ondas subissem por cima da embarcação, ameaçando fazê-la submergir. Como Jesus dormisse na popa, os discípulos o despertaram, rogando-lhe ajuda. O Mestre, então, despertou, repreendeu o vento e disse ao mar: “Cala-te, aquieta-te”. E o vento se aquietou e houve grande bonança, após o que ele lhes perguntou: “Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?” Seus discípulos sentiram um grande temor e disseram uns aos outros: “Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Marcos, 4:33 a 4:41.)

Respostas às questões propostas 

1. Quem foram, segundo Marcos, os doze discípulos de Jesus e que poder ele lhes deu?  

Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago e João, filhos de Zebedeu; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, o que o entregou. O Mestre lhes outorgou o poder de curar as enfermidades e expulsar os demônios. (Marcos, 3:13 a 3:19.)

2. Os escribas acusaram Jesus de ter parte com Belzebu; de outro modo, como poderia expulsar os demônios? Que resposta Jesus lhes deu?  

Chamando-os a si, Jesus disse-lhes por parábolas: Como pode Satanás expulsar Satanás? Se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode subsistir; e se uma casa se dividir contra si mesma, tal casa não pode subsistir. E se Satanás se levantar contra si mesmo, e for dividido, não pode subsistir; antes terá fim. (Marcos, 3:21 a 3:30.)

3. Instado por seus discípulos, Jesus explicou-lhes o significado da parábola do semeador. Que foi que ele lhes disse então?  

Eis como Jesus explicou a parábola: O que semeia, semeia a palavra; os que estão junto do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo-a eles ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada nos seus corações. Da mesma forma os que recebem a semente sobre pedregais; os quais, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem; mas não têm raiz em si mesmos, antes são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição, por causa da palavra, logo se escandalizam. E outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra; mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e ela fica infrutífera. E os que recebem a semente em boa terra são os que ouvem a palavra e a recebem, e dão fruto, um a trinta, outro a sessenta, outro a cem, por um. (Marcos, 4:2 a 4:20.)

4. Que contém a parábola da semente?  

O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra. E dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como. Porque a terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio na espiga. E, quando já o fruto se mostra, mete-se-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa. E dizia: A que assemelharemos o reino de Deus? ou com que parábola o representaremos? É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra; mas, tendo sido semeado, cresce; e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra. (Marcos, 4:26 a 4:32.)

5. Após a cura do endemoninhado feita por Jesus na província dos gadarenos, o povo pediu ao Mestre que saísse dos seus termos. O ex-enfermo, então em perfeito juízo, rogou-lhe que o levasse em seu barco. Jesus o atendeu?  

Não. Jesus não o atendeu, mas lhe disse: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti. E ele foi, e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilharam. (Marcos, 5:2 a 5:20.)


 

([1]) No Evangelho segundo Marcos nunca se fala do “pai” de Jesus. O vocábulo “irmãos” que aparece no versículo refere-se a parentes do Mestre, provavelmente primos (cf. “Bíblia – Mensagem de Deus”, Edições Loyola, pág. 59).


 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita