1. No instante em que Jesus era preso, Simão Pedro feriu um dos servos do sumo sacerdote. Como se chamava o servidor ferido?
2. Uma vez preso, aonde Jesus foi conduzido primeiro?
3. Simão Pedro seguiu Jesus a distância. Havia algum outro discípulo com ele?
4. Levado por seus acusadores até Pilatos, este perguntou a Jesus: “Que fizeste?” Que resposta lhe deu o Messias?
5. Quem, segundo João, levou até o Gólgota a cruz destinada ao Mestre?
Texto para leitura
39. Jesus roga a proteção do Pai para os homens do mundo - Momentos antes de ser preso, Jesus, levantando seus olhos ao céu, orou: “Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti; assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. Lembrando, em suas palavras, que havia glorificado o nome do Pai e manifestado o Seu nome aos homens do mundo, Jesus pediu: “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou glorificado”. “Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.” (João, 17:1 a 17:13.)
40. Jesus afirma não pertencer a este mundo - Em sua súplica, Jesus não pede a Deus que tire os homens do mundo, mas que os livre do mal. “Não são do mundo, como eu do mundo não sou”, afirmou o Mestre. “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.” Encerrando sua oração, Jesus suplica: “Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me hás amado antes da fundação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim. E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja”. (João, 17:14 a 17:26.)
41. Jesus se entrega pacificamente aos asseclas do sumo sacerdote - Após a ceia pascal, Jesus saiu com seus discípulos para além do ribeiro de Cedrom, onde havia um horto, no qual entrou com seus discípulos. Judas, que conhecia bem aquele lugar, após receber a coorte e os oficiais dos sacerdotes e fariseus, dirigiu-se para ali com lanternas, archotes e armas. Jesus, ciente de como as coisas haviam de acontecer, adiantou-se e perguntou: “A quem buscais?” Eles responderam: “A Jesus Nazareno”. Jesus lhes disse: “Sou eu”. Judas, que o traía, estava com eles. Ao ouvirem as palavras: “Sou eu”, os homens recuaram e caíram por terra. Jesus tornou a perguntar: “A quem buscais?” Eles responderam: “A Jesus Nazareno”. Jesus então lhes disse: “Já vos disse que sou eu; se pois me buscais a mim, deixai ir estes” – para que se cumprisse assim a palavra que tinha dito: “Dos que me deste nenhum deles perdi”. (João, 18:1 a 18:9.)
42. Ouvido pelo sumo sacerdote, o Mestre é levado a Pilatos - Levado primeiramente a Anás, sogro de Caifás, que era então o sumo sacerdote, este interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. O Mestre respondeu-lhe: “Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se ajuntam, e nada disse em oculto. Para que me perguntas a mim? Pergunta aos que ouviram o que é que lhes ensinei; eis que eles sabem o que eu lhes tenho dito”. Ao ouvir essa resposta, um dos criados que ali estavam deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim respondes ao sumo sacerdote? Respondeu-lhe Jesus: “Se falei mal, dá testemunho do mal; e, se bem, por que me feres?” Anás mandou-o, então, maniatado, a Caifás. Simão Pedro estava próximo e se aquentava, quando alguém lhe perguntou se ele era um dos discípulos de Jesus. Pedro negou que o fosse. Em seguida, um dos servos do sumo sacerdote, parente de Malco, a quem Pedro cortara a orelha, disse: “Não te vi eu no horto com ele?” Pedro negou outra vez, e logo o galo cantou. O Mestre foi levado então para a audiência com Pilatos, que perguntou aos seus acusadores que acusação traziam contra Jesus. “Se este não fosse malfeitor, não to entregaríamos”, responderam-lhe os partidários do sumo sacerdote. Disse-lhes então Pilatos: “Levai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei”. Eles responderam: “A nós não nos é lícito matar pessoa alguma”. Pilatos, então, chamou a Jesus e perguntou-lhe: “Tu és o Rei dos Judeus?”. Jesus respondeu: “Tu dizes isso de ti mesmo, ou disseram-to outros de mim?” (João, 18:18 a 18:34.)
43. Meu reino não é deste mundo, disse Jesus a Pilatos - Depois de afirmar a Pilatos que seu reino não era deste mundo, porque, se o fosse, seus servos pelejariam para que ele não fosse entregue aos judeus, Pilatos indagou: “Logo tu és rei?” E Jesus reafirmou: “Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz”. O governador da Judeia perguntou-lhe, então: “Que é a verdade?” Mas, antes que Jesus lhe respondesse, tornou a ir até os judeus para dizer-lhes: “Não acho nele crime algum. Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela páscoa. Quereis pois que vos solte o Rei dos Judeus?” Então todos tornaram a clamar, dizendo: “Este não, mas Barrabás”, que, segundo o evangelista João, era um salteador. (João, 18:36 a 18:40.)
44. Pilatos cede à pressão dos sacerdotes e entrega Jesus - Pilatos açoitou a Jesus, e os soldados lhe puseram sobre a cabeça uma coroa de espinhos, vestindo-o com uma veste de púrpura. Diziam então para ironizá-lo: “Salve, Rei dos Judeus” e davam-lhe bofetadas. Pilatos saiu outra vez e disse à multidão: “Eis aqui vo-lo trago fora, para que saibais que não acho nele crime algum”. Vendo-o, porém, os principais dos sacerdotes e os servos clamaram, dizendo: “Crucifica-o, crucifica-o”. Pilatos disse-lhes: “Tomai-o vós, e crucificai-o; porque eu nenhum crime acho nele”. Os judeus explicaram: “Nós temos uma lei, e, segundo a nossa lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus”. Ao ouvir essa frase, Pilatos ficou atemorizado e, entrando outra vez na audiência, perguntou a Jesus de onde ele era. Jesus não respondeu. Disse Pilatos: “Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar?” Respondeu-lhe o Mestre: “Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem”. Desde esse momento Pilatos procurava um meio de soltá-lo, mas os judeus clamavam, dizendo: “Se soltas este, não és amigo do César; qualquer que se faz rei é contra o César”. Pilatos levou, então, Jesus para fora e, como era a preparação da páscoa, quase à hora sexta, disse aos judeus: “Eis aqui o vosso Rei”. Mas eles bradaram: “Tira, tira, crucifica-o”. “Não temos rei, senão o César.” Pilatos entregou-o então para ser crucificado, e a turba tomou a Jesus e o levou. (João, 19:1 a 19:16.)
45. A inscrição posta no alto da cruz foi escrita por Pilatos - Na cruz onde Jesus foi pregado, Pilatos pôs uma inscrição escrita por ele mesmo: JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS, e muitos dos judeus leram este título, porque o lugar onde Jesus foi crucificado ficava próximo da cidade e a frase estava escrita em hebraico, grego e latim. Os sacerdotes protestaram junto a Pilatos: “Não escrevas: Rei dos Judeus, mas que ele disse: Sou Rei dos Judeus”. Respondeu-lhes Pilatos: “O que escrevi, escrevi”. Uma vez crucificado Jesus, os soldados tomaram os seus vestidos e os dividiram em quatro partes, para cada soldado uma parte, menos a túnica, que não tinha costura, tecida que fora de alto a baixo. Decidiram então não rasgá-la, mas lançar sortes para ver com quem ela ficava, a fim de que se cumprisse a Escritura que diz: Dividiram entre si os meus vestidos, e sobre a minha vestidura lançaram sortes. (João, 19:19 a 19:24.)
Respostas às questões propostas
1. No instante em que Jesus era preso, Simão Pedro feriu um dos servos do sumo sacerdote. Como se chamava o servidor ferido?
O nome do servo era Malco. Mas, diante do fato, Jesus disse a Pedro: Põe a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu? (João, 18:10.)
2. Uma vez preso, aonde Jesus foi conduzido primeiro?
Ele foi levado primeiramente a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano. Caifás foi quem tinha aconselhado aos judeus que convinha que um homem morresse pelo povo. (João, 18:12 a 18:14.)
3. Simão Pedro seguiu Jesus a distância. Havia algum outro discípulo com ele?
Sim. E esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote. (João, 18:15 a 18:17.)
4. Levado por seus acusadores até Pilatos, este perguntou a Jesus: “Que fizeste?” Que resposta lhe deu o Messias?
Respondeu-lhe Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui. Disse-lhe, então, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. (João, 18:33 a 18:37.)
5. Quem, segundo João, levou até o Gólgota a cruz destinada ao Mestre?
Segundo João, foi Jesus mesmo quem levou às costas a sua cruz, até o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota, onde o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado. (João, 19:16 a 19:18.)