A. Qual é a causa da morte nos seres orgânicos?
B. Como podemos definir os Espíritos?
C. Os Espíritos possuem uma forma determinada?
D. Qual é o mais importante na ordem das coisas: o mundo dos Espíritos ou o mundo corpóreo?
Texto para leitura
56. A causa da morte nos seres orgânicos é a exaustão dos órgãos. Pode-se comparar a morte à cessação do movimento numa máquina desarranjada: se o corpo estiver doente, a vida se esvai. (L.E., 68 e 68-A)
57. O fluido vital dá a todas as partes do organismo uma atividade que lhes permite comunicarem-se entre si, no caso de certas lesões, e restabelecerem funções momentaneamente suspensas. Mas, se os elementos essenciais do funcionamento dos órgãos foram destruídos, ou profundamente alterados, o fluido vital não pode transmitir-lhes o movimento da vida, e o ser morre. (L.E., 70)
58. A quantidade de fluido vital não é a mesma em todos os seres orgânicos. Essa quantidade se esgota e pode tornar-se incapaz de entreter a vida, se não for renovada pela absorção e assimilação de substâncias que o contêm. (L.E., 70)
59. O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tem em maior quantidade pode dá-lo ao que o tem menos e, em certos casos, fazer voltar uma vida prestes a se extinguir. (L.E., 70)
60. A inteligência não é atributo do princípio vital, pois as plantas vivem e não pensam. Sua fonte é a inteligência universal. (L.E., 71 e 72)
61. O instinto é uma espécie de inteligência. É uma inteligência não-racional, e é por ele que todos os seres proveem às suas necessidades. (L.E., 73)
62. O instinto sempre existe nos indivíduos, independente do progresso intelectual, mas o homem o negligencia. O instinto pode conduzir o homem ao bem, porque ele nunca se engana. (L.E., 75)
63. A razão, ao contrário do instinto, não é sempre um guia infalível porque às vezes encontra-se falseada pela má-educação, pelo orgulho e o egoísmo. O instinto é não-racional; a razão permite ao homem escolher, dando-lhe o livre-arbítrio. (L.E., 75-A)
64. Os Espíritos, seres inteligentes da criação, são individualizações do princípio inteligente, assim como os corpos são individualizações do princípio material. Desconhecem-se, apenas, a época e a maneira dessa formação. (L.E., 79)
65. A criação dos Espíritos é permanente, o que quer dizer que Deus jamais cessou de criar. (L.E., 80)
66. A existência dos Espíritos não tem fim. (L.E., 83)
Respostas às questões propostas
A. Qual é a causa da morte nos seres orgânicos?
O esgotamento dos órgãos. A morte pode se comparar à cessação do movimento de uma máquina desorganizada, porque, se a máquina está mal montada, cessa o movimento; se o corpo está enfermo, a vida se extingue. (O Livro dos Espíritos, questão 68.)
B. Como podemos definir os Espíritos?
Os Espíritos são os seres inteligentes da criação, os quais povoam o Universo, fora do mundo material. (Obra citada, questões 76 a 79.)
C. Os Espíritos possuem uma forma determinada?
Para nós, os encarnados, não; para eles, os desencarnados, sim. O Espírito é, para nós, como uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea, cuja coloração vai do colorido escuro e opaco a uma cor brilhante, qual a do rubi, conforme o Espírito seja mais ou menos puro. (Obra citada, questões 88 a 91.)
D. Qual é o mais importante na ordem das coisas: o mundo dos Espíritos ou o mundo corpóreo?
O mundo espírita, que preexiste e sobrevive a tudo, é o principal. A rigor, o mundo corporal poderia até deixar de existir, ou nunca ter existido, sem com isso alterar a essência do mundo espírita. Mas, embora independentes, é constante a correlação entre ambos, porquanto um sobre o outro incessantemente reagem. (Obra citada, questões 85 e 86.)