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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 6 - N° 289 - 2 de Dezembro de 2012
KATIA FABIANA FERNANDES
kffernandes@hotmail.com
Londres, Inglaterra
 

 
Antônio da Cruz Leal: 

“O Espiritismo é a luz do meu caminho” 

Radicado em Londres, o confrade fala sobre sua iniciação no Espiritismo e o trabalho que vem desenvolvendo na capital inglesa
 

Antônio da Cruz Leal (foto), ou simplesmente Antônio Leal, como é conhecido, nasceu em Aveiro, Portugal, mas reside em Londres desde 1991. Há 18 anos é trabalhador espírita, sendo membro fundador do Solidarity Spiritist Society e também um dos colaboradores da British Union Spiritist   Societies   (BUSS),   que   coordena   o

movimento espírita britânico. 

Ao longo de todos esses anos, com muita dedicação, vem desenvolvendo importante trabalho, seja no departamento de estudos, na área de audiovisuais, seja na campanha de Natal, chamada Operation Christmas Child, sobre a qual ele fala com muito carinho e  entusiasmo nesta entrevista. 

Tendo nascido em Portugal, conte-nos como veio para a Inglaterra. 

Foi todo um processo que se iniciou em 1987, depois de ter ficado isento de prestar serviço militar, o qual ainda era obrigatório em Portugal. No seguimento de várias estadas em alguns países europeus, as quais sempre foram por mais de um mês e pelo interesse que a cultura britânica despertou em mim, em 1991 decidi tentar residir em Londres, sendo este um plano a longo prazo. Foi uma opção com equilíbrio, pois em Aveiro e Portugal em geral deparava-me com uma certa falta de horizontes. Por outro lado, o mundo abriu-se e, como já era fluente em língua inglesa, as possibilidades foram grandes e tudo deu certo logo de início. 

Qual a sua formação escolar?  

Sou formado em Gestão de Turismo e concluí também alguns cursos profissionalizantes em gestão de recursos humanos e empresas. 

Fale-nos dos cargos ou funções que você já exerceu no movimento espírita. 

Desde cedo os convites ao trabalho vieram na minha direção. Sou membro fundador do Solidarity Spiritist Group, que completou 15 anos de existência, no qual já fui vice-presidente e integrei comissões de trabalho em vários projetos. Na BUSS, que é o nosso órgão federativo, já fui tesoureiro e conselheiro.  

Atualmente qual é a sua atividade? 

No Solidarity Spiritist Group, atuo na coordenação de estudos e de um projeto voltado à prática de caridade, bem como no atendimento fraterno. Na BUSS tenho coordenado audiovisuais em eventos públicos de larga escala e coordeno o projeto de caridade em auxilio à campanha Operation Christmas Child.  

Quando você teve seu primeiro contacto com o Espiritismo? 

Foi há cerca de 18 anos. Devo dizer, contudo, que em Portugal e por intermédio da família desde cedo conheci variantes do espiritualismo, as quais nesses tempos eram conhecidas como “Espiritismo”, o que, com os estudos, reconheci ser um erro. 

Houve algum fato ou circunstância especial que haja propiciado esse contacto? 

A maior razão foi decorrente das dúvidas em relação à interpretação da vida em geral que ficaram com todo o contato com o espiritualismo em Portugal. Acreditava em fatalidade e mistificava muitos fatos da vida. Era como que se um elo de ligação faltasse para poder caminhar com segurança. Posso dizer que foi através da dor e pela mão de uma boa amiga que conheci o Espiritismo. Senti em mim que havia todo um espaço preparado para receber o aprendizado. Foi então que as dúvidas do passado foram esclarecidas e a “verdade libertou-me”. 

Qual foi a reação de sua família? 

Foi boa e favorável, mas na verdade ninguém entendeu verdadeiramente o passo à frente que eu estava dando. 

Dos três aspectos do Espiritismo - ciência, filosofia, religião - qual o que mais o atrai? 

É com certeza a religião, embora o aspecto científico tenha sido o grande objeto do meu estudo e de exposições. 

Pode citar um livro espírita que seja para você inesquecível. Por quê? 

“50 Anos Depois”, de autoria do Espírito Emmanuel, porque foi a primeira obra espírita da minha vida e sensibilizou-me profundamente. 

Você é o coordenador da campanha Operation Christmas Child 2012, organizada mundialmente pelos Samaritanos. Como essa campanha funciona? 

A proposta da Operation Christmas Child (O.C.C.) é de uma pessoa transformar uma caixa de sapatos em um presente para uma criança. No Reino Unido, muitas igrejas, escolas organizações e o público em geral aderem a essa campanha. Várias dessas organizações funcionam também como centros de coleta das caixinhas e dos presentes, as quais, tendo o prazo de entrega expirado, são recolhidas pela rede dos Samaritans Purse para os centros de processamento nacionais. Depois de toda uma verificação do conteúdo ser feita, as caixas passam então para a logística feita pelos próprios Samaritans Purse. Na ano passado o Reino Unido contribuiu com 1,1 milhão de caixinhas, as quais se destinaram ao Leste da Europa, Ásia Central e África. 

Há quantos anos os grupos espíritas do Reino Unido vêm participando da Campanha? 

Este é o sétimo ano em que levamos adiante essa iniciativa e gradativamente foi aumentando a aderência por parte dos Centros Espíritas.  

Como aconteceu essa aproximação com os Samaritanos? 

No ano de 2005 dois amigos espíritas aqui em Londres apresentaram e conseguiram envolver alguns confrades na O.C.C. No ano seguinte notamos que isso não estava acontecendo e decidimos no Solidarity Spiritist Group fazer a campanha, envolvendo também outro Centro Espírita em que nossos filhos frequentavam a Evangelização Infantil aos domingos. Desde então a campanha cresceu bastante e hoje contam-se mais de 2.500 crianças que já receberam um presente de Natal preparado pelos confrades espíritas residentes no Reino Unido. Dois grandes fatores que nos encorajaram a seguir com esta campanha são a grande competência organizacional e a forte credibilidade internacional que os Samaritans Purse International Relief possuem.  

Ao longo dos anos a campanha cresceu? E qual é a expectativa para o Natal deste ano? 

Não obstante os desafios que cada ano trouxe, até hoje a campanha tem crescido sempre e em ritmo franco. Todos os anos questionamo-nos se vamos conseguir fazer mais e melhor. No auge da crise econômica tememos que a taxa de crescimento baixasse, mas foi mesmo uma questão de fé e conseguimos subir bastante o número de crianças que ajudamos. Devo, contudo, dizer que o número de caixinhas que fazemos é bastante importante, mas o número de espíritas que participam da campanha é igualmente um dos grandes objetivos desse trabalho, pois trata-se da prática da caridade na vida dos participantes. Se os números subirem de novo este ano, isto é, se passarmos a barreira dos setecentos, mostraremos que, mais uma vez, quando trabalhos juntos, o Amor torna-se mais forte e consegue mover barreiras. 

De todos estes anos de campanha, o que ficou de mais importante para você? 

Este trabalho é muito importante na minha vida. Demos-lhe estrutura e identidade e hoje ele caminha pelas suas próprias pernas. Sempre fomos muito bem recebidos em todos os Centros Espíritas que aderem à campanha e para todos o nosso obrigado. Muitas amizades foram feitas e outras cresceram. Sei que temos valiosos (as) colaboradores (as), o que é o resultado de dividir as experiências e o trabalho. O carinho e confiança de todos têm sido para mim muito gratificante, mas também um termo de responsabilidade à qual tento corresponder. O mais importante e inspirador é ver o sorriso das crianças ao receberem o seu presentinho, o qual, para muitas delas, é o primeiro de suas vidas. 

Para finalizar nossa entrevista, diga-nos: o que é o Espiritismo pra você? Qual é a importância que ele tem em sua vida? 

O Espiritismo é a luz do meu caminho. Com a Doutrina vieram valores renovados e a Fé que me mantém de pé. Não existe caminho de volta, pois tudo passou a ser progresso e conquistas. O que mais agradeço a Deus é de ter construído a família dentro da Casa Espírita e ver os filhos crescerem já com a Doutrina no coração. A Jesus, o meu grande obrigado pelo chamamento. Agradecemos à revista O Consolador pela atenção e carinho, e fazemos votos para que a voz da compaixão que grita dentro de nós nos conduza no caminho da prática da caridade e do amor.




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita