Walkiria
concedeu-nos a
entrevista
seguinte.
Fale-nos do seu
início nas
atividades
doutrinárias nos
Estados Unidos.
A princípio
procurei pela
internet uma
Casa Espírita
mais próxima e
encontrei a
Christian
Spiritist
Community of
Atlanta (CECA),
na cidade de
Mableton, a 40
minutos de minha
casa, numa
região onde
moram muitos
brasileiros.
Passados 3 anos,
fui convidada a
ministrar uma
palestra na
Renovation
Spiritist in
Atlanta (SER).
Naquela fase a
CECA estava com
poucas propostas
de estudos e me
via desejosa de
mais estudos, o
que a Sociedade
Espírita
Renovação (SER)
me proporcionou.
Não posso deixar
de mencionar que
a CECA já
retomou o
processo de
estudos e que
tenho imensa
gratidão àquela
Casa que me
recebeu e me
orientou muito
para o trabalho
que hoje
desenvolvo na
SER.
As propostas
espíritas são
bem recebidas
nos Estados
Unidos?
Diferente do
Brasil, onde a
Doutrina
Espírita é
confundida com
as religiões
afrodescendentes,
muitos a
identificam aqui
com o
Espiritualismo e
o Esoterismo.
Mas temos
observado que
não é essa gama
de pessoas que
nos procuram,
até porque, de
uma forma ou de
outra, já se
sentem mais em
paz e menos
materialistas.
Ao contrário do
que pensávamos,
são os
descrentes das
religiões
tradicionais é
que nos
procuram.
Decepcionados
com respostas
vazias ou
dogmáticas, não
encontrando o
consolo para
suas aflições,
encontram na
Doutrina
Espírita
princípios e
leis superiores,
revelações e
conceitos novos
do Universo, dos
homens e dos
Espíritos,
objetivando suas
vidas e
explicando suas
dores e
sofrimento.
Fale-nos sobre a
Sociedade
Espírita
Renovação.
A Renovation
Spiritist
Society, ou
Sociedade
Espírita
Renovação (SER),
é uma
organização sem
fins lucrativos,
fundada em 17 de
janeiro de 2007,
com o propósito
de divulgar o
estudo e a
prática Espírita
codificada por
Allan Kardec,
considerando o
seu triplo
aspecto
(ciência,
filosofia e
religião) e
servir à
Humanidade.
Nosso propósito
é colocar em
prática o
Evangelho de
Jesus e espalhar
os ensinamentos
dos Espíritos de
Luz. A SER é
particularmente
devotada ao
estudo da
Doutrina
Espírita e à sua
aplicação no dia
a dia.
Existem
palestras
públicas? Como
são realizados
os estudos no
Centro?
As palestras
públicas têm uma
particularidade:
são realizadas
aos domingos,
pois os
americanos não
concebem a ideia
de um contato
com Deus que não
seja nas manhãs
de domingo.
Temos então duas
palestras
simultâneas nas
manhãs de
domingo: uma em
português e uma
em inglês,
acompanhadas
pela
Evangelização
infantil e
seguidas pelo
passe e água
fluidificada. Os
estudos em
português são
realizados
basicamente aos
sábados.
Como são
formatados os
estudos?
O iniciante
começa com
Noções Básicas e
Reforma Íntima.
O segundo
módulo, O Livro
dos Espíritos e
o passe, onde o
estudante já
pode iniciar-se
no trabalho
propriamente
dito. O terceiro
módulo, O
Evangelho
segundo
Espiritismo e
Corrente
Magnética, e o
quarto módulo, O
Livro dos
Médiuns. O
quinto módulo, O
Céu e o Inferno
e Diálogo com as
Sombras, saindo
desse grupo os
possíveis
esclarecedores.
O sexto módulo:
A Gênese e o
Manual da
Psicografia, de
onde sairão os
possíveis
psicógrafos. O
sétimo módulo:
Triagem,
Fluidoterapia e
Ectoplasmia.
Esses mesmos
estudos são
oferecidos aos
americanos às
quartas-feiras,
o que condiz na
cultura deles
com o dia de
Estudos
Bíblicos.
Pode explicar o
que é “Corrente
Magnética”?
Corrente
Magnética é onde
os trabalhadores
que afloraram a
mediunidade
iniciam-se nos
trabalhos
mediúnicos.
Os
estadunidenses
participam
ativamente
desses
encontros?
Em nossa casa,
particularmente,
temos três
americanos que
concluíram esses
estudos e
trabalham
assiduamente,
temos
dois
americanos em
processo de
estudo e um
casal de
hispânicos e
dois americanos frequentando.
Como eles reagem
a partir do
contato com a
Doutrina
Espírita?
Os americanos
que nos chegam
vêm por meio de
amigos ou
cônjuges
brasileiros.
Estamos ainda
muito no início
desse trabalho
junto aos
americanos. Mas
nosso projeto é
ambicioso, na
reforma de nossa
nova sede
construímos uma
sala espaçosa
para as
palestras e
aulas em inglês,
que serão
filmadas e
divulgadas em
nosso site
www.atlantaespirita.com
com o objetivo
de levar o
Consolador aos
nossos irmãos
americanos. A
cidade de
Atlanta possui
apenas três
Casas Espíritas,
porém em outros
estados a
Doutrina
Espírita tem
alcançado um
número
expressivo de
americanos
espíritas. Posso
citar Nova
Jersey, Boston,
São Francisco e
principalmente a
Flórida, onde
muitas casas
espíritas foram
abertas pelos
irmãos
hispânicos e
brasileiros.
Existem outras
instituições
espíritas
vinculadas ao
seu trabalho?
Quais?
Trabalhamos em
conjunto com
Christian
Spiritist
Community of
Atlanta (CECA).
Nosso trabalho
basicamente com
a casa citada é
no planejamento
e na execução
dos Congressos
Espíritas em
Atlanta, dos
quais já houve 5
edições, todas
na cidade de
Marietta, forte
núcleo de
brasileiros na
Geórgia, sempre
no mês de
agosto. Nesse
trabalho
contamos com
expositores
brasileiros e
americanos
residentes em
outros estados
da América do
Norte, e com
alguns
palestrantes
vindos
diretamente do
Brasil.
Fale-nos sobre o
grupo de
trabalhadores
espíritas que
sustentam essas
atividades.
O grupo que
dirige nossa
casa é formado a
partir do
estatuto que a
maioria das
casas ligadas à
FEB adota.
Compõe-se de
cinco diretores,
que se revezam
de dois em dois
anos. No momento
os diretores
são: Gerval
Silva, Fátima
Connighton,
Marcelo Lima,
Robinson Viera
dos Santos e
Sônia Souza.
Quanto à
sustentação
financeira, os
associados
contribuem com
pequeno valor
fixado ou
importância
superior.
Vocês fazem
eventos
promocionais
para arrecadar
verbas?
Fazemos de dois
em dois meses um
almoço, que foi
nomeado de Dia
do SER, onde
praticamos uma
confraternização
com todos os
frequentadores,
estudantes,
trabalhadores e
amigos e assim
somamos esforços
financeiros e
fraternos.
Tivemos a nossa
terceira edição
de baile e
jantar dançante
temáticos, que
foram de grande
sucesso. Nesses
eventos
recebemos uma
média de 150
pessoas, o que
resultou na
possibilidade da
compra de nossa
casa.
Sempre a
literatura
espírita está
presente nas
instituições em
que trabalha?
Sim, todos os
nossos trabalhos
estão
fundamentados na
Codificação e
nas obras
complementares.
Nosso maior
problema está em
adquirir novos
livros.
Aproveitamos a
ida de amigos ao
Brasil ou
compramos por
meio de alguns
sites.
Já existem
distribuidoras
de livros
espíritas nos
Estados Unidos?
Existe uma
pequena
distribuidora em
Boston, que nos
auxilia a
adquirir alguns
livros. Mas
acredito
fundamentalmente
que nosso maior
problema está na
falta de livros
espíritas
traduzidos para
o inglês.
Há procura de
irmãos de outras
nações aí
radicados para
os estudos da
Doutrina?
Como disse,
nossa casa ainda
é muito nova,
apenas 5 anos de
existência, mas,
pelos relatos de
companheiros
espíritas de
outros estados,
vemos que o
movimento é
grande entre os
irmãos
hispânicos.
O número médio
de
frequentadores
das reuniões
e/ou estudos
gira em torno de
quantas pessoas?
Em nossa Casa
nas reuniões
públicas temos
uma média de 40
pessoas, nos
grupos de
estudos
atualmente temos
25 alunos. Temos
uma expectativa
que a partir do
ano que vem, com
o espaço maior,
possamos abrir
novos cursos.
Como surgiram as
Casas Espíritas
em que você
atuou ou atua?
A Christian
Spiritist
Community of
Atlanta (CECA)
nasceu no
pequeno
apartamento da
senhora Maria
Cansado, com
alguns filhos e
amigos. Hoje tem
sede própria e
desenvolve um
belo trabalho. A
Sociedade
Espírita
Renovação (SER)
nasceu em um
porão cedido
pela senhora
Margarida
Bezerra e
amigos, e agora
já se estabelece
com sede e um
número
expressivo de
trabalhadores e
atividades em
prol da
humanidade
levando a todos
o estudo, e o
consolo da
Doutrina dos
Espíritos.
A terapia
espírita por
meio dos passes
e da água
fluidificada,
bem como a
conversa
fraterna, é bem
aceita e
procurada pelos
estadunidenses?
Nossas
sextas-feiras
são dedicadas
exclusivamente a
esse trabalho: o
tratamento
espiritual, por
meio de passes,
água
fluidificada,
conversa
fraterna, 30
minutos de
estudo sobre
reforma íntima
e, quando
necessário, o
atendimento
pelos nossos
mentores. Nesse
dia
especificamente
contamos em
média com 20
pacientes,
se assim
pudéssemos
chamá-los.
Como é a
proporção entre
brasileiros e os
demais?
Sempre contamos
com um número
maior de
brasileiros do
que americanos
ou hispânicos,
por enquanto.
Fale-nos de suas
perspectivas
quanto ao futuro
do Espiritismo
nos Estados
Unidos e no
mundo como um
todo.
Há duas
vertentes a
respeito das
perspectivas
futuras do
Espiritismo aqui
nos Estados
Unidos.
Alguns dizem que
o trabalho de
Divulgação do
Espiritismo será
feito pelos
nossos filhos,
porque nós não
nascemos aqui e
não falamos tão
fluentemente a
língua inglesa.
Nossos filhos,
que são fluentes
no idioma e se
aculturam melhor
à sociedade
americana, terão
maior facilidade
e mais
argumentação que
nós. Existe,
porém, uma outra
vertente que diz
não, que não
podemos esperar,
temos a base e
as ferramentas
no hoje. Eu
acredito que as
duas vertentes
se complementam.
A expansão do
Espiritismo de
forma mais
evidente talvez
só aconteça
quando nossos
filhos estiverem
à testa do
Movimento. Mas
temos um
trabalho de
fundação muito
importante, até
porque somos nós
as bases dos
nossos filhos,
integrando-os
nos fundamentos
da Doutrina.
Em sua opinião,
a Doutrina
Espírita poderá
expandir-se nos
Estados Unidos?
Sim. Acredito
que gradualmente
os fundamentos
racionais da
Doutrina e o
consolo que ela
proporciona
ganharão espaços
nos corações,
não só dos
americanos, mas
do homem em si,
que cada vez
mais procura
explicações para
suas aflições e
questionamentos.
Agradecemos
muitíssimo sua
participação e
pedimos que nos
deixe suas
palavras finais.
Nosso imenso
agradecimento
pelo interesse
da revista O
Consolador
pelos nossos
humildes
serviços no
continente
americano.
Acredito que
estamos no
momento propício
para a semeadura
da Doutrina
Espírita nos
Estados Unidos,
mas não temos
pretensão
nenhuma de
sermos os
grandes
desbravadores da
Doutrina
Espírita. Somos
apenas
semeadores que
nosso Pai
Celestial vai
encarregando,
por meio de
nosso Governador
Jesus, de
preparar as
bases e
fundamentos e
fazendo as
pontes
necessárias para
que esses
Espíritos, ora
encarnados como
americanos,
possam receber
essa mensagem de
forma receptiva
e assim dar
seguimento à
evolução do
nosso planeta.
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