WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória
Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudo Metódico do Pentateuco Kardequiano  Inglês  Espanhol

Ano 7 - N° 351 - 23 de Fevereiro de 2014

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

 

O Céu e o Inferno

Allan Kardec

(Parte 20)
 

Continuamos o estudo metódico do livro “O Céu e o Inferno, ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, cuja primeira edição foi publicada em 1º de agosto de 1865. A obra integra o chamado Pentateuco Kardequiano. As respostas às questões sugeridas para debate encontram-se no final do texto abaixo.

Questões para debate

A. Poderá uma pessoa, por esforço da própria vontade, retardar o momento da separação da alma do corpo?

B. Como situar dor e resignação?

C. Que ocorre, após a morte, com as pessoas usurárias, endurecidas, egoístas e más?

D. Ante a eternidade que nos aguarda, como proceder em relação aos bens que possuímos?

Texto para leitura 

174. Kardec perguntou a Cardon se ele estivera morto quando da primeira crise. “Sim e não: tendo o Espírito abandonado o corpo, naturalmente a carne extinguia-se; entretanto retomando a posse da morada terrena, a vida voltou ao corpo, que passou por uma transição, por um sono”, respondeu Cardon, que sentia então os laços que o prendiam ao corpo. (Segunda Parte, cap. III, Cardon, médico.) 

175. Falando sobre sua condição no mundo espiritual, o ex-médico revelou: “A dor acabrunha nesse mundo, mas fortalece sob o ponto de vista do futuro espiritual. Notai que Deus teve em conta as minhas preces e a crença n’Ele depositada em absoluto; estou firme no caminho da perfeição e chegarei ao fim que me foi permitido lobrigar”. “Peço a todos os meus que acreditem no Deus poderoso, justo, imutável; na prece que consola e alivia; na caridade que é a mais pura prática da encarnação humana; peço-lhes que se lembrem que do pouco também se pode dar, pois o óbolo do pobre é o mais meritório aos olhos de Deus, desse Deus que sabe que muito dá um pobre, mesmo que dê pouco.” (Segunda Parte, cap. III, Cardon, médico.) 

176. A experiência da senhora Anna Belle-Ville, falecida aos 35 anos de idade, após cruel enfermidade, nos proporciona diversos ensinamentos. Primeiro: o valor do sofrimento quando suportado com resignação. Por causa disso, Anna informou estar radicalmente curada, embora necessitasse ainda do auxílio das preces. Segundo: a verificação de que sua moléstia e seus padecimentos constituíam uma expiação do passado, uma dívida a mais, que foi então paga. Terceiro: o reconhecimento da importância da doutrina espírita. “Quando houver de voltar à Terra – disse ela – serei espírita, afirmo-o. Que ciência sublime! Assisto constantemente às vossas reuniões e aos conselhos que vos são transmitidos. Se eu, quando na Terra, pudesse compreendê-los, os meus sofrimentos teriam sido atenuados.” (Segunda Parte, cap. III, Senhora Anna Belle-Ville.) 

177. Comentando o caso Anna Belle-Ville, ensina Kardec: “O progresso da alma na vida espiritual é (...) um fato demonstrado pela experiência. A vida corporal é a prática desse progresso, a demonstração das suas resoluções, o cadinho em que ele se depura. Desde que a alma progride depois da morte, a sua sorte não pode ser irrevogavelmente fixada, porquanto a fixação definitiva da sorte é, como já o dissemos, a negação do progresso”. (Segunda Parte, cap. III, Senhora Anna Belle-Ville, nota no fim do capítulo.) 

178. “Depois da morte – assevera o Espírito de Jorge –, os Espíritos endurecidos, egoístas e maus são logo tomados de uma dúvida cruel a respeito do seu destino, no presente e no futuro. Olham em torno de si e nada veem que possa aproveitar ao exercício da sua maldade – o que os desespera, visto como o insulamento e a inércia são intoleráveis aos maus Espíritos.” Tais Espíritos compreendem o abatimento dos Espíritos fracos e punidos, agarrando-se a eles como a uma presa, visto que utilizam a lembrança de suas faltas passadas, que eles põem continuamente em ação por seus gestos ridículos. (Segunda Parte, cap. IV, O Castigo.) 

179. Não se contentando com isso, atiram-se também para a Terra, como abutres famintos, procurando entre os homens uma alma que lhes dê fácil acesso às tentações. “Encontrando-a – informa Jorge –, dela se apoderam exaltando-lhe a cobiça e procurando extinguir-lhe a fé em Deus, até que por fim, senhores de uma consciência e vendo segura a presa, estendem a tudo quanto se lhe aproxime a fatalidade do seu contágio.” (Segunda Parte, cap. IV, O Castigo.) 

180. Segundo Jorge, o mau Espírito, no exercício da sua cólera, é quase feliz, sofrendo apenas nos momentos em que deixa de atuar, ou nos casos em que o bem triunfa do mal. Passam, no entanto, os séculos e, de repente, ele pressente que as trevas acabarão por envolvê-lo, o círculo de sua ação se restringe e a consciência faz-lhe sentir os acerados espinhos do remorso. (Segunda Parte, cap. IV, O Castigo.) 

181. Não tarda, então, que um grande vácuo se faça nele e em torno dele: chega o momento em que deve expiar, a reencarnação aí lhe aparece ameaçadora, e ele vê como num espelho as provações terríveis que o aguardam. Quer recuar, mas avança e, precipitado no abismo da vida, rola em sobressalto, até que o véu da ignorância lhe recaia nos olhos. (Segunda Parte, cap. IV, O Castigo.) 

182. Morto aos 21 anos, Novel dirigiu-se ao médium, que o conhecera em vida, e lhe contou o seu sofrimento em seguida à morte corporal. “Meu Espírito, preso ao corpo por elos materiais, teve grande dificuldade em desembaraçar-se – o que já foi, por si, uma rude angústia”, disse ele. A consciência do seu estado e a revelação das faltas cometidas, em todas as suas encarnações, feriram-no subitamente, enquanto uma luz implacável iluminava os mais secretos recônditos de sua alma. (Segunda Parte, cap. IV, Novel.) 

183. Após descrever as suas angústias, asseverou Novel: “Pode um mortal prejulgar as torturas materiais pelos arrepios da carne; mas as vossas frágeis dores, amenizadas pela esperança, atenuadas por distrações ou mortas pelo esquecimento, não vos darão nunca a ideia das angústias de uma alma que sofre sem tréguas, sem esperança, sem arrependimento”. (Segunda Parte, cap. IV, Novel.) 

Respostas às questões propostas

A. Poderá uma pessoa, por esforço da própria vontade, retardar o momento da separação da alma do corpo?  

Sim. Em dadas condições, pode um Espírito encarnado prolongar a existência corporal a fim de terminar instruções indispensáveis ou por ele como tais julgadas. Trata-se de uma concessão que se lhe pode fazer, mas essa dilação de vida não pode deixar de ser breve, visto como é defeso ao homem inverter a ordem das leis naturais, bem como retornar de moto próprio à vida, desde que ela tenha atingido o seu termo. É uma sustação momentânea apenas. Preciso é, no entanto, que da possibilidade do fato não se conclua a sua generalidade, tampouco que dependa de cada qual prolongar por esse modo a sua existência. Como provação para o Espírito ou no interesse de missão a concluir, os órgãos depauperados podem receber um suplemento de fluido vital que lhe permita prolongar de alguns instantes a manifestação material do pensamento. Esses casos são, pois, excepcionais e não fazem regra. (O Céu e o Inferno, Segunda Parte, cap. III, Senhora Anna Belle-Ville, resposta dada por São Luís.)

B. Como situar dor e resignação?  

A resignação suaviza a dor e torna aproveitável o sofrimento; em face disso, a pessoa acometida de dor sofre menos. Contrariamente a isso, a falta de resignação esteriliza o sofrimento, que terá, por isso mesmo, de ser recomeçado. (Obra citada, Segunda Parte, cap. III, Cardon e Senhora Anna Belle-Ville; ver também cap. VIII, Um sábio ambicioso.)

C. Que ocorre, após a morte, com as pessoas usurárias, endurecidas, egoístas e más?  

Depois da morte, os Espíritos endurecidos, egoístas e maus são logo presas de uma dúvida cruel a respeito do seu destino, no presente e no futuro. Olham em torno de si e nada veem que possa aproveitar ao exercício da sua maldade – fato que os desespera, visto como o insulamento e a inércia são intoleráveis aos maus Espíritos. Não elevam o olhar às moradas dos Espíritos elevados, consideram o que os cerca e, então, compreendendo o abatimento dos Espíritos fracos e punidos, se agarram a eles como a uma presa, utilizando-se da lembrança de suas faltas passadas, que põem continuamente em ação pelos seus gestos ridículos. (Obra citada, Segunda Parte, cap. IV, parte inicial de "O castigo" e Francisco Riquier.)

D. Ante a eternidade que nos aguarda, como proceder em relação aos bens que possuímos?  

O homem deve utilizar-se sobriamente dos bens de que é depositário, habituando-se a visar a eternidade que o espera, abrindo mão, por consequência, dos gozos materiais. Sua alimentação deve ter por exclusivo fim a vitalidade; o luxo deve apenas restringir-se às necessidades da sua posição; os gostos, os pendores, mesmo os mais naturais, devem obedecer ao mais são raciocínio; sem isso, ele se materializa em vez de se purificar. As paixões humanas são estreitos grilhões que se enroscam na carne e, assim, não devemos dar-lhes abrigo. Os encarnados não sabem o seu preço quando regressarem à pátria! (Obra citada, Segunda Parte, cap. IV, Exprobrações de um boêmio.)

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita