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Ano 8 - N° 364 - 25 de Maio de 2014

GEBALDO JOSÉ DE SOUSA 
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás (Brasil)

 
 

Gebaldo José de Sousa

Sonambulismo natural em reuniões mediúnicas

Parte 1

“A tarefa mediúnica com Jesus, de esclarecimento aos Espíritos infelizes,
é dos mais enobrecidos cometimentos com que a Doutrina Espírita
ora nos honra o processo evolutivo.”
Joanna de Ângelis/Divaldo -
Histórias que os Espíritos Contaram1
, p. 15.

 
Reuniões mediúnicas com sonâmbulos são mais produtivas quando dirigentes e demais integrantes conhecem um pouco dessa faculdade – valiosa no socorro a entidades sofredoras que se ocupam de vinganças ou perseguem seguidores do Cristo. Vivenciamos experiências com o sonambulismo natural. Dele nos ocuparemos.

Vejamos:

1 – Em O Livro dos Espíritos2 – vide questões 425 a 455:

“Os fenômenos do sonambulismo natural se produzem espontaneamente e independem de qualquer causa exterior conhecida. Mas, em certas pessoas dotadas de organização especial, podem ser provocados artificialmente, pela ação do agente magnético. O estado designado pelo nome de sonambulismo magnético só difere do sonambulismo natural pelo fato de ser provocado, enquanto o outro é espontâneo”. – Q. 455.

No sonambulismo, o estado de independência da alma é mais completo do que no sono. Nesse estado, a alma tem percepções de que não dispõe no sonho. – Q. 425 (resumo).

2 – Em O Livro dos Médiuns3 – ver itens 172 a 174. (Importantíssimos, mas extensos para transcrição integral.)

No fim do item 173, Kardec conclui: “(...) Quando só, era apenas um sonâmbulo; assistido por aquele a quem chamava seu anjo doutor, era sonâmbulo-médium”. (Grifamos). 

Senões na utilização de sonâmbulos 

3 - Nos Domínios da Mediunidade4 (Ler capítulos 3; 8 e 11):

André Luiz indica que há senões na utilização de sonâmbulos, enquanto eles não estão suficientemente familiarizados com o desdobramento. Contudo, Aulus refere-se a Antônio Castro: “Será, porém, valioso auxiliar em nossos estudos”.

Importante: Antônio Castro é sonâmbulo, mas atua também como médium “quando empresta o veículo a entidades dementes ou sofredoras (...)” (Cap. 3, p. 30).

{O mentor volta a se referir a esse médium no Cap. 11 (Desdobramento em serviço), à página 103: “(...) Castro (...) será treinado para a prestação de valioso concurso aos enfermos de qualquer posição”.}

No mesmo Cap. 3, p. 30 e 31, refere-se à “(...) nossa irmã Celina. (...) A clarividência e a clariaudiência, a incorporação sonambúlica e o desdobramento da personalidade são estados em que ingressa, na mesma espontaneidade com que respira, guardando noção de suas responsabilidades e representando, por isso, valiosa colaboradora de nossas realizações”.

No Cap. 8 (Psicofonia sonambúlica), à p. 72, Aulus diz a André Luiz, apreensivo quanto ao fato de ser ela a socorrer fazendeiro desumano:

“(...) E, compreendendo-se que mais ajuda aquele que mais pode, nossa irmã Celina é a companheira ideal para o auxílio nesta hora”.

“A médium desvencilhou-se do corpo físico, como alguém que se entregava a sono profundo (...).” 

O que pode produzir o sonambulismo puro 

“– Celina é sonâmbula perfeita. A psicofonia, em seu caso, se processa sem necessidade de ligação da corrente nervosa do cérebro mediúnico à mente do hóspede que o ocupa. A espontaneidade dela é tamanha na cessão de seus recursos às entidades necessitadas de socorro e carinho, que não tem qualquer dificuldade para desligar-se de maneira automática do campo sensório, perdendo provisoriamente o contato com os centros motores da vida cerebral. Sua posição medianímica é de extrema passividade.” (P. 74)

“(...) O sonambulismo puro, quando em mãos desavisadas, pode produzir belos fenômenos, mas é menos útil na construção espiritual do bem. A psicofonia inconsciente, naqueles que não possuem méritos morais suficientes à própria defesa, pode levar à possessão, sempre nociva, e que, por isso, apenas se evidencia integral nos obsessos que se renderam às forças vampirizantes.” (P. 75/76)

Dessa obra, eis observações que sublinhamos em parte:

– Clementino aplicou-lhe – ao médium Castro – “(...) passes de longo circuito”. “(...) que adormeceu devagarinho (...).” - P. 97

– “O diretor espiritual da casa (Clementino) submetia o medianeiro a delicada intervenção magnética (...).” Não menciona qualquer participação de Raul Silva (dirigente encarnado da reunião) nesse processo de magnetização do médium Castro. (P. 98). [Conclui-se que, no sonambulismo natural, o médium entra e sai do transe por iniciativa dos mentores espirituais. Essa é a característica essencial desse fenômeno.] 

Não se deve tocar no médium em transe 

– Antes da ‘viagem’, aplicaram-lhe um capacete. P. 101

– Raul (dirigente encarnado) elevou o padrão vibratório do conjunto ao orar. P. 102

– Ora atua como sonâmbulo, com manifestações anímicas (Ele, em desdobramento, agradece as preces; dialoga com Oliveira, ex-integrante da reunião mediúnica, recém-desencarnado, ao encontro do qual foi nessa ‘viagem’), ora como médium do amigo, o qual, por psicofonia sonambúlica, saúda aos integrantes da reunião mediúnica.

4 – Sonambulismo Prático5 (Eliane Crêspo – médium sonâmbula):

“Só o magnetizador deve ficar em contato com o médium”. (p. 78)

Não se deve tocar no médium, pois o toque aprofunda o transe ou provoca choque anímico. (P. 79)

Obs.: Ver em Magnetismo Espiritual 8 informações detalhadas (p. 191).

“Quantas vezes, em reunião mediúnica, o médium pende a cabeça pesadamente e parece adormecido e é repreendido pelo dirigente, que desconhece que um sonâmbulo dorme para que seu Espírito possa, em desdobramento, libertar-se para trabalhos da própria reunião (...); o médium não é culpado, apenas tem uma mediunidade pouco conhecida ou quase nunca estudada. (...) Quantas vezes o passista levanta-lhe a cabeça, sem o conhecimento de que o toque no sonâmbulo aprofunda o transe.” (P. 100)

Que fazer para o médium voltar do transe? 

No estado de transe sonambúlico, nota-se:

– Liberdade para servir ao intercâmbio mediúnico;

– Clarividência e Clariaudiência no tempo e no espaço;

– Facilidade de visão interior do corpo;

– Identificação de obsessores;

– Possibilidade de regressão (para o médium, ou para outros Espíritos). (P. 81)

“(...) O sensitivo é, por sua natureza, médium de psicofonia, de desdobramento, psicógrafo, vidente ou apresenta outras qualificações.” (p. 81)

Necessário dar tempo ao médium em transe, para habituar-se ao novo estado. Não deve haver pressa: conserva-se em estado de torpor, num aniquilamento corporal em que se compraz. Se ele dá sinal de que ouve o magnetizador e começa a responder, o estado sonambúlico está completo. (P. 96)

Para voltar do transe magnético, aplicam-se passes dispersivos da cabeça aos pés, energicamente; chamar pelo nome, brandamente; mandar respirar fundo; abrir os olhos, mexer as extremidades do corpo (pés e mãos).

Se apresentar entorpecimento, a dispersão corrigirá facilmente. (P. 82)

Não há desgaste no desdobramento (P. 71): “Mesmo não devendo fazer mais que cinco atendimentos de cada vez, normalmente não apresenta cansaço físico”. (P. 78) 

Há médiuns que resistem a sair do transe 

Se, ao voltar do transe, sentir mal-estar, deve respirar forte algumas vezes. Se se sentir mal ajustado ao corpo, deve voltar a desdobrar e voltar vagarosamente. É natural o médium sentir-se como uma bola ou ter a sensação de flutuar. Em caso de tonturas, formigamento nas extremidades, sensação de sono, abrir e fechar as mãos, respirar regularmente e flexionar as pernas e relaxar. (P. 71)

Se o sensitivo resistir à volta, aplicar sopro frio a distância (atua como choque anímico). Adotar essa conduta procedimento apenas se resistir aos passes dispersivos. Outro método (não é o ideal), como último recurso, é levantar-lhe a pálpebra. A luz, na retina, provoca choque anímico. (P. 83)

NOTAS:

- No livro Magnetismo Espiritual (p. 194), recomenda-se que esse sopro (insuflações frias) se dê a “(...) distância sobre a testa e sobre os olhos, tocando vivamente os supercílios, desde a sua origem até as têmporas. É importante dispersar bem, a fim de evitar o peso da cabeça e a dormência das pernas, que poderiam persistir”. Estes são processos idealizados antes da educação de médiuns, à luz da Codificação Espírita.

Enfermos, sem experiências com a mediunidade, eram levados ao transe sonambúlico (quando possível) e, em muitos casos, resistiam para sair do transe. Com médiuns educados, a resistência não chega a esse extremo, dispensando-se a utilização de tais recursos. 

Ocorrências relativas à regressão da memória 

Com a regressão de memória, “normalmente dá-se a visão no tempo, onde o sensitivo vai descrevendo, com riqueza de detalhes, a época e o objetivo da vidência a que se propõe no caso. Outra forma é o sensitivo sentir-se no local, como mero espectador ou observador. Tudo vê, sente a temperatura, as emoções, não interfere em nada e não é visto. Ou poderá passar a ser o personagem regredido, vivendo não só a época, mas sentindo a personalidade como se o fosse.    Neste trabalho, o mentor do sensitivo e os mentores do trabalho encarregam-se do que será revisado na regressão”. (P. 138)

5 - A Memória e o Tempo6:

O autor resume, à p. 172, experiências com médium sonâmbula:

“(...) ela se estendeu num sofá e começamos o trabalho. (...) Recorri aos passes longitudinais. Em poucos minutos ela estava mergulhada em transe, olhos fechados, respirando profunda e serenamente. Não houve grande dificuldade de fazê-la falar.

Realizamos muitas experiências interessantes e instrutivas. Ela era capaz de deslocar-se com relativa facilidade no tempo e no espaço, assim que desdobrada do corpo físico em repouso. Podia visitar locais distantes, que descrevia. Ao observar as pessoas, do seu privilegiado ponto de vista da invisibilidade, era capaz de localizar regiões do corpo de tais pessoas afetadas por distúrbios mais ou menos graves: via ali sombras escuras, manchas, áreas desarmonizadas, enfim, com relação às que lhe pareciam normais”.  

Finalidade da faculdade sonambúlica 

“Recusamo-nos a fazer diagnósticos ou propor tratamentos, que não eram da nossa competência. Não era esse nosso objetivo (...)”.

“Também não nos atiramos sofregamente à pesquisa indiscriminada, com a finalidade de identificar reencarnações anteriores dela, ou as de outro qualquer componente do grupo. (...)

O território das lembranças sempre foi para nós região que não se deve jamais tomar de assalto, mesmo porque o sensitivo terá condições de opor tenaz resistência, se não for de seu desejo expô-lo à curiosidade alheia ou enfrentá-lo quando ainda não está preparado para fazê-lo. (...).” 

NOTAS:

– O autor utilizou o sonambulismo magnético para levar a única sonâmbula com que trabalhou ao transe, aplicando-lhe passes longitudinais.

– Percebe-se o zelo em observar o contido na parte final da resposta dos Espíritos à questão 430, de O Livro dos Espíritos: “(...) Deus outorgou ao homem a faculdade sonambúlica para fim útil e sério, não para que se informe do que não deva saber. (...)”. (Continua no próximo número.) 


Referências

1 – MIRANDA, Hermínio C. Histórias que os Espíritos Contaram. Salvador: LEAL, 1980. p. 15.

2 – KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 1ª edição. Comemorativa do Sesquicentenário. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Q. 455 e 425.

3 – KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução Evandro Noleto Bezerra. 1. Reimpressão. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Segunda parte, Cap. XIV, Itens 172 a 174.

4 – XAVIER, Francisco C. Nos Domínios da Mediunidade. Pelo Espírito André Luiz. 9. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1979. Cap. 3, 8 e 11.

5 – CRÊSPO, Eliane. Sonambulismo Prático. 2. ed. Goiânia (GO), 1997.

6 – MIRANDA, Hermínio C. A Memória e o Tempo. 3. Ed. Niterói: Editora Arte & Cultura, 1991. Cap. VI – Experiências e observações pessoais.


 


 
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