Artigos

por Eleni Frangatos

 

Reflexões sobre o poder
e a glória


Quanto mais conheço os homens, mais estimo os animais. 
Alexandre Herculano


O vão poder.

O homem mata e morre para ter o poder nas mãos, para controlar tudo como se ele fosse o único não acéfalo no planeta Terra. Sim, só ele é inteligente e sagaz o suficiente para resolver e determinar tudo a contento. Na verdade, alguns, na sua estultícia, se consideram um escolhido e enviado por Deus! como se Ele, Deus, tivesse passado uma procuração para O representar aqui na Terra.

A vã Glória.

Efêmera e fugaz. Há pessoas que não vivem suas vidas. Vivem projetados nas vidas dos outros.

No afã de quererem que os outros os considerem importantes (a velha megalomania e ego inflado) fazem tudo para agradar, despojam-se de suas emoções, se envolvem na vida dos outros, dão pitaco e, se a pessoa os descarta, entram em crise, em profunda desesperança, procurando descobrir o que fizeram ou disseram de errado para afastar o outro. E aí, meus queridos leitores, vem o reverso da medalha. Achando que fomos ingratos quando damos um “chega pra lá”, ou muito pior quando os ignoramos, eles se sentem traídos e começa uma vingança cruel.

São capazes de tudo o que atenta contra os princípios morais e éticos. Costuram - ardilosamente e em sigilo - formas de denegrir as pessoas e, feito cobra cascavel, se arrastam pela lama da vida mentindo e esquecendo que há outras formas de viver sem essa luta surda e ignóbil que a tudo e todos desconsidera e conspurca.

O mais importante para essas pessoas é que todos os outros as achem importantes. É só prestar atenção na pessoa que recebe um elogio, sorri, estufa o peito, de repente torna-se loquaz e é todo sorrisos e mesuras. Ao mesmo tempo, para quem está de fora, diria que é quase engraçado. No momento em que ele sente que os outros o acham importante, volta a ser feliz.

E, pasmem: essas mesmas chegam a rogar a Deus que as defenda e que as ajude a mostrar que sabem o que fazer e bajulam até Deus!

Poder, pequenez de espírito, esquecem que Deus não compactua com esses quereres fantasiosos. Esquecem também que todos nós terminamos a vida neste planeta de um momento para o outro, sem aviso prévio.

E, após nossa “morte” os mais queridos nos choram. Mas, após um mês, choram menos e, de repente, ninguém lembra mais, fica como uma vaga lembrança. Não se iluda. É assim mesmo, tal e qual o efêmero e ilusório poder!

Todos nós já erramos na vida, alguns mais, outros menos, mas sempre há um momento em que dizemos: “Chega! Por aí não vou mais”!

E aí você começa a viver a verdadeira vida dentro de você mesmo. A sua vida!

Então, enquanto ainda há tempo, viva intensamente a sua vida.

E deixe que os outros vivam em paz!


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita