A
mocidade
e os
desafios
da
atualidade
Devemos
ao
Espiritismo
a
importante
notícia
de que
nossas
existências
fazem
parte de
um longo
processo,
em que
passado,
presente
e futuro
se
apresentam
entrelaçados,
como
elos de
uma
mesma
corrente.
É
natural,
portanto,
que os
jovens
de hoje
revelem
um
idealismo,
uma
força de
vontade,
uma
busca de
mudanças
que as
pessoas
de idade
mais
avançada
geralmente
não
mostram,
ressalvadas,
evidentemente,
as
compreensíveis
exceções.
Esse
fato,
tão
conhecido
de todos
nós, não
é
difícil
de
compreender.
É que o
jovem de
hoje foi
o idoso
de
ontem,
de
existências
que se
foram, e
por isso
sente
naturalmente
– sem
ter
lembrança
alguma
do
passado
– que
tem
também
responsabilidade
pelas
nódoas,
pelos
erros,
pelos
crimes
que
fizeram
com que
a
sociedade
terrena
chegasse
à
condição
em que
nos
encontramos.
Suas
aspirações
de
mudança
são
legítimas,
mas os
desafios
e os
obstáculos
são
muitos e
complexos.
Como
reverter
o estado
de
beligerância
que
caracteriza
a
sociedade
atual?
Como
extinguir
a
corrupção,
as
desigualdades,
os
preconceitos?
Como
implantar
a paz, a
fraternidade,
a
convivência
pacífica
entre os
povos?
Ante
tais
problemas
é fácil
deduzir
que não
se trata
de
tarefas
para uma
única
geração,
mas para
muitas.
É
preciso,
todavia,
dar o
primeiro
passo e
nesse
sentido
o papel
da
juventude
é da
maior
relevância.
Como diz
o jovem
Victor
Abranches
em
entrevista
publicada
nesta
mesma
edição,
a
mocidade
tem “a
missão
de
transformar
o mundo
em
aspectos
mais
profundos,
e ao
mesmo
tempo
mais
sutis,
do que
as
mudanças
que vêm
ocorrendo
devido
às
últimas
gerações”.
E tem
ainda,
segundo
ele,
“uma
outra
grandiosa
missão:
a de
preparar
a
próxima
geração
para dar
continuidade
à
evolução
da
Humanidade
e,
consequentemente,
do
planeta”.
[A
entrevista
é um dos
destaques
desta
semana.
Vale a
pena
lê-la.
Eis o
link:
oconsolador.com.br
Sobre os
sonhos
da
mocidade,
muitos
dos
quais
fenecem
em pouco
tempo,
geralmente
antes
mesmo do
seu
ingresso
na fase
da
chamada
maturidade,
é bom
lembrar
uma
importante
lição
consignada
por
Emmanuel
em sua
obra
Caminho,
Verdade
e Vida,
psicografada
pelo
médium
Francisco
Cândido
Xavier:
Quase
sempre
os que
se
dirigem
à
mocidade
lhe
atribuem
tamanhos
poderes
que os
jovens
terminam
em
franca
desorientação,
enganados
e
distraídos.
Costuma-se
esperar
deles a
salvaguarda
de tudo.
Concordamos
com as
suas
vastas
possibilidades,
mas não
podemos
esquecer
que essa
fase da
existência
terrestre
é a que
apresenta
maior
número
de
necessidades
no
capítulo
da
direção.
O moço
poderá e
fará
muito se
o
espírito
envelhecido
na
experiência
não o
desamparar
no
trabalho.
Nada de
novo
conseguirá
erigir,
caso não
se valha
dos
esforços
que lhe
precederam
as
atividades.
Em tudo,
dependerá
de seus
antecessores.
A
juventude
pode ser
comparada
a
esperançosa
saída de
um barco
para
viagem
importante.
A
infância
foi a
preparação,
a
velhice
será a
chegada
ao
porto.
Todas as
fases
requisitam
as
lições
dos
marinheiros
experientes,
aprendendo-se
a
organizar
e a
terminar
a viagem
com o
êxito
desejável.
É
indispensável
amparar
convenientemente
a
mentalidade
juvenil
e que
ninguém
lhe
ofereça
perspectivas
de
domínio
ilusório.
Nem
sempre
os
desejos
dos mais
moços
constituem
o índice
da
segurança
no
futuro.
A
mocidade
poderá
fazer
muito,
mas que
siga, em
tudo, “a
justiça,
a fé, o
amor e a
paz com
os que,
de
coração
puro,
invocam
o
Senhor”.
(Caminho,
Verdade
e Vida,
cap.
151.)
(Grifamos.)
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