Joaquim Bueno
Neto:
“O Evangelho é
um mosaico
divino”
Coordenador dos
estudos
realizados na
Casa Espírita em
que atua, o
confrade fala
sobre sua
afinidade com os
temas evangélicos
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Joaquim Bueno
Neto (foto),
administrador,
pós-graduado em
administração
industrial,
empresário e
espírita desde
1994, integra-se
à equipe de
trabalhadores da
Associação
Espírita de
Estudos
Evangélicos
Francisco de
Paula Victor, em
Limeira,
interior
paulista, onde
nasceu e reside.
Diretor e
monitor do
departamento de
estudos, Joaquim
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transmite o
gosto pelo
Evangelho em
suas respostas,
trazendo ao
leitor uma visão
atraente para os
estudos
espíritas. |
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Como se tornou
espírita?
Minha esposa era
simpatizante da
doutrina, mas
respeitava minha
ligação ao
Catolicismo. Um
dia, assistindo
à televisão,
acompanhei uma
cena da novela
A Viagem,
exibida pela
Rede Globo em
1994. Me
encantei com
aquelas
informações e
minha esposa me
presenteou com
um exemplar de
O Livro dos
Espíritos.
Como se sentiu
atraído para
abordagens sobre
o Evangelho em
suas palestras
doutrinárias?
Sempre tive
afinidade com o
Evangelho, desde
o Catolicismo.
Mas a beleza com
que a Segunda
Revelação é
trabalhada pelo
Consolador
Prometido é algo
irresistível.
Nunca tinha
visto o
Evangelho
interpretado em
sua pureza
primitiva de
forma tão
envolvente.
O que mais lhe
chama atenção
nos textos dos
Evangelhos?
O Evangelho é um
mosaico divino.
Você tem
sermões, ensinos
diretos,
indiretos,
curas,
fenômenos,
parábolas. Tudo
se ajusta para
facilitar nossa
iluminação
espiritual. É
difícil dizer o
que mais chama a
atenção, porque
o quadro todo é
perfeito. Mas
não posso negar
uma paixão pelas
Parábolas.
Qual é a
parábola que
mais lhe toca o
coração? Por
quê?
Sem dúvida, a
Parábola dos
dois filhos,
também conhecida
como Parábola do
Filho Pródigo.
Ali vemos o
Cristo
apresentar uma
visão totalmente
diversa do Deus
pensado pelos
hebreus. Um pai
que fica na
porta da fazenda
esperando o
filho (que ele
sabia que iria
voltar!) e que
corre em sua
direção, e o
concilia com
todos, é uma
imagem fabulosa
do nosso Pai
Criador.
Dentre os
ensinos de
Jesus, qual você
destacaria como
essencial à
nossa harmonia e
felicidade
relativa que
podemos
construir e
viver?
Sem dúvida, a
grande síntese
em Mateus 22:
Amar a Deus
sobre todas as
coisas e ao
próximo como a
si mesmo. Jesus
as retira da 1ª
Revelação, mas
esse ensino
contém nosso
maior objetivo.
Quando bem
compreendida,
essa máxima do
Cristo opera
“milagres” de
felicidade e
compreensão.
Dos grupos de
estudos que
coordena, como
sente a reação
do público
diante das
reflexões em
torno do
conhecimento
espírita?
As reações são
bem
heterogêneas. Há
os que buscam o
estudo, outros a
fenomenologia,
outros tantos a
consolação. Mas,
de modo geral,
sentimos que a
mensagem
espírita oferece
conforto a todos
os que desejam
sinceramente o
encontro com a
plenitude, não
importando os
objetivos
iniciais que os
movam.
Das atividades
da instituição a
que se vincula,
o que gostaria
de destacar?
Sabemos da
importância de
cada atividade
na Casa
Espírita, no
atendimento às
diferentes
necessidades da
alma, em
qualquer fase da
vida em que se
encontre, mas
destacaria a
evangelização
infantojuvenil e
o estudo como
prioritários
para a
"libertação" do
Espírito
imortal.
Algo marcante de
sua atividade
espírita que
gostaria de
relatar?
A diferença
notada nos
frequentadores
dos cursos
sistematizados.
Em nossa casa
espírita,
estudamos
durante cinco
anos as Obras
Básicas. É
notória a
mudança de
atitude de cada
frequentador. Ao
concluírem, são
totalmente
diferentes de
quando entraram
no primeiro
módulo – uma
genuína
metamorfose se
opera em cada um
e isso é
fantástico.
Algo mais que
gostaria de
acrescentar aos
leitores?
Não me encontro
em condições de
acrescentar
outra coisa
senão recordar a
exortação do
Espírito de
Verdade em O
Evangelho
segundo o
Espiritismo:
Espíritas,
amai-vos e
instruí-vos.
Sentimento e
pensamento
voltados para o
bem e para o
progresso,
sempre.
Suas palavras
finais.
Que o Cristo
possa iluminar,
com sua luz
conquistada, a
todos os
honestos
tarefeiros desta
seara bendita,
fortalecendo-lhes
a fé e a
esperança, para
que não
esmoreçam no
compromisso e
nem venham a
delinquir na
responsabilidade
que abraçaram
nesta que, sem
dúvida, é a
nossa melhor
encarnação de
todas.