Os centros vitais
presidem à atividade
funcional dos órgãos
físicos
1. O perispírito é a
força diretriz
responsável pela
edificação do plano
escultural e do tipo
funcional de todos
os seres. Contém o
desenho prévio e as
propriedades
organogênicas que,
ativadas sob a ação
da força vital,
servirão de regra à
formação do novo
organismo físico e
lhe assinarão o
lugar na escala
morfológica, segundo
o grau evolutivo do
indivíduo. É no
embrião que se
executa essa ação
diretiva, mas ela se
estende até o fim de
sua existência,
atuando até mesmo no
tocante à
regeneração dos
tecidos orgânicos
destruídos.
2. Ensina André Luiz
que o corpo
espiritual possui
todo o equipamento
de recursos
automáticos que
governam os bilhões
de entidades
microscópicas a
serviço da
Inteligência, nos
círculos de ação em
que nos demoramos,
recursos esses
adquiridos
vagarosamente pelo
ser, em milênios de
esforço e
recapitulação, nos
múltiplos setores da
evolução anímica (Evolução
em Dois Mundos,
p. 26).
3. No corpo
espiritual –
acrescenta André
Luiz – situam-se os
centros vitais que
presidem à atividade
funcional dos vários
órgãos que integram
o corpo físico. Tais
centros são fulcros
energéticos que, sob
a direção automática
da alma, imprimem às
células a
especialização
extrema, pela qual o
homem possui no
corpo denso – e
detém no corpo
espiritual em
recursos
equivalentes – as
células que produzem
fosfato e carbonato
de cálcio para a
constituição dos
ossos, as que se
distendem para a
recobertura do
intestino, as que
desempenham
complexas funções
químicas no fígado,
as que se
transformam em
filtros do sangue na
intimidade dos rins
e outras tantas que
se ocupam do fabrico
de substâncias
indispensáveis à
conservação e defesa
da vida nas
glândulas, nos
tecidos e nos órgãos
que constituem o seu
veículo de
manifestação.
4. No momento de se
encarnar, o
perispírito do
reencarnante une-se
molécula a molécula
à matéria do gérmen,
que encerra uma
energia potencial
que se transforma em
energia atual para o
curso da existência
do ser. Esse gérmen
está sujeito às leis
da genética, ou
seja, a força vital
sofre as ações
modificadoras da
herança dos pais,
que lhe transmitem
suas disposições
orgânicas. Como já
foi dito, a ação da
força vital é que
leva o perispírito a
desenvolver suas
propriedades
funcionais.
O perispírito retém
todos os
conhecimentos
adquiridos pela alma
5. O gérmen
recapitula, de modo
rápido, no seu
desenvolvimento, as
várias fases da
evolução pelas quais
a raça passou. Da
mesma forma que o
perispírito traz o
registro de todos os
estados do Espírito
desde a sua origem,
assim também o
gérmen material
encerra as
impressões das
etapas percorridas
pelo psicossoma ou
corpo espiritual.
6. O perispírito
retém todos os
estados de
consciência, de
sensibilidade e de
vontade; guarda
todos os
conhecimentos
adquiridos pelo ser.
É ele a sede da
memória. É ele que
armazena, registra e
conserva todas as
percepções, todas as
volições e idéias da
alma. Todo o nosso
passado fica nele
armazenado. As
várias etapas do
nosso
desenvolvimento
estão aí
registradas.
7. Ao longo de sua
imensa trajetória,
desde quando a alma
iniciou suas
peregrinações
terrestres sob as
formas mais
inferiores, vem o
perispírito
registrando as
experiências vividas
pelo ser
inteligente,
incorporando uma
bagagem crescente.
É, pois, fácil
compreender que os
desregramentos, os
abusos, os atentados
contra o corpo
físico e as lesões
aos direitos de
outrem tenham também
seu registro no
corpo espiritual e
passem a repercutir
na existência em que
ocorrem ou em futura
encarnação.
8. A
esse respeito,
ensina Kardec que o
duplo fluídico, como
um dos elementos
componentes do ser
humano, além do
importante papel que
exerce nos fenômenos
psicológicos, tem
sua participação nas
ocorrências
fisiológicas e
patológicas. Segundo
André Luiz, a
etiologia das
moléstias que
afligem o corpo
físico e o dilaceram
guarda no corpo
espiritual as suas
causas profundas. O
remorso provoca
distonias diversas
em nossas forças
recônditas e
desarticula as
sinergias do corpo
espiritual, criando
predisposições
mórbidas para essa
ou aquela
enfermidade.
Durante a
encarnação, é
estreita a ligação
entre o Espírito e o
corpo
9. Durante a
encarnação, existe,
portanto, uma
ligação estreita
entre o Espírito e o
corpo físico, por
meio do perispírito,
razão por que
qualquer modificação
doentia nas células
nervosas do cérebro
importa numa
alteração das
faculdades
espirituais.
10. Em condições
normais, as
sensações modificam
a natureza das
vibrações da força
psíquica. Se essas
modificações forem,
pela sua intensidade
e duração, de molde
a ultrapassar um
limite mínimo, as
sensações serão
registradas no
perispírito de
maneira consciente,
ou seja, haverá
percepção, o
Espírito tomará
conhecimento do que
está ocorrendo. É a
memória de fixação.
Se esse limite
mínimo não for
atingido, haverá
registro da
sensação, mas
somente no
inconsciente.
11. Nem todas as
sensações e
recordações podem
existir
simultaneamente.
Existe um
enfraquecimento do
seu ritmo que as
leva a descer
gradativamente
abaixo do limite
mínimo de percepção,
razão por que entram
na faixa do
inconsciente. É por
isso que todos os
atos da vida
vegetativa e
orgânica têm sido
conservados no
perispírito durante
a evolução da alma
através da longa
série dos reinos
inferiores. A
repetição continuada
de certos atos cria
hábitos. No início,
esses atos são
conscientes, mas,
com a repetição,
tornam-se mecânicos,
até se fazerem
automáticos e
inconscientes.
12. A
memória evocativa
permite-nos lembrar
os conhecimentos,
através de pontos de
referência, cuja
localização no
passado seja
conhecida. Por
associação de
idéias, esses pontos
de referência nos
ligam aos
acontecimentos que
se agrupam em seu
redor,
transportando-nos à
época das
ocorrências. Para
essa rememoração há
de haver uma
associação da
vontade à atenção,
donde resulta
trazer-se à
consciência as
imagens recolhidas
no arquivo
perispiritual.
Respostas às
questões propostas
1. No processo
reencarnatório, que
papel exerce o
perispírito na
formação do corpo
físico?
R.: O perispírito é
a força diretriz
responsável pela
edificação do plano
escultural e do tipo
funcional de todos
os seres. Contém o
desenho prévio e as
propriedades
organogênicas que,
ativadas sob a ação
da força vital,
servirão de regra à
formação do novo
organismo físico e
lhe assinarão o
lugar na escala
morfológica.
2. Que são centros
vitais e qual a sua
função na economia
da vida humana?
R.: Os centros
vitais são fulcros
energéticos que, sob
a direção automática
da alma, imprimem às
células a
especialização que
lhes é peculiar e
presidem, assim, à
atividade funcional
dos vários órgãos
que integram o corpo
físico.
3. De que forma o
perispírito do
reencarnante se une
ao gérmen que dará
origem ao corpo
físico?
R.: O perispírito
une-se molécula a
molécula à matéria
do gérmen, que
encerra uma energia
potencial que se
transforma em
energia atual para o
curso da existência
do ser.
4. Qual é a sede da
memória espiritual?
R.: A sede da
memória é o
perispírito, que
armazena, registra e
conserva todas as
percepções, todas as
volições e idéias da
alma.
5. Onde podemos
localizar a
etiologia das
moléstias que
afligem o corpo
físico?
R.: Segundo André
Luiz, a etiologia
das moléstias guarda
no corpo espiritual
as suas causas
profundas. O remorso
provoca distonias
diversas em nossas
forças recônditas e
desarticula as
sinergias do corpo
espiritual, criando
predisposições
mórbidas para essa
ou aquela
enfermidade.
Bibliografia:
Obras
Póstumas,
de
Allan Kardec, item
12, p. 45.
A
Evolução Anímica,
de
Gabriel Delanne, pp.
39, 55, 56, 81, 225
e 226.
Evolução em Dois
Mundos,
de André Luiz, pp.
26, 28, 213 e 214.