Tive o ensejo,
na atual
reencarnação, de
renascer num lar
espírita, em Rio
Grande-RS, tendo
aprendido com
meus pais um
profundo amor
por Jesus Cristo
e sua mensagem,
bem como uma
veneração pelo
pensamento de
Allan Kardec.
Minha mãe é
médium e foi
muito dedicada
ao trabalho de
evangelização e
assistência
social; já meu
pai, agora
desencarnado,
foi muito afeito
às tarefas de
estudo e difusão
dos conceitos
espíritas. Com o
tempo,
frequentei as
aulas de
evangelização
espírita da
infância e da
juventude junto
de meus irmãos
e, desde a
juventude, tenho
procurado me
vincular à
Filosofia
Espírita através
do estudo de
suas obras
fundamentais e
das
possibilidades
de labor no
centro espírita.
O Consolador:
Tarefas que já
realizou da Casa
Espírita e quais
seus encargos
atuais?
Em Rio Grande,
iniciei minhas
atividades como
evangelizador da
infância e da
juventude,
depois atuei
como diretor de
departamento na
mesma área na
Sociedade
Espírita
Kardecista e, na
área
doutrinária, em
momentos e
sociedades
espíritas
distintos. Atuei
como presidente
da Comunhão
Espírita Mansão
da Paz e fui
sócio-fundador e
vice-presidente
da Casa Espírita
Bezerra de
Menezes. Cheguei
a colaborar
junto ao
Departamento
Doutrinário da
União Espírita
do Rio Grande,
órgão de
unificação
representativo
da FERGS naquela
cidade. No
momento sou
membro da
Diretoria do
IETRD, como
secretário, e
colaboro
sistematicamente
nas atividades
da divulgação da
Doutrina
Espírita através
de palestras e
atividades
solicitadas pelo
Departamento de
Recursos Humanos
e no ensino da
Doutrina
Espírita, como
também no
serviço dos
passes. Sou
muito grato aos
companheiros
dessa
instituição que
acolheu mui
fraternalmente a
mim e minha
esposa,
tendo-nos
oportunizado a
retomada de
tarefas na seara
espírita às
quais somos
muito afeiçoados
desde os dias
iniciais da
juventude. Na
FERGS sou
coordenador do
Setor de Estudo
Sistematizado da
Doutrina
Espírita, no
âmbito do
Departamento
Doutrinário.
O Consolador:
Quais os títulos
de seus livros?
“Educação para a
vida” e “Saberes
de
Espiritualidade
e Paz”, além de
outro no qual
estou
trabalhando, a
ser publicado
oportunamente.
Ambos podem ser
adquiridos na
livraria
Francisco
Spinelli, da
Federação
Espírita do Rio
Grande do Sul.
O Consolador:
Tem artigos
publicados? Em
quais órgãos?
Sim, desde que
decidi escrever
para comunicar
as reflexões que
fazia em
palestras
doutrinárias,
tenho artigos
publicados em
alguns vários
periódicos e
sites. Dentre
aqueles veículos
de divulgação
que me têm dado
o ensejo de
servir, que
minha memória
recorda, são:
Diálogo Espírita
e Revista
Reencarnação –
FERGS; Revista
Internacional de
Espiritismo;
Seara Espírita;
Revista O
Consolador e
alguns sites
como
Espiritualidade
e Sociedade;
Panorama
Espírita; Terra
Espiritual etc.
Na atualidade
mantenho um blog
com o propósito
de promover o
estudo da
Doutrina
Espírita, com
artigos meus, de
amigos de ideal
e de Allan
Kardec. Convido
a todos a
conhecê-lo:
www.estudandokardec.blogspot.com.
O Consolador:
Como iniciou sua
atuação como
expositor
espírita e quais
temas prefere
abordar?
Desde maio de
1995, tenho
realizado
palestras
espíritas onde
companheiros
queridos foram
me convidando.
Pouco a pouco, o
labor foi
assumindo novas
dimensões,
inicialmente, na
minha cidade
natal, depois
algumas cidades
próximas e logo,
para minha
felicidade, o
trabalho tem se
ampliado de tal
forma que tenho
visitado,
principalmente
nos finais de
semana, diversas
cidades do solo
gaúcho para
explanar sobre a
Doutrina dos
Espíritos
conforme a
aprendemos nos
textos
kardequianos.
Tenho tido o
ensejo de
realizar
palestras
públicas em
diversos locais
como feiras de
livro, casas de
cultura,
teatros,
escolas, centros
espíritas e
outras
agremiações, a
convite de
gentis
companheiros de
nosso movimento
que me
oportunizam
partilhar o
pouco do que já
aprendi de
Espiritismo
nesta vida
corpórea. Os
temas são
variados, mas
normalmente
focados na
Filosofia
Espírita e usam
proposta
educativa. Para
os trabalhadores
das casas
espíritas,
tenho-me
dedicado a
palestras e
seminários
voltados ao tema
do “Estudo da
Doutrina
Espírita” e a
outros como
“Humanização das
relações na casa
espírita”, “O
que é o
Espiritismo?”,
“Estudo sobre
Fluidos
Espirituais” e
“Mediunidade na
visão de
Kardec”, ou
conforme a
solicitação dos
confrades. Algo
que tem me
deixado muito
feliz nessa
caminhada de
difusão
doutrinária é
ver crescer o
número de
pessoas sérias e
entusiasmadas
com a Doutrina
Espírita que têm
se afeiçoado e
redescoberto os
textos de Kardec
e se ocupado em
difundi-los,
independente da
faixa etária em
que transitam.
O Consolador:
Fale-nos da
motivação para
abordar temas
relacionados na
Codificação,
resgatando a
Revista
Espírita.
Há muito ganhei
de aniversário
um exemplar da
Revista Espírita
de 1858 e não
dei ao fato a
devida atenção.
Desde a véspera
de seu
sesquicentenário
travei novo
contato com essa
produção em
virtude de sua
publicação pela
FEB e, desde
então, tenho
lido diariamente
essas páginas
primorosas de
Ciência Espírita
produzidas pelo
mestre Allan
Kardec. Diante
dos saberes ali
presentes, as
conjecturas de
Emissários do
Além e de
Espíritos de
diferentes graus
da escala
espírita, o
boletim das
reuniões da
Sociedade
Parisiense de
Estudos
Espíritas, os
profundos textos
do Codificador
analisando
problemas
morais,
manifestações
espíritas de
toda ordem e
desenvolvendo a
Filosofia,
fiquei
apaixonado pela
Revista Espírita
e a reconheço,
como já disse
Allan Kardec,
entre as obras
fundamentais da
Doutrina dos
Espíritos. Não
conhecer a
“Revista
Espírita: jornal
de Estudos
Psicológicos” é
desmerecer a
genialidade de
Allan Kardec e
se permitir
conviver
superficialmente
com o
Espiritismo. Por
esse motivo,
tenho me ocupado
também em levar,
em minhas
palestras,
considerações
presentes na
Revista
Espírita,
procurando
partilhar esses
saberes com os
demais
companheiros de
jornada.
O Consolador:
O que pensa
sobre a
participação dos
jovens, que tem
aumentado, nas
Instituições
Espíritas? Como
deve ser a
postura dos
dirigentes para
inserir o jovem
nas atividades
do Centro
Espírita?
Creio ser
excelente a
participação da
juventude na
seara espírita,
sobretudo
desenvolvendo um
trabalho de
base, que a
enraíza na
instituição que
a acolhe. O
Codificador,
considerando o
valor moral do
Espiritismo para
as novas
gerações,
ressalta, num
dos diálogos em
sua Viagem
Espírita em
1862, a
necessidade da
abertura das
reuniões
espíritas aos
jovens. A
postura do
dirigente
espírita deverá
ser de
acolhimento
cristão aos
jovens que
queiram se
integrar aos
labores da
Evangelização
tanto quanto aos
demais serviços
da casa,
respeitando
sempre as
normativas da
instituição e o
bom senso. Cabe
a quem lidera
com Jesus saber
delegar tarefas
de modo
apropriado ao
nível de
consciência e
responsabilidade
deste ou daquele
servidor.
Lembremo-nos de
que Kardec
chegou a afirmar
que para o
entendimento do
Espiritismo é
essencial a
maturidade do
senso moral,
aquisição do
Espírito que não
depende de
primaveras
contabilizadas.
O Consolador:
Qual a
importância dos
grupos de
estudos nas
Casas Espíritas?
Os grupos de
estudos nas
casas espíritas
são de máxima
relevância
considerando a
necessidade de
espiritualização
de todos nós,
nesses dias de
materialismo
soez e crise
ética, através
do conhecimento
libertador do
Espiritismo. A
apropriação do
pensamento
espírita, pela
prática da
leitura de
Kardec e
mediante
conversação
salutar em
grupo, parece-me
ser uma via
indispensável
para aquele que,
ao se aconchegar
em torno do
Consolador,
procura
estabelecer um
roteiro de
progresso
espiritual
consciente,
pautado nos
princípios da
Filosofia
Espírita. Penso
que, para
atender a esse
fim, os grupos
de ESDE deverão
fomentar o
estudo
sistemático das
obras
fundamentais da
Doutrina,
facilitando o
conhecimento
espírita na sua
totalidade, e
contribuir com a
educação moral
dos
participantes
para que os
espíritas deem,
efetivamente, a
sua cota de
participação na
construção de um
mundo melhor, a
começar pela
transformação
interior que
cabe a cada um.
O Consolador:
Como tem sido
sua experiência
na coordenação
do setor de
ESDE, do
Departamento
Doutrinário da
FERGS?
Tem sido uma
experiência
muito feliz e
enriquecedora,
nada obstante
traga desafios
comuns à tarefa
de união da
família
espírita, que
passa
inevitavelmente
pelo exercício
da perseverança
e da abertura à
alteridade, o
que, por sua
vez, exige uma
mudança de
paradigma para a
aceitação do
outro, que tem
história e
perspectivas
diferentes das
nossas. Essa me
parece uma das
demandas mais
delicadas da
tarefa, pois
aceitar o outro
e seu ponto de
vista não
implica
paralisarmo-nos
para agradá-lo,
mas,
fundamentalmente,
aproveitar as
contribuições do
outro através do
diálogo, pelo
êxito do labor.
O trabalho em
equipe, com
companheiros de
diferentes
regiões do
Estado do Rio
Grande do Sul,
tem provocado um
aprendizado
valioso, além da
relação dinâmica
entre a
pluralidade de
concepções de
trabalho e a
convergência de
ações por amor à
Causa, que
motiva
inegavelmente o
grupo de
trabalho do ESDE
na Federação.
Claro que muito
devemos à
coordenação do
DEDO/FERGS que
tem uma
perspectiva
dialógica de
gestão desse
departamento, no
qual nos
inserimos. Nossa
equipe tem
levado os quatro
módulos do Curso
de
Aperfeiçoamento
de Coordenadores
de ESDE, que
elaboramos
coletivamente ao
longo do ano
passado, nas
reuniões
federativas no
RS e onde tenha
sido convidada
ou solicitada.
O Consolador:
Como avalia o
estado atual do
Estudo
Sistematizado da
Doutrina
Espírita (ESDE)
nos Centros
Espíritas?
Percebo que
contamos, nas
casas espíritas,
com uma
diversidade de
gente
responsável e
comprometida com
a causa da
Campanha
Permanente do
Estudo
Sistematizado da
Doutrina
Espírita.
Entretanto, é
preciso
considerar que
cabe ao
colaborador
atento aos seus
deveres para com
a Causa a busca
da constante
qualificação,
procurando
tornar sua boa
vontade
devidamente
esclarecida,
tendo em vista o
serviço sob a
sua
responsabilidade.
Urge que
procuremos
compreender, de
forma bem
tranquila, que a
aplicação dos
programas de
estudos, por
mais excelentes
que eles sejam,
não deve servir
para formar
“leitores de
apostilas” em
nosso movimento
doutrinário. Na
aplicação
adequada delas,
essas devem ser
consideradas
como ferramentas
pedagógicas para
ensinar
Espiritismo,
conduzindo o
participante do
grupo de estudos
doutrinários à
leitura e à
pesquisa da
Filosofia
contida nas
obras
fundamentais da
doutrina,
assinadas por
Allan Kardec.
O Consolador:
Qual o momento
atual da
divulgação do
Espiritismo?
O Espiritismo
está no ar, um
dia asseverou o
mestre Allan
Kardec. E muitos
são os
divulgadores e
os meios de
divulgação ao
seu alcance, no
Brasil e no
exterior.
Entretanto, o
crescimento da
divulgação da
Doutrina
Espírita pede
qualidade que
não pode ser
medida em
números, mas na
fidelidade ao
pensamento
espiritista.
Muito embora eu
seja otimista,
creio ser
necessário que
prestemos muita
atenção a fim de
não trazermos
para a tribuna
espírita
temáticas que
não são da
alçada do
Espiritismo,
sobretudo
estudos
inconclusos no
campo das
Ciências,
forçando
conexões
impossíveis, do
ponto de vista
epistemológico,
como se tratasse
mesmo da Ciência
Espírita – ledo
engano, somente
imperceptível ao
senso comum, que
ressaltaria uma
prática
pseudossábia.
Igualmente,
evitemos a
discussão de
questões
dogmáticas ou de
crença
religiosa, ou
ainda a difusão
de partidarismos
que convertem o
momento que
deveria ser de
encontro com a
cultura espírita
em palanque
eleitoreiro. Em
realidade, essa
questão não me
tem agastado em
demasia, pois,
conforme
asseverou Jesus,
“a cada um será
dado conforme as
suas obras”. E
desse modo, mais
do que
preocupado com o
que os outros
têm feito do
Espiritismo,
tenho
reflexionado
mais em torno de
meus deveres
pessoais para
com a Doutrina.
Trago, no
entanto, para a
pauta desta
entrevista essa
questão porque,
pelo elevado
teor da revista
O Consolador,
vale a pena
deixar ao leitor
uma grave
reflexão em
torno de nossas
responsabilidades
para com a
coerência
filosófica em
relação ao
Espiritismo que
dizemos propagar
no campo da
divulgação.
O Consolador: Em
face da
constatação do
crescente
interesse do
público em geral
pelo
Espiritismo,
quais as ações
que competem ao
dirigente da
Casa Espírita
para prepará-la
para bem atender
os que chegam?
A casa espírita,
além de
adequar-se, do
ponto de vista
estrutural, para
atender os que
procuram nela o
conteúdo
luminoso do
Espiritismo,
deverá
empreender
esforços no
sentido de
humanizar as
relações entre
os sujeitos que
em realidade a
fazem, pois a
instituição
espírita não é
apenas o seu
prédio, mas as
pessoas – o que
define,
inclusive, a sua
assistência
espiritual como
assevera o
ínclito
Codificador ao
tratar dos
grupos e
sociedades
espíritas em
O Livro dos
Médiuns.
Nesse sentido,
parece-me
oportuno lembrar
o admirável
programa
proposto por São
Luís à Sociedade
Espírita de
Paris, que
consta na
Revista Espírita
de dezembro de
1860:
compreensão e
amor, ou seja,
que se busque
compreender tudo
de tudo no que
concerne à
Doutrina dos
Espíritos e,
entre os
espíritas, que
haja amor
cristão em
regime de
reciprocidade.
O Consolador:
Como o amigo
percebe os
desafios da
sociedade em
transformação
como a aparente
perda de valores
espirituais em
detrimento da
busca pela
segurança
material?
Vivemos dias de
normose, de
torpor
espiritual
mesmo, em que as
criaturas
recorrem às
igrejas e demais
instituições
religiosas, com
as raras
exceções
existentes, na
busca da
satisfação
imediata, com
base em valores
estabelecidos
sob o talante do
materialismo que
se espraia em
toda parte. No
quadro em vigor,
os indivíduos
vivem entregues,
apesar de se
vincularem
pró-forma a esta
ou aquela
religião, ao
gozo sem medida,
escravizados
pelas más
paixões e
chafurdados na
desorientação
coletiva
provocada pelos
cânticos de
sereia do mundo
e pelas
fantasias
dogmáticas que
lhes foram
destinadas há
séculos. No
entanto, a
presença do
Espiritismo
entre nós
anuncia ventos
alvissareiros de
novos tempos
para a
humanidade. O
aproveitamento
da moral
espírita, que é
expressão fiel
da moral de
Jesus, o Mestre
por excelência,
nos remete às
possibilidades
criativas que
podem edificar
as criaturas nas
sendas da vida
terrestre.
Devemos, os
espíritas,
apresentar em
nossa conduta
ética os valores
morais
abraçados,
manifestar por
nossa presença
no mundo a
espiritualidade
subjacente no
Espiritismo,
pois a nossa
contribuição,
por menor que
seja, quando
alicerçada no
exemplo, é capaz
de modificar, no
sentido do bem,
a realidade em
nossa volta. Num
mundo carente de
Jesus e da
prática de suas
lições, como é o
nosso, a ação
radicalmente
transformadora
parece ser a da
aplicação de
seus ensinos na
vida cotidiana.
O Consolador:
Como educador,
como analisa a
contribuição que
a Doutrina
Espírita pode
dar ao mundo?
Na condição de
educador,
reconheço no
Espiritismo o
seu potencial
educativo,
realmente
transformador da
criatura que
bebe na água
viva de seus
conceitos
matando a sede
de
espiritualidade
que há muito nos
invadia
cercando-nos de
um vazio
existencial
terrível. O
Espiritismo é
vida em nossas
vidas,
convidando-nos a
alertarmos a
mente em relação
ao nosso
progresso
individual,
motivando-nos ao
conhecimento de
nós mesmos e à
aprendizagem das
virtudes com
vistas à
superação das
paixões
inferiores de
que a alma seja
portadora. É na
educação moral
proposta por
Allan Kardec que
encontramos
possibilidades
infinitas de
superação do
egoísmo que
viceja em toda
parte, por
dominar o
coração dos
indivíduos,
passando a
orientar as
condutas em
público e na
privacidade.
Nesse propósito
é fundamental
que a família
espírita dê
conta de
estabelecer
práticas
educativas que
ajudem os
indivíduos a se
curarem desse
mal que é o
egoísmo e, para
tanto, tenhamos
em mente, com
Allan Kardec,
que os pais são
os primeiros
“médicos das
almas” que
nomeamos por
filhos, cuja
missão sublime
corresponde ao
dever de
endereçá-los
para Deus, o que
quer dizer
laborar para que
esses Espíritos
que se hospedam
em nosso lar na
condição de
rebentos, moços
e moças,
encontrem êxito
espiritual na
presente
reencarnação.
O Consolador:
Qual a
importância de o
trabalhador
espírita
participar das
atividades de
assistência
social?
Penso que se
trata de uma
experiência
ímpar de
aplicação dos
conceitos
estudados ou
lidos que nos
remetem ao
exercício da
fraternidade com
aqueles que
transitam na
precariedade
material.
Paulatinamente,
precisamos ir ao
encontro das
misérias
ocultas, como
assevera o
Código Divino,
propondo-nos a
atitude cristã
da
solidariedade.
Além disso, os
projetos sociais
– espíritas ou
não – são
oportunidades
para que o homem
e a mulher de
bem atendam ao
convite de Jesus
e sejam, de
fato, o sal da
terra destacando
o bem por toda a
parte,
trabalhando por
expandir as
possibilidades
da presença do
Reino de justiça
e paz em nossa
casa planetária,
contribuindo,
por fim, com a
regeneração
humana – em cujo
processo o
Espiritismo se
destina a
colaborar.
O Consolador: O
que a sua
experiência como
trabalhador
espírita tem-lhe
permitido
vivenciar?
Penso que a
principal
experiência tem
sido no sentido
de conviver com
as pessoas, as
mais diferentes,
e perceber que
temos, aqui e no
mais além,
companheiros
valorosos que
nos antecederam
deixando, até
mesmo no quase
anonimato, um
roteiro luminoso
que nos convida
a servir e
prosseguir com
Jesus.
Igualmente, em
face do elevado
teor da tarefa
espírita e do
reconhecimento
de meus limites
intelectuais,
percebo a
necessidade
pessoal que
tenho de estudar
sempre e me
tornar cada vez
mais íntimo do
pensamento de
Allan Kardec,
procurando, como
recomendou
através de Chico
Xavier o
amorável
Espírito Bezerra
de Menezes,
viver Kardec nas
diferentes horas
de luta, nos
postos de
trabalho no
mundo, no cerne
da alma para que
eu passe a
entender com
mais
profundidade o
Mestre de todos
nós.
O Consolador:
Suas palavras
finais.
Agradeço à
equipe da
revista O
Consolador a
oportunidade de
partilhar
experiências e
as perspectivas
filosóficas do
Espiritismo.
Rogo ao nosso
Mestre e Amigo
Jesus que nos
ilumine a todos
a fim de que não
esmoreçamos no
serviço com o
qual estamos
comprometidos.