WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco
 
Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 6 - N° 283 - 21 de Outubro de 2012

 

O peixinho dourado

 

Érico estava cansado de ficar dentro de casa. Tinha apenas seis anos, mas desejava sair, brincar, jogar bola com seus amiguinhos, porém estava preso em casa.  
 

Aquele dia era sábado e não teriam aula. Como a mãe estava ocupada na cozinha, o menino ficou junto dela. De vez em quando, ele choramingava:

— Mamãe, eu posso brincar no quintal?

— Não, meu filho. Está frio lá fora e você está com dor de garganta, esqueceu? — respondia a mãe, firme.
 

— Só quero brincar um pouquinho, mamãe! Prometo que volto logo!

— O tempo está para chuva e você tem que se cuidar. Quer piorar, pegar uma gripe, e não ir à escola na segunda-feira?

Érico se calou, cansado de insistir. Sentado na sala, ele olhou para o aquário, onde um lindo peixinho dourado nadava sereno.
 

Aproximou-se mais, observando o peixinho, encantado com seus movimentos, viu-o pegar umas iscas de alimento, comendo-os. No entanto, Érico notou que o peixinho não estava contente. Nadava de um lado para o outro, mas não parecia feliz. Então, ele perguntou:

— Você também está cansado de ficar sempre aí dentro, no mesmo lugar, não é?
 

O lindo peixinho dourado parou, parecendo fixar seus olhos redondos no menino que falava, enquanto da sua boca saíam bolhas de ar. Érico, tristonho, continuava falando com ele:

— Pois é, peixinho, eu também estou cansado de ficar aqui dentro de casa. Tenho vontade de andar, brincar, jogar bola com meus amigos, porém minha mãe não me deixa sair com medo que eu fique doente. Ah! Mas eu queria tanto sair um pouquinho!...

O peixe inclinou a cabecinha, como se tivesse entendido. Depois, novamente soltou algumas bolhas pela boca, e Érico ficou contente. Para ele, o peixinho estava respondendo.

— Ah! Você entendeu! Com certeza, também gostaria de poder voltar para o riozinho de onde veio, não é?

Nesse momento, Érico teve uma ideia. Ele e o peixinho não podiam sair de casa, mas ele, pelo menos podia andar e, se quisesse, poderia ajudar o peixinho dourado que estava preso naquele aquário, a voltar para sua família!...

Então, Érico não pensou duas vezes. Ele mergulhou um copo e pegou o peixinho de dentro do aquário. Em seguida, abriu a porta da rua sem fazer barulho e saiu. Sabia que a mãe ia ficar brava, mas ele precisava ajudar o peixinho.

Na rua o vento soprava forte e gelado. Segurando, cheio de cuidado, o copo com o peixinho, Érico caminhou tentando encontrar o riacho que o pai um dia lhe mostrara.

Mas era longe e Érico não sabia como chegar lá! Além disso, ele já estava cansado. O peixinho se mexia muito e a água caía do copo, e o menino dizia:

— Tenha paciência, peixinho. Logo chegaremos onde está sua família e você terá liberdade e será muito feliz.

E o menino procurava andar mais rápido. De repente, ele percebeu que estava novamente perto de sua casa. Sem notar, ele havia caminhado em círculo.

Nisso, ele viu a mãe que vinha ao seu encontro, muito aflita:

— Aonde você foi, meu filho?!... Estou procurando você faz tempo!...

Exausto, mas aliviado ao ver a mãe, o garoto explicou:

— Eu queria levar o peixinho para ficar com a família dele, mas não consegui chegar até o riacho. Veja como ele está contente, mamãe! Ele fica pulando de alegria!

Ao olhar para o peixinho, porém, Érico notou que ele estava parado, imóvel, no fundo do copo.

— O que aconteceu, mamãe? Ele estava tão feliz!...

Levando o filho para dentro de casa, a mãezinha abraçou-o com carinho, explicando:

— Érico, seu peixinho não resistiu à caminhada. Ele precisa de água, meu filho, para poder viver. E você, pelo caminho, foi derrubando a água que havia no copo!

— Você quer dizer, mamãe, que ele está morto?

— Só o corpinho dele, meu filho. Ele certamente continuará a viver em outra realidade. Mas, agora, precisamos enterrá-lo.

Érico chorava por ter perdido seu amiguinho, mas a mãe o tranquilizava afirmando:

— Ele voltará para você. Vamos encontrá-lo em outra loja, da mesma forma como aconteceu quando ele veio morar conosco.

Todavia, o menino se culpava por ter desobedecido à mãe:

— Se eu não o tivesse tirado de casa, nada disso teria acontecido. Ele ainda estaria brincando no nosso aquário. Eu desobedeci você, mamãe, e por isso ele morreu.

— É verdade, meu filho. No entanto, agora nada podemos fazer, a não ser entregá-lo a Deus, nosso Pai, agradecendo o tempo que ele ficou conosco. E, também, tentar não repetir o nosso erro.

Limpando as lágrimas, o menino pensou um pouco e respondeu:

— Tem razão, mamãe. Aaaa...tchim!... A partir de agora, vou ser mais cuidadoso com tudo o que eu faço. Sei que errei, pois você disse que não era para sair e eu desobedeci. Além de piorar minha dor de garganta, ainda causei a morte do meu peixinho dourado. Mas não vou mais fazer isso. Estou arrependido. Aprendi que, quando a mamãe dá uma ordem, temos que obedecer, pois ela sabe o que está fazendo. Aaaa...tchim! — espirrou ele de novo.
 

Com carinho a mãe abraçou-o, concordando. Depois, colocou a mão na testa dele e, vendo que estava febril, disse:

— Agora, Érico, já para a cama antes que essa gripe piore! Vou preparar um chá muito bom para você. Depois faremos uma prece para agradecer a Jesus por você ter voltado para casa. Os dois, a

prece e o chá, com a ajuda de Deus irão ajudá-lo a ficar bom logo.  


 

                                                                  MEIMEI


(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia-PR, em 1º/10/2012.).        


 

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita