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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 8 - N° 383 - 5 de Outubro de 2014

 
 

 

Os amigos de Juquinha

 

Juquinha era um menino estranho. Vivia sempre com a cabeça nas nuvens, como se distante de tudo.
 

Às vezes estava calado e, de repente, começava a rir sozinho. De outras vezes, ficava olhando para o alto, muito interessado, como se estivesse vendo algo que os outros não viam. Algumas pessoas até garantiam que o tinham visto falando sozinho!

E se perguntavam:

— O que estaria acontecendo com Juquinha?

Assim, os amigos começaram a se afastar dele! E, distantes da sua presença, comentavam:

— Pobre Juquinha! Estará com problemas? — dizia Celso.

— Talvez seja apenas desligado, vivendo no mundo da lua! — sugeria outro.

— Pois eu temo que esteja ficando louco — acrescentou Rosa, arrepiada.

Ao ouvir essas palavras, os garotos estremeceram de medo, e se calaram pensativos.

No meio do silêncio temeroso que se fizera, uma voz fez-se ouvir firme:

— Não acredito em nada disso! Se assim fosse, Juquinha não conseguiria estudar, e suas notas são sempre ótimas, não é? — questionou Zazá, com franqueza.

Todos se calaram. O aproveitamento de Juquinha era realmente muito bom, e suas notas, as melhores. Então, o que estaria acontecendo com ele?

— Já que estão tão preocupados e curiosos, por que não perguntam diretamente para ele? — Zazá sugeriu, olhando para os colegas.

Todos concordaram que era a melhor opção. Assim, mais tarde eles se reuniram e foram conversar com Juquinha.

Bateram na porta e a mãe dele atendeu.

— Olá, dona Maria! Queremos conversar com Juquinha. Ele está em casa?

— Olá, meninos! — cumprimentou-os sorridente. — Sim, Juquinha está no quarto dele fazendo tarefas. Sabem o caminho. Então, podem ir entrando! Meu filho ficará contente em vê-los!

O grupo caminhou pelo corredor e entrou no quarto de Juquinha. Zazá, que puxava a fila, foi logo dizendo:

— Nossos colegas querem conversar com você, Juquinha!

— Podem falar! O que desejam?

Meio constrangidos, os amigos relutavam em dizer, até que Zazá informou decidida:

— Eles querem saber o que está acontecendo com você, Juquinha. Acham que está diferente, estranho!...

Juquinha sorriu, convidou todos a se acomodarem, o que eles fizeram, sentando-se na cama e no chão. Com serenidade, o menino indagou:

— Diferente como?

— Ah! Você às vezes parece que está vendo coisas que a gente não vê, fica rindo sem motivo...

— Ah!... Na verdade, gente, eu ouço e vejo coisas que vocês não percebem. Vou explicar.

E contou aos colegas que sempre vira as almas daqueles que já não estavam na Terra, os Espíritos. No início nem percebera, pensando que estava vendo gente de carne e osso. Depois, sua mãe lhe explicara que eram almas daquelas pessoas que já haviam falecido. E terminou dizendo:

— Eles são meus amigos! Agora mesmo, estou

vendo o seu avô, Celso. Ele diz que está muito bem e mora com a mãe, Dona Cora.

— Minha bisavó!... — exclamou Celso, de olhos arregalados.

— Isso mesmo. E você, Rosa, está acompanhada por um cãozinho chamado Bili. Lembra-se dele?

— Claro! Bili era de estimação, mas um dia foi atropelado e morreu!...

— Pois Bili está muito bem, posso lhe assegurar! E também está acompanhada por sua tia Laura. Uma moça bonita, bem jovem, de cabelos loiros compridos.

Rosa começou a chorar, emocionada. Era tudo verdade!

Juquinha continuaria ali, a lhes dar informações do mundo espiritual. Mas, envergonhados, os amigos disseram:

— Desculpe-nos, Juquinha. Fizemos mau juízo de você.

— Não se preocupem, entendo perfeitamente.

— E como você se dá tão bem nas provas? — “Seus amigos invisíveis” ditam-lhe o que deve escrever?!...

— Não!... — disse Juquinha, rindo — Claro que não! Na verdade, eu estudo bastante, podem acreditar! Mas, na hora da prova, sinto a presença dos meus amigos, pois sempre faço uma oração antes de começar a responder às questões.   

Ouvindo essas coisas, os colegas de Juquinha ficaram maravilhados. Alguns se lembravam de terem tido visões de Espíritos há muito tempo, mas reconhecendo que nunca se interessaram por essas lembranças, julgando que fossem da própria cabeça. Outros informaram que os adultos se incumbiram de fazer com que esquecessem o que viam, afirmando que tudo isso era bobagem.

Os garotos saíram da casa de Juquinha com outra compreensão da vida, aprendendo que aqueles que habitam o mundo espiritual podem se comunicar e até ajudar seus entes queridos que continuam encarnados na Terra.

Desse modo, a ligação de Juquinha com seus amigos aumentou ainda mais. Agora, eles o respeitavam e, quando o viam fixar um ponto qualquer no alto e sorrir, com entendimento e compreensão trocavam um olhar como se dissessem:

— Juquinha está vendo algum amigo espiritual!

                                                       MEIMEI

(Recebida por Célia X. de Camargo, em Rolândia-PR, em 16/7/2012.)      

                                                 
                                                   
 


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